FILOSOFIA E EXISTÊNCIA: UMA EXPERIÊNCIA COM OS CONCEITOS DE CUIDADO E AUTENTICIDADE NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

Abstract

O objetivo principal deste trabalho de pesquisa é estudar e problematiza os conceitos de cuidado e autenticidade a partir do pensamento do filósofo Martin, desenvolvendo assim estratégias e sequências didáticas que possibilitem a compreensão destes Conceitos com estudantes da modalidade de Jovens e Adultos, possibilitando a apreensão destes conceitos para o favorecimento de enriquecimento do pensamento autêntico e colaborar para o despertar de atitudes frente aos desafios da vida. O trabalho primou pela discussão e reflexão dos conceitos na Perspectiva do filosofa defendido por Heidegger, como elemento primordial para se fazer e ensinar filosofia com a compreensão desses conceitos. O trabalho enfatiza os conceitos como elementos norteadores ao longo do desenvolvimento e realização das aulas com estudantes, debatendo e analisando a impessoalidade problematizada pelo filósofo estudando o Ser ai enquanto projeto lançado e neste ato o homem vive uma inautenticidade profunda de mascaramento do seu Ser, fugindo de sua essência autêntica singular, de ser mais próprio como condição verdadeira de sua singularização autêntica de existência do Design, constituído assim de autonomia, ser autêntico é realizar, fazer sua própria coisa, não o que o impessoal determina, pois o design é autêntico, se pertence a verdade de seu ser. O conceito de cuidado aparece como forte teor de preocupação para com o ser, o ser no mundo, da presença do ser que se apresenta como preocupar-se com o ser da existência e não puramente com a ocupação, pois Heidegger chama atenção para tal relevância para o ser de cuidado de sua autenticidade, de sua dimensão ontológica de existência, para sua afirmação de suas próprias escolhas, guiadas pelo seu próprio labor de um autêntico cuidado do ser e não somente para a ocupação das coisas que nivelam a existência ao ser. A partir deste pensamento heideggeriano de cuidado, podemos refletir, repensar como, no âmbito educacional, em demasia nos ocupamos demais e somos levados ao nivelamento e à mediania no fazer educação e, sobretudo, no trato com o fazer filosofia. Pois este cuidado que é característico nas práticas educacionais se distancia do cuidado angustiado de si mesmo e desta afirmação necessita afirmar ou ressurgir no âmbito da escola, ao trabalhar filosofia, o verdadeiro sentido do conceito de cuidado do nosso filósofo Martin Heidegger, reacendendo o cuidado realmente do ser-aí.