Outras visões sobre a Modernidade: a crítica de Enrique Dussel e suas implicações para o Ensino de Filosofia

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Autor(es): dc.contributorUniversidade Federal do Mato Grossopt_BR
Autor(es): dc.contributor.authorNEGRI, EDSON CLEBES-
Data de aceite: dc.date.accessioned2022-01-11T10:16:21Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2022-01-11T10:16:21Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-
identificador: dc.identifier.otherUFMT-EdsonNegri-Turma2018-2020pt_BR
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/644666-
Resumo: dc.description.abstractBuscou-se pela Filosofia da Libertação da América Latina, a partir do livro 1492 - O Encobrimento do Outro: a Origem do Mito da Modernidade do filósofo Enrique Dussel (1993), analisar três Livros Lidáticos do PNLD. Estes são os três Livros Didáticos pesquisados: Iniciação à Filosofia da filósofa Marilena Chaui, de 2010; Filosofando - Introdução à Filosofia das filósofas Maria Lúcia de Arruda e Maria Helena Pires Martins, 2013 e Filosofia: Experiência do Pensamento do filósofo Sílvio Gallo 2016. O objetivo da análise foi elaborar uma crítica construtiva do conteúdo dos Livros Didáticos nas unidades que refletiram o aspecto da política. Há no conteúdo analizado um encobrimento de outras visões da Modernidade. O livro utilizado para conhecermos e compreendermos a inexistência destas outras visões da Modernidade foi o 1492 o Encobrimento do outro. Pretendeu-se com a dissertação elaborar um material para o ensino de Filosofia no Ensino Médio através de alternativas a serem pensadas e refletidas com outros pensadores e pensadoras. Nela, pesquisou-se e refletiu-se as filosofias de outros continentes a partir da realidade da América Latina. Pois, na Filosofia da Libertação encontramos outras possibilidades para pensar a Modernidade hegemônica nos Livros Didáticos que trazem um pensamento verticalizado desde o eurocentrismo. Na Filosofia da Libertação atingiu-se numa sensibilidade encoberta na consciência dos que foram e são colonizados num despertar analético. A Filosofia de Dussel dialética-analética transformou-se num método de descolonização do mito da superioridade imposto pelo eurocentrismo. O outro, o índio e o negro que tiveram seus corpos-vidas encobertos ideologicamente pela escravidão e exploração, agora são sujeitos do descobrimento e protagonista de sua filosofia. Os seus corpos, ortrora, tão maltratados e desprezados pelo encobertamento, mas, enquanto humanos, assumiram a luta pela libertação. A injustiça praticada pela violência imensurável do homem eurocêntrico fraturou a humanidade e a dignidade do índio e do negro pela ideia de não-humanos. O ato de alteridade que a Filosofia da Libertação descobriu tornou-se num processo de recuperação da dignidade a partir do método ‘Analético’ que Dussel pensou, refletiu e escreveu. O método analético não dialoga somente sobre a escravidão, a exploração, a injustiça, a pobreza, a miséria, a fome e a morte do outro. A analética surgiu daqueles que estão com fome, são explorados, vivem na pobreza, na injustiça e são transformados pelo sistema imposto em mão de obra barata, análogo ao trabalho escravo ou escravo. Neste sistema inventado pelos países colonizadores não se viu e não se vê o ser humano explorado. E nem sentiu e sente a morte do outro. O outro colonizado, explorado e subsumido ontem e hoje habita num submundo, o mundo do não humano. A colonização de ontem e de hoje os coisifica com o não-gente. Por isso, a Analética é uma possibilidade de repensar e pensar a partir da Filosofia da Libertação o homem periférico do Hemisfério Sul. A geopolítica e geoeconomia objetivaram a pessoa do indígena e do africano pelo poder hegemônico do Hemisfério Norte. A Filosofia da Libertação procurou libertar-se da visão unívoca, causa da dependência (o Presente-Eterno segundo Dussel) do pensamento eurocêntrico, enquanto o pensar latino-americano fora encoberto. Esta dependência foi imposta pelo colonizador na colonização da América Latina. Ela permanece mesmo depois das independências dos países da América Latina. Outra visão do mundo da vida é um processo de libertação que está encoberto nos nossos Livros Didáticos. O nosso desafio foi sendo orientado pela curiosidade do filósofo e da filósofa que é possível sair do pensamento encoberto e mostrar o descoberto. É possível termos um pensamento latino-americado, libertar-se do eurocentrismo e pensar além dele. Na dissertação duvidou-se, questionou-se, criticou-se e pensou-se daquilo que os eurocêntricos impuseram nos colonizados como falacioso e abriu-se uma visão horizontal pelos saberes e conhecimentos que todas as Etnias e Povos da América Latina criaram a sua própria maneira de ver, compreender, conceber, representar e expressar o seu mundo da vida para além do eurocentrismo.pt_BR
Tipo de arquivo: dc.format.mimetypepdfpt_BR
Idioma: dc.language.isopt_BRpt_BR
Direitos: dc.rightsAttribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Brazil*
Licença: dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/*
Palavras-chave: dc.subjectFilosofia da Libertaçãopt_BR
Palavras-chave: dc.subjectModernidadept_BR
Palavras-chave: dc.subjectColonizaçãopt_BR
Palavras-chave: dc.subjectEncobrimento do Outropt_BR
Palavras-chave: dc.subjectAnaléticapt_BR
Título: dc.titleOutras visões sobre a Modernidade: a crítica de Enrique Dussel e suas implicações para o Ensino de Filosofiapt_BR
Tipo de arquivo: dc.typetextopt_BR
Curso: dc.subject.courseMestrado Profissional em Filosofiapt_BR
Área de Conhecimento: dc.subject.disciplineTrabalho de conclusão de cursopt_BR
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