Setor sucroenergético e sua dinâmica de inovação

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Autor(es): dc.contributorOliveira, Luiz Guilherme de-
Autor(es): dc.creatorSousa, Luciano Cunha de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T16:39:44Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T16:39:44Z-
Data de envio: dc.date.issued2015-08-07-
Data de envio: dc.date.issued2015-08-07-
Data de envio: dc.date.issued2015-08-07-
Data de envio: dc.date.issued2015-07-24-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/18490-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://dx.doi.org/10.26512/2015.07.T.18490-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/914080-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Programa de Pós-Graduação em Administração, 2015.-
Descrição: dc.descriptionA cana-de-açúcar faz parte da história brasileira como a primeira cultura agrícola introduzida no país, ainda no século XVI, e a indústria associada a esta planta, de certa maneira retrata os períodos de evolução do Brasil. Iniciada em 1931, a mistura de etanol na gasolina, no Brasil, é uma política de longo prazo que deu ao país características únicas de ter um alto percentual de energia renovável na matriz energética dos transportes. O Proálcool, iniciado na década de 1970, é uma das políticas que representa o modelo de substituição de importações, adotado como ferramenta de política industrial pelo país, à época, e, também o responsável por estabelecer condições únicas para o mercado de etanol hidratado, criando uma rede de distribuição ao longo do país e desenvolvendo a tecnologia para veículos a etanol. Foi uma política bem sucedida, que conseguiu aliar as condições naturais do país, a importação de tecnologia e a engenharia nacional de maneira inovadora e possibilitou que o país fosse o maior produtor mundial de etanol e açúcar, além de dominar completamente toda cadeia tecnológica e exportar bens de capital. O setor também é um bom representante do Brasil, ao passar por um conjunto de ciclos de expansão muito acelerada, seguido de outros ciclos de estagnação ou retração. Nas décadas recentes, boa parte destes ciclos negativos foi resultado de políticas macroeconômicas necessárