O COENSINO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: Experiência vivenciada em duas salas de aula no município de Sinop - MT

Abstract

A presente pesquisa teve como objetivo, analisar como as ações colaborativas utilizando-se da proposta do Coensino, podem contribuir com o desenvolvimento das crianças, público-alvo do Atendimento Educacional Especializado (AEE), em uma escola de Educação Infantil no município de Sinop-MT. No estudo de revisão bibliográfica, analisou-se a Constituição Federal de 1988, Declaração Mundial da UNESCO (1990), Declaração de Salamanca (1994), a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva (2008), a Declaração de Incheon (2015), a Lei de Diretrizes e Bases da Educação n.º 13.005/2014, a Lei n.°13.146/2015, a Resolução n.º 4/2009 e a Normativa Municipal n.º 002/SMEEC/2022. Para composição da fundamentação teórica que discute a Educação Especial em uma perspectiva inclusiva, este trabalho ancorou-se em Mendes (2010), Mantoan (2015 e 2021), Rabelo (2012), Mendes, Vilaronga e Zerbato (2014), Mendes, Almeida e Toyoda (2011), Stopa (2002), Braun e Marin (2013), Capelline e Mendes (2008), dentre outros. A metodologia utilizada é qualitativa, caracterizada como colaborativa, modalidade de investigação que permite à pesquisadora atuar com as professoras do ensino comum e contribuir com a formação docente. A etapa de desenvolvimento da pesquisa de campo iniciou com a realização de uma reunião com as 15 professoras da unidade escolar, que na oportunidade, responderam a um questionário com seis questões semiestruturadas. Na sequência, realizou-se a entrevista, composta por cinco questões gravadas (com gravador de celular) e transcritas, para uma melhor análise dos dados, com a equipe da gestão escolar, composta pela diretora, uma coordenadora pedagógica e a coordenadora da Educação Especial do município de Sinop. Posteriormente, desenvolveu-se a experiência da prática do Coensino em duas salas de Educação Infantil do ensino comum, que atendem o Público-Alvo da Educação Especial (PAEE). As atividades aconteceram uma vez na semana, com duração de 4 horas, pelo período de quatro meses. O diário de bordo foi um instrumento utilizado nessa etapa, com o intuito de facilitar e organizar o registro das situações pertinentes. Os resultados alcançados com relação à literatura pesquisada mostraram que essa metodologia favorece a inclusão escolar e o progresso de todas as crianças. Após a vivência da proposta no ensino comum, evidenciaram-se as contribuições da proposta para as crianças PAEE. No entanto, constatou-se a necessidade de mais estudos sobre práticas colaborativas e suas possibilidades de desenvolvimento, para haver entre as professoras maior interação e compreensão sobre as contribuições do Coensino para a educação inclusiva. A pesquisa também apontou o anseio das professoras por Formação Continuada que contemple a inclusão escolar. Os dados obtidos possibilitaram a elaboração de um material de apoio pedagógico (Guia Pedagógico) para orientar as professoras da sala comum sobre as possibilidades de ações colaborativas com a professora especialista que atua na sala do AEE, na perspectiva de uma Educação Inclusiva de qualidade.