Radioterapia nas neoplasias de sistema nervoso central na infância: perfil clínico, epidemiológico e toxidades

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorFigueiredo Junior, Israel-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/6328987611357660-
Autor(es): dc.contributorSias, Selma Maria de Azevedo-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/6571323597413226-
Autor(es): dc.contributorFerman, Sima Esther-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/1910835199872344-
Autor(es): dc.contributorPinel, Maria Izabel Sathler-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/2815604264757632-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/2915417841912558-
Autor(es): dc.creatorMagalhães, Guilherme Araújo-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-01-03T11:39:44Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-01-03T11:39:44Z-
Data de envio: dc.date.issued2024-08-08-
Data de envio: dc.date.issued2024-08-08-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/34009-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/919320-
Descrição: dc.descriptionIntrodução: As neoplasias de sistema nervoso central correspondem a 21% do câncer infanto- juvenil, e são os tumores sólidos mais comuns na infância. Representam o maior número de mortes por câncer na população pediátrica e ainda são uma das causas mais comuns de morte infantil em países desenvolvidos. Avanços na neuroimagem têm melhorado seu diagnóstico e a combinação de terapias tem permitido a cura, com maior preservação da função neurológica. O principal tratamento é a cirurgia, e sua extensão depende do volume e localização do tumor, e da idade da criança ao diagnóstico. A radioterapia é bastante utilizada, muitas vezes associada à quimioterapia. Apesar de toda evolução tecnológica, a radioterapia ainda é responsável por sequelas. O objetivo desse estudo foi verificar o perfil sociodemográfico e clínico desses pacientes, estabelecer os principais tumores cerebrais tratados com radioterapia, seus tempos para diagnóstico e início de tratamento, relacionar as modalidades terapêuticas realizadas, analisar os volumes irradiados e as técnicas de radioterapia executadas, relacionando-os com toxicidade, aguda e tardia. Método: Foram analisados 257 pacientes pediátricos, com idade até 18 anos incompletos, com diagnóstico de neoplasia de sistema nervoso central, tratados com radioterapia no Instituto Nacional de Câncer-INCA, no período de janeiro de 2012 a dezembro de 2020. As variáveis foram divididas em sociodemográficas, clínicas, relacionadas ao tratamento e às toxicidades. As variáveis contínuas foram testadas para normalidade para estabelecer a utilização de testes paramétricos ou não, enquanto as categóricas utilizaram o teste de Fisher para definir a relação entre elas. Regressão logística foi usada para verificar associação entre as sequelas e fatores relacionados. Resultado: Predominaram crianças do sexo masculino, raça branca, com idade mediana ao diagnóstico de 7,6 anos. A maioria possuía casa própria, com infraestrutura básica, e renda familiar de até um salário mínimo. Os sintomas variaram com a localização do tumor e idade da criança, e os mais comuns foram cefaleia, vômitos e alterações na marcha. O principal tratamento foi o trimodal, sendo a radioterapia utilizada em 64% dos pacientes matriculados para tratamento no período. Os tumores mais frequentes para radioterapia foram o meduloblastoma, tumores de tronco cerebral e ependimoma anaplásico. A média do tempo para diagnóstico foi de 102 dias e do tempo para início de tratamento, de 25 dias. Sequelas relacionadas à doença, independentes do tratamento foram encontradas em 43% dos casos, sendo a convulsão e a hemiparesia as mais frequentes. Reações agudas pela radioterapia ocorreram em 65% dos pacientes. Efeitos tardios foram verificados em 19,5% das crianças e os distúrbios endócrinos foram os mais observados (hipotireoidismo, deficiência do GH e hipogonadismo), seguidos por déficits auditivos. Foram observadas associações significativas entre sequelas pela radioterapia e idade ao diagnóstico, idade na radioterapia, radioterapia de neuroeixo (vs focal), técnica conformacional (vs VMAT), e ter feito também quimioterapia e cirurgia. Não houve relação com dose e uso de derivação liquórica. Conclusão: As neoplasias cerebrais da infância têm uma apresentação clínica heterogênea, com sintomas iniciais inespecíficos e comuns a doenças benignas mais prevalentes, justificando parcialmente, o tempo prolongado para o diagnóstico encontrado. Dificuldades no acesso a exames de imagem e a centros especializados no tratamento do câncer infantil também podem contribuir para o atraso no diagnóstico e no início do tratamento, e consequentemente, para uma maior toxicidade ao tratamento. A própria doença causa sequelas, e as elevadas taxas de efeitos tardios pela radioterapia verificadas, podem estar relacionadas ao grande número de tumores tratados eletivamente com a técnica de neuroeixo, que foi responsável por 80% dos tratamentos das crianças que apresentaram sequelas. Ações de saúde devem ser promovidas visando o diagnóstico precoce para melhoria de resultados e redução de efeitos adversos.-
