EDUCAÇÃO INCLUSIVA E AUTOBIOGRAFIA DE UMA PROFESSORA EM FORMAÇÃO PERMANENTE

Abstract

Considerando o processo de reflexão-crítica docente e sua condição de Ser aprendente em formação permanente, esta dissertação inscrita na Linha de Pesquisa Práticas e Processos Formativos de Educadores para Educação Inclusiva, do Programa de Mestrado Profissional em Educação Inclusiva em Rede Nacional - PROFEI, objetiva investigar como a formação permanente da professora pesquisadora, no tempo-espaço da escola, pode fomentar as práticas pedagógicas para a educação inclusiva. A pesquisa é de natureza qualitativa e exploratória, uma vez que confere uma maior aproximação com a realidade estudada e desenvolvida a partir da pesquisa bibliográfica e documental, considerando a vivência da pesquisadora, como Professora da Educação Básica, e as referências encontradas sobre a temática, utilizando essas fontes como base de compreensão e análise. Nesse contexto, a autobiografia emerge como uma ferramenta metodológica essencial, permitindo que a pesquisadora reflita sobre suas experiências acadêmicas e profissionais, bem como sobre os desafios e aprendizados ao longo do caminho, revelando, como metodologia, os preceitos da pesquisa-formação sob a luz da Autora Marie-Cristine Josso (2004). Ao narrar sua história de vida, a pesquisadora não apenas compartilha suas vivências ou somente se limita a uma simples descrição dos eventos, mas busca explorar os elementos que compõem a concepção da formação permanente, a partir das reflexões da sua própria prática. A presente pesquisa concluiu, a partir da autobiografia da professora pesquisadora, que os elementos componentes da concepção da formação permanente vão além da formação docente, do contexto pessoal e do contexto educacional, incluem também aspectos externos como o plano de carreira, desafios da profissão, condições de trabalho, políticas públicas e comunidade de práticas. Quanto ao compartilhamento do conhecimento na docência, a confiança entre os atores envolvidos se destaca como elemento-chave. Esse princípio basilar da gestão do conhecimento demonstra que quando há uma relação de proximidade e confiança, as professoras são mais propensas a colaborar, discutir abertamente suas práticas e aprender umas com as outras, criando um ciclo contínuo de troca de saberes que favorecem as práticas pedagógicas para a inclusão escolar. Após a interpretação das informações investigadas sobre o objeto estudado, foi elaborada uma trilha pedagógica como recurso educacional para contribuir pedagogicamente ao fornecer subsídios para o desenvolvimento e formação profissional de outras professoras nos preceitos da educação inclusiva, a partir do compartilhamento de boas práticas e estratégias pedagógicas efetivas, leis e documentos oficiais que norteiam as práticas pedagógicas na perspectiva da educação inclusiva, considerando a atuação docente e a polidocência, a partir dos princípios da gestão do conhecimento.