As casas: os sentidos de lugar diante das experiências de mulheres em São Gonçalo

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorCosta, Rogério Haesbaert da-
Autor(es): dc.contributorMartins, Flávia Elaine da Silva-
Autor(es): dc.contributorOliveira, Anita Loureiro de-
Autor(es): dc.creatorAzevedo, Rebeca da Rocha-
Data de aceite: dc.date.accessioned2025-01-03T11:35:51Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2025-01-03T11:35:51Z-
Data de envio: dc.date.issued2024-12-03-
Data de envio: dc.date.issued2024-12-03-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/35668-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/918929-
Descrição: dc.descriptionA partir do município de São Gonçalo, localizado na região metropolitana do Estado do Rio de Janeiro, e entendido como a periferia dessa região, nos defrontamos com uma realidade que mesmo que 53% de sua população seja composta por mulheres, segundo dados do censo de 2022 do IBGE, elas ainda são pouco ouvidas. Na direção contrária a essa realidade vamos ao encontro do Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), associação com 35 anos de história na luta pelos direitos de mulheres, crianças, adolescentes e idosos, das mais diversas cores, orientações sexuais e capacidades. A partir do contato direto com dois grupos de mulheres que compõem a instituição, as “associadas” e as usuárias do Vozes Periféricas, projeto que acontece na localidade do Conjunto da Marinha, este trabalho buscou pensar os sentidos de lugar que as casas das participantes podem comportar. Neste processo, trabalhou-se com metodologias participativas, entendendo que a proposta era de pensarmos juntas diante da relação lugar-gênero, optando pelas Rodas de Conversas e os Mapas de Relevo, ambos com o auxílio de fichas de perfil no início dos trabalhos. A primeira metodologia mostrou-se ser a mais apropriada uma vez que já era conhecida das participantes, garantia um “lugar seguro” para o diálogo e era coerente à proposta, em que todas podiam falar e serem ouvidas. A partir desses encontros, refletimos sobre como elas entendem o “ser mulher” e quais são as relações internas as casas que afetam seus sentidos, entre as quais destacamos o trabalho doméstico e a satisfação em relação a ele, considerando as realidades particulares de cada uma delas. O Mapa de Relevo se mostrou ser um método com algumas limitações e necessidades de adaptação, mas que diante da abordagem interseccional situada, ainda conseguia relacionar dimensões de poder e lugares. Nesta pesquisa, esse método revelou que para as participantes as casas são “Lugares de alívio”, assim como o MMSG. Contudo, o Complexo do Salgueiro, onde as participantes do grupo pertencente ao Vozes Periféricas moram, foi classificado por grande parte delas como um “Lugar de opressão”. Entendemos neste texto, que o Complexo do Salgueiro é um território marcado por territorialidades diversas e complexas, onde a presença do narcotráfico, a ocorrência de operações policiais e enchentes no período de chuvas fortes afetam diretamente as relações das moradoras com o território e com seus lugares. Assim, pensar as casas deslocadas dessa realidade não seria possível. Por isso, argumentamos que as casas são afetadas pelas territorialidades vigentes e igualmente pelas dinâmicas internas, como as relacionadas ao trabalho doméstico.-
Descrição: dc.descriptionDe la municipalité de São Gonçalo, située dans la région métropolitaine de l’État de Rio de Janeiro et périphérie de cette région, nous sommes confrontés à une réalité que même si 53% de sa population est composée de femmes, selon les données du recensement de 2022 de l’IBGE, celles-ci sont encore peu entendues. Dans la direction opposée à cette réalité, nous allons vers le Movimento de Mulheres em São Gonçalo (MMSG), association avec 35 ans d’histoire dans la lutte pour les droits des femmes, des enfants, des adolescents et des personnes âgées, des couleurs, des orientations sexuelles et des capacités les plus diverses. Du contact direct avec deux groupes de femmes qui composent l’institution, les "associadas" et les utilisatrices des Vozes Periféricas, projet qui se déroule dans la localité du Conjunto da Marinha, ce travail a cherché à penser les sens de lieu que les maisons des participantes peuvent comporter. Dans ce processus, on a travaillé avec des méthodologies participatives, en comprenant que la proposition était de penser ensemble face à la relation entre le lieu et le genre, en optant pour les Rodas de Conversa et les Mapas de Relevo, tous deux à l’aide de fiches de profil au début des travaux. La première méthodologie s’est avérée la plus appropriée, car elle était déjà connue des participantes, garantissait un "lieu sûr" pour le dialogue et elle était cohérente à la proposition, dans laquelle toutes pouvaient parler et être entendues. À partir de ces rencontres, nous avons réfléchi à la façon dont elles perçoivent le "fait d’être femme" et quels sont les relations internes aux maisons qui affectent leurs sens, parmi lesquelles nous soulignons la relation avec le travail domestique et la satisfaction autour des réalités particulières de chacune d’elles. Les Mapas de Relevo s’est révélée être une méthode avec certaines limitations et besoins d’adaptation, mais qui face à l’approche intersectionnelle située, pouvait encore relier les dimensions du pouvoir et des lieux. Dans cette recherche, a révélé que pour les participantes les maisons sont des "Lugares de alívio", ainsi que le MMSG. Cependant, le Complexo do Salgueiro, où vivent les participantes du Vozes Periféricas, a été classé pour la plupart comme un "Lugar de opressão". Nous comprenons dans ce texte que le Complexo do Salgueiro est un territoire marqué par des territorialités diverses et complexes, où la présence du narcotrafic, la survenance des opérations policières et des inondations de la période des pluies affecte directement les relations des habitantes avec le territoire et ses lieux. Ainsi, penser les maisons déplacées de cette réalité ne serait pas possible. Par conséquent, nous argumentons que les maisons sont affectées par les territorialités en vigueur et également par les dynamiques internes telles que celles liées au travail domestique.-
Descrição: dc.description182 f.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectMulheres-
Palavras-chave: dc.subjectLugar-
Palavras-chave: dc.subjectInterseccionalidade situada-
Palavras-chave: dc.subjectSão Gonçalo-
Palavras-chave: dc.subjectGeografia do gênero-
Palavras-chave: dc.subjectTerritorialidade humana-
Palavras-chave: dc.subjectInterseccionalidade-
Palavras-chave: dc.subjectFemmes-
Palavras-chave: dc.subjectLieu-
Palavras-chave: dc.subjectIntersectionnalité Située-
Palavras-chave: dc.subjectSão Gonçalo-
Título: dc.titleAs casas: os sentidos de lugar diante das experiências de mulheres em São Gonçalo-
Tipo de arquivo: dc.typeDissertação-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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