Descrição: dc.descriptionIntroduction: Central nervous system neoplasms correspond to 21% of childhood cancers, and are the most common solid tumors in childhood. They represent the largest number of cancer deaths in the pediatric population and are still one of the most common causes of infant death in developed countries. Advances in neuroimaging have improved its diagnosis and the combination of therapies has allowed cure, with greater preservation of neurological function. The main treatment is surgery, and its extent depends on the volume and location of the tumor, and the age of the child at diagnosis. Radiotherapy is widely used, often associated with chemotherapy. Despite all technological developments, radiotherapy is still responsible for sequelae. The objective of this study was to verify the sociodemographic and clinical profile of these patients, establish the main brain tumors treated with radiotherapy, their times for diagnosis and initiation of treatment, relate the therapeutic modalities performed, analyze the irradiated volumes and the radiotherapy techniques performed, relating them with acute and late toxicity. Method: We analyzed 257 pediatric patients, aged up to 18 years, with a diagnosis of central nervous system neoplasia, treated with radiotherapy at the Instituto Nacional de Cancer-INCA, from January 2012 to December 2020. The variables were divided into sociodemographic, clinical, treatment- related and toxicities. Continuous variables were tested for normality to establish the use of parametric tests or not, while categorical variables used Fisher's test to define the relationship between them. Logistic regression was used to verify the association between sequelae and related factors. Result: There was a predominance of male, white children, with a median age at diagnosis of 7.6 years. Most had their own house, with basic infrastructure, and a family income of up to one minimum wage. Symptoms varied with the location of the tumor and age of the child, and the most common were headache, vomiting and gait disturbances. The main treatment was trimodal, with radiotherapy used in 64% of patients enrolled for treatment in the period. The most frequent tumors for radiotherapy were medulloblastoma, brainstem tumors and anaplastic ependymoma. The mean time to diagnosis was 102 days and the time to treatment initiation was 25 days. Sequelae related to the disease, independent of treatment, were found in 43% of cases, with seizures and hemiparesis being the most frequent. Acute reactions to radiotherapy occurred in 65% of patients. Late effects were observed in 19.5% of children and endocrine disorders were the most observed (hypothyroidism, GH deficiency and hypogonadism), followed by hearing deficits. Significant associations were observed between radiotherapy sequelae and age at diagnosis, age at radiotherapy, neuraxial radiotherapy (vs focal), conformational technique (vs VMAT), and having also had chemotherapy and surgery. There was no relationship with dose and use of cerebrospinal fluid bypass. Conclusion: Childhood brain neoplasms have a heterogeneous clinical presentation, with nonspecific initial symptoms common to more prevalent benign diseases, partially justifying the prolonged time for diagnosis found. Difficulties in accessing imaging tests and centers specialized in the treatment of childhood cancer can also contribute to a delay in diagnosis and initiation of treatment, and consequently, to greater toxicity to the treatment. The disease itself causes sequelae, and the high rates of late effects from radiotherapy observed may be related to the large number of tumors treated electively with the neuraxial technique, which was responsible for 80% of the treatments of children who had sequelae. Health actions should be promoted aiming at early diagnosis to improve results and reduce adverse effects.-
Descrição: dc.description145 f.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectCâncer-
Palavras-chave: dc.subjectCriança-
Palavras-chave: dc.subjectCerebro-
Palavras-chave: dc.subjectRadioterapia-
Palavras-chave: dc.subjectEfeitos tardios-
Palavras-chave: dc.subjectRadioterapia-
Palavras-chave: dc.subjectNeoplasia em criança-
Palavras-chave: dc.subjectSistema nervoso central-
Palavras-chave: dc.subjectToxicidade-
Palavras-chave: dc.subjectProdução intelectual-
Palavras-chave: dc.subjectCancer-
Palavras-chave: dc.subjectChild-
Palavras-chave: dc.subjectBrain-
Palavras-chave: dc.subjectRadiotherapy-
Palavras-chave: dc.subjectLate effects-
Título: dc.titleRadioterapia nas neoplasias de sistema nervoso central na infância: perfil clínico, epidemiológico e toxidades-
Tipo de arquivo: dc.typeDissertação-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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