ENSINO DE RAZÃO E PROPORÇÃO POR MEIO DE ATIVIDADES EXPERIMENTAIS

Abstract

Este trabalho apresenta resultados de um estudo que teve como objetivo analisar possíveis efeitos da aplicação de uma sequência didática baseada no ensino por atividades experimentais de Sá e Mafra para o ensino de razão e proporção sobre o aprendizado de resolução de problemas de estudantes do 9º ano do ensino fundamental Utilizamos como metodologia de pesquisa a Engenharia Didática de Michele Artigue, constituída em etapas metodológicas, a qual temos: a 1ª fase, análises prévias, onde apresentaremos como se deu a escolha do objeto matemático, referenciais teóricos que fundamentam e conceituam a teoria da atividade, o ensino por atividades experimentais, a teoria dos registros de representação semiótica, resolução de problemas, a taxonomia de Bloom, os aspectos: históricos; matemáticos e curriculares, estudos sobre o ensino-aprendizagem de razão e proporção. Na 2ª fase, concepção e análise a priori, apresenta a sequência de atividades experimentais compostas por 13 atividades de ensino, sugerida para a fase da experimentação que foi aplicada em outubro e novembro de 2023 para 32 estudantes do nono ano do ensino fundamental, em uma escola da rede de ensino pública de Novo RepartimentoPará. Ainda apresenta o pré-teste e pós-teste, bem como as análises a priori de todas as questões dos testes e de cada atividade da sequência, além das expectativas para as análises a posteriori em relação aos testes e cada uma das atividades, na 3ª fase, a experimentação, está descrito como ocorreu a experimentação e apresenta os dados observados. E por fim a última fase – 4ª fase, a análise a posteriori e validação, comparamos as análises a priori com os resultados da experimentação, e os resultados encontrados do desempenho dos estudantes nas atividades foram positivos, em relação ao desempenho nos testes os resultados do pré-teste foram insuficientes, entretanto os resultados do pós-teste foram satisfatórios. Os erros mais comuns evidenciados na resolução das situações problemas do teste, decorreu de erros procedimentais e de atenção. E o tempo da aplicação das atividades mostrou que a tendência é de uma diminuição deste tempo em atividades com as mesmas características. Tendo, portanto, o ensino de matemática por atividades experimentais efeitos positivos, pois possibilitou o amadurecimento cognitivo em relação ao conteúdo de razão e proporção, favorecendo a motivação, estimulando a elaboração de reflexões, a autoconfiança na resolução de situações/problemas por meio de redescoberta seja em grupo ou individualmente. As atividades da sequência didática aplicadas em sala de aula e validadas experimentalmente e pela banca avaliadora desta pesquisa, tornaram-se um produto educacional, intitulado “caderno de atividades para ensinar razão e proporção”.