“O amor sempre existiu?”: Uma jornada de investigação científica pela história do amor

Abstract

Este material didático propõe uma análise da historicidade do amor, desmistificando a ideia de que ele sempre existiu da mesma forma. A partir da leitura de trechos de Quadras ao gosto popular, de Fernando Pessoa, os estudantes irão refletir sobre a importância dada ao amor na atualidade, para então questionar sobre a existência dele em outros períodos históricos, com foco na atualidade. Por meio das recentes discussões historiográficas sobre o período paleolítico e neolítico que afirmam que as relações entre homens e mulheres foram alteradas com o desenvolvimento da pecuária e a consequente percepção dos homens da sua participação da procriação, o material proposto busca estabelecer vínculos entre o amor, o casamento, o contexto histórico e as condições materiais das sociedades da Antiguidade. A partir dos documentos selecionados, da questão problema: “o amor sempre existiu?” e das questões motivadoras entregues para cada um dos grupos, os alunos irão, por meio dos pressupostos da iniciação científica, investigar as relações conjugais em diferentes períodos históricos a partir de um roteiro entregue para cada um dos grupos. Nesse sentido, espera-se que ao comparar as visões gregas sobre casamento, concubinato e amor com o amor romântico idealizado em Roma, os alunos compreendam como o amor se transformou ao longo do tempo, influenciado por fatores sociais, culturais e históricos. Finalmente, espera-se ainda que os estudantes possam desmistificar a ideia de que o amor é um sentimento universal e atemporal, compreendendo-o como uma construção social e histórica.