“Tio, isso vale ponto?!” Reflexões sobre histórias de manhas docentes e discentes sob o império da performatividade

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorValle, Maria Teresa Esteban do-
Autor(es): dc.contributorAlmeida, Sandra Maciel de-
Autor(es): dc.contributorAguilar Júnior, Carlos Augusto-
Autor(es): dc.contributorFernandes, Claudia de Oliveira-
Autor(es): dc.contributorAmaro, Ivan-
Autor(es): dc.creatorMoreira, Renato Simões-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-01-03T11:41:56Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-01-03T11:41:56Z-
Data de envio: dc.date.issued2024-07-25-
Data de envio: dc.date.issued2024-07-25-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/33635-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/920060-
Descrição: dc.descriptionA presente pesquisa toma por base a experiência do autor como docente da Educação Básica em redes públicas do estado do Rio de Janeiro, em escolas localizadas em regiões periféricas, entre os limites da Zona Norte carioca e da Baixada Fluminense, desde o ano de 2005. O pesquisador testemunha não só os efeitos negativos da performatividade – uma prática tecnológica, cultural e regulativa que se serve de críticas, comparações e exposições como meio de controle de práticas e estímulo à mudança, marcadamente característica de uma educação excludente, de cunho neoliberal –, mas, também, as táticas contra-hegemônicas levadas a termo por docentes e discentes oriundas/os das camadas populares, aqui chamadas “manhas”, sob um viés freiriano, que nada menos seriam que formas de resistência popular desenvolvidas contra a invasão da cultura dominante sobre seus modos de ser e fazer no âmbito do cotidiano. Em busca de tais manhas – mecanismos de enfrentamento popular contra as pressões performativas oriundas de uma organização escolar seletiva e credencialista, afeita ao que Michael Apple chamou de “cultura de auditoria” –, a pesquisa tem como guia o paradigma indiciário de Carlo Ginzburg. Uma vez que se trata de um trabalho que se determina frente às demandas impostas pelos enclaves que emergem no campo, abraça-se o conceito de deriva, de Humberto Maturana, em busca da necessária flexibilidade para buscar indícios de práticas performativas ou manhas, cujo exercício de decifração para a construção de dados se apoia na hermenêutica de Hans-Georg Gadamer, de modo a ilustrar como a interação entre pesquisador e objeto transforma a ambos, na mesma medida em que os reconstrói e redefine, no espaçotempo desta pesquisa. A ferramenta utilizada para tecer reflexões sobre os dados produzidos são os quotidianos densos, de Manuel Jacinto Sarmento, e sua aplicação tem por finalidade não só uma metodologia para reconhecer a lógica que orienta a interposição de ações estratégicas performativistas, mas também filtrar os momentos que evidenciem as formas pelas quais as manhas desestabilizam a pedagogia de orientação neoliberal hegemônica, gerando um clinamen – um desvio, uma mudança nos rumos do cotidiano, escapando à previsibilidade, que favorece a manutenção da subalternização de sujeitos, e oportunizando acontecimentos outros, com potência variável, mas capazes de raptar aos fortes, aos senhores do poder proprietário, pequenas mas expressivas vitórias. A observação do corpo da pesquisa sugere que as manhas impetradas pelos sujeitos das classes populares, essencialmente ações táticas, como nos põe Michel de Certeau, são breves, reativas e fragmentárias; contudo, a tensão que impõem a uma organização curricular e avaliativa performativa daria espaço para a criação na escola pública de uma educação outra, preocupada com as aspirações das classes populares, e não somente voltada para as necessidades do capital e da mera reprodução social.-
Descrição: dc.descriptionEsta investigación toma como base la experiencia del autor como docente de Educación Básica en redes públicas del estado de Río de Janeiro, en escuelas ubicadas en regiones periféricas, entre los límites de la Zona Norte de Río y Baixada Fluminense, desde 2005. El investigador no sólo es testigo de los efectos negativos de la performatividad – una práctica tecnológica, cultural y regulatoria que utiliza la crítica, las comparaciones y las exposiciones como medio para controlar las prácticas y fomentar el cambio, marcadamente característica de una educación excluyente, de carácter neo-liberal –, sino también las tácticas contra- hegemónicas realizadas por maestros y estudiantes de las clases populares, aquí llamados “manhas”, bajo un sesgo freiriano, que serían nada menos que formas de resistencia popular desarrolladas contra la invasión de la cultura dominante sobre sus formas de ser y hacer en la vida cotidiana. En la búsqueda por esas manhas – mecanismos populares para afrontar las presiones performativas que surgen de una organización escolar selectiva y credencialista, acostumbrada a lo que Michael Apple llamó “cultura de auditoría” –, la investigación se guía por el paradigma probatorio de Carlo Ginzburg. Por tratarse de un trabajo que se determina frente a las exigencias impuestas por los enclaves que emergen en el campo, se abraza el concepto de deriva de Humberto Maturana, buscando la flexibilidad necesaria para encontrar signos de prácticas performativas o manhas, el ejercicio del desciframiento para la construcción de datos se fundamenta en la hermenéutica de Hans-Georg Gadamer, para ilustrar como la interacción entre investigador y objeto los transforma a ambos, en la misma medida que los reconstruye y redefine, en el espacio-tiempo de esta investigación. La herramienta utilizada para reflexionar sobre los datos producidos son los quotidianos densos, de Manuel Jacinto Sarmento, y su aplicación pretende no sólo proporcionar una metodología para reconocer la lógica que guía la interposición de acciones estratégicas performativas, sino también filtrar los momentos que resaltan las formas en que las manhas desestabilizan la pedagogía de orientación neo-liberal hegemónica, generando un clinamen – una desviación, un cambio en la dirección de la vida cotidiana, que escapa a la previsibilidad, lo que favorece el mantenimiento de la subalternización de los sujetos, y brinda oportunidades para otros eventos, con poder variable, pero capaz de robar pequeñas pero significativas victorias a los fuertes, a los señores del poder propietario. La observación del conjunto de las investigaciones sugiere que las manhas llevadas a cabo por sujetos de las clases populares, acciones esencialmente tácticas, como dice Michel de Certeau, son breves, reactivas y fragmentarias; sin embargo, la tensión que imponen sobre una organización curricular y evaluativa performativa daría espacio para la creación en las escuelas públicas de una educación diferente, preocupada por las aspiraciones de las clases populares, y no sólo centrada en las necesidades del capital y la simple reproducción social.-
Descrição: dc.description157 p.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectEducação-
Palavras-chave: dc.subjectEnsino público-
Palavras-chave: dc.subjectCotidiano-
Palavras-chave: dc.subjectNeoliberalismo-
Palavras-chave: dc.subjectEducação básica-
Palavras-chave: dc.subjectRelação professor-aluno-
Palavras-chave: dc.subjectCotidiano-
Palavras-chave: dc.subjectNeoliberalismo-
Palavras-chave: dc.subjectEducación-
Palavras-chave: dc.subjectEnseñanza pública-
Palavras-chave: dc.subjectCotidiano-
Palavras-chave: dc.subjectNeo-liberalismo-
Título: dc.title“Tio, isso vale ponto?!” Reflexões sobre histórias de manhas docentes e discentes sob o império da performatividade-
Tipo de arquivo: dc.typeTese-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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