A vitivinicultura no vale do São Francisco: evolução institucional no sertão nordestino

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorKerstenetzky, Celia de Andrade Lessa-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/0408002839687344-
Autor(es): dc.contributorFeijó, Carmem Aparecida do Valle Costa-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/9040659895653917-
Autor(es): dc.contributorBritto, Jorge Nogueira de Paiva-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/6568693627641353-
Autor(es): dc.contributorCastro, Ana Celia-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/4821494129200374-
Autor(es): dc.contributorFlexor, Georges Gérard-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/6314845657140783-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/7955666794703314-
Autor(es): dc.creatorCavalcante, Carolina Miranda-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-01-03T11:41:03Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-01-03T11:41:03Z-
Data de envio: dc.date.issued2024-09-10-
Data de envio: dc.date.issued2024-09-10-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/34651-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/919747-
Descrição: dc.descriptionEssa Tese tem por objeto a vinicultura no Vale do São Francisco e por objetivo a compreensão de como e por que a vinicultura se expandiu para o sertão nordestino. A resposta ao como e ao por que da produção de vinhos no Vale será fornecida partir de um referencial teórico institucionalista. O instrumental teórico da Economia Institucional permite considerar a questão para além da estrutura da demanda e da oferta de vinhos, possibilitando a compreensão da armação institucional que sustenta o mercado vinícola brasileiro. Embora regras informais como cultura, tradição, redes sociais, sejam importantes, destaque especial é dado às regras formais, implicadas na ação da CODEVASF, com suas políticas de irrigação, da EMBRAPA, que desenvolveu tecnologias no âmbito da vitivinicultura, do CEFET e de outras instituições de ensino, responsáveis pela formação de profissionais da área e, por fim, das organizações locais de produtores, importantes não apenas no aspecto político no que concerne ao maior poder de barganha, mas fundamentalmente na agregação e na troca de conhecimentos e habilidades. A expansão da vitivinicultura para o Vale do São Francisco tem a ver, dentre outros fatores, com a busca de um novo terroir para os vinhos brasileiros. Isso fica evidente nos projetos da Miolo Wine Group – Projeto Expressão do Terroir Brasileiro – e da Vinibrasil – New Latitude Project. Vinícolas como a Vitivinícola Lagoa Grande e a Vinícola Vale do São Francisco foram pioneiras nessa expansão da vitivinicultura brasileira para o Vale, aproveitando as políticas de irrigação para desenvolver os primeiros vinhos do sertão. Ineldo Tedesco empregou sua experiência em vitivinicultura no Rio Grande do Sul e nas vinícolas na qual trabalhou como enólogo para fundar, juntamente com sua esposa, a Adega Bianchetti Tedesco. As diferentes estratégias empresariais dos vinicultores que se instalaram no Vale do São Francisco explicam o porquê da vitivinicultura ter se expandido para essa região. O que possibilitou a instalação de uma indústria do vinho no Vale do São Francisco, que responde à questão de como essa atividade se expandiu para essa região, remete à evolução institucional do sertão nordestino. Após séculos de ausência de regras formais na região, no século XX surgem as primeiras organizações, como o IOCS, posteriormente o IFOC e o DNOCS, o BNB, a SUDENE, a CVSF, depois transformada em SUVALE e CODEVASF, a EMBRAPA Semi-Árido, as primeiras Universidades e, já no início do século XXI, organizações locais voltadas à vitivinicultura. Inicialmente com foco na questão das secas, as políticas dessas organizações evoluíram para um diagnóstico sócio-econômico mais preciso da questão sertaneja, em que os projetos de irrigação lançaram as bases para o desenvolvimento de atividades econômicas autônomas, não mais dependentes do centro dinâmico litorâneo, permitindo a fixação do sertanejo em suas terras. Com o estabelecimento das bases para a produção de uvas e de outras frutas no Submédio São Francisco, propiciada pelo envolvimento organizacional do Estado, e a iniciativa de vinicultores de outras regiões e até de outros países a vitivinicultura no sertão nordestino se tornou uma realidade. Atualmente uma atividade bem sucedida, a indústria do vinho na região do pólo Petrolina-Juazeiro mostra que a parceria entre o Estado, através da sua presença organizacional, e as empresas, potencializada pelo comprometimento da população envolvida e dos grupos políticos locais pode impulsionar atividades econômicas que não emergiriam espontaneamente da ação de grupos isolados.-
Descrição: dc.descriptionThis thesis focuses the winemaking in the San Francisco Valley. Its objective is the understanding of how and why the winemaking has expanded into the Northeast hinterland. The answer to this question will be answered from an institutional point of view. The theoretical tool of Institutional Economics allows us to consider the issue beyond the structure of demand and supply of wine, allowing the understanding of the institutional framework that supports the Brazilian wine market. While informal rules such as culture, tradition, social networks are important, special emphasis is given to formal rules and the action of organizations like CODEVASF, with its irrigation policies, EMBRAPA, important in the development of technologies for viticulture, CEFET and other educational institutions, important in the training of professionals and, finally, the local producer institutions, important not only in the political aspect in regard to the greater bargaining power, but mainly in the aggregation and exchange of knowledge and skills. The expansion of wine production to San Francisco Valley is about, among other factors, the search for a new terroir for Brazilian wines. This is evident in the projects of Miolo Wine Group - Project Expression of Brazilian Terroir - and of Vinibrasil - New Latitude Project. Wineries such as Vitivinícola Lagoa Grande and Vinícola Vale do São Francisco were pioneers in this expansion of Brazilian viticulture to the Valley, using irrigation policies to develop the first wines from the hinterland. Ineldo Tedesco used his experience in wine production in Rio Grande do Sul and in the vineyards where he worked as winemaker for founding, along with his wife, the Adega Bianchetti Tedesco. The different business strategies of winegrowers who settled in the San Francisco Valley explain why the wine industry has expanded into that region. What enabled the installation of a wine industry in the San Francisco Valley, which answers the question of how this activity has expanded to that region, refers to the institutional development of the Northeast hinterland. After centuries of absence of formal rules in the region, in the twentieth century the first institutions emerge, they are such as IOCS, and subsequently IFOCS and DNOCS, BNB, SUDENE CVSF, then transformed into SUVALE and CODEVASF, EMBRAPA SEMI-ÁRIDO and some Universities. Initially focused on the issue of drought, the policies of these organizations have evolved into a more precise socio-economic diagnosis of the hinterland question, where the irrigation projects laid the groundwork for the development of autonomous economic activities, no longer dependent on the dynamic center coastal strip, allowing the permanence of the hinterland people on their land. With the establishment of the bases for the production of grapes and other fruits in the San Francisco Valley, caused by the organizational involvement of the state in the process of institutional evolution, and even the involvement of winemakers from other regions and even other countries, viticulture in the Northeast has become a reality. Currently a successful activity, the wine industry in the region of Petrolina-Juazeiro Pole shows that the partnership between the state, through its organizational presence, and companies, leveraged by commitment from the people and political groups can boost local economic activities that did not emerged spontaneously from the action of isolated groups.-
Descrição: dc.description298 f.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectEconomia institucional-
Palavras-chave: dc.subjectVinicultura-
Palavras-chave: dc.subjectProdução de uva-
Palavras-chave: dc.subjectIndústria vitivinícola-
Título: dc.titleA vitivinicultura no vale do São Francisco: evolução institucional no sertão nordestino-
Tipo de arquivo: dc.typeTese-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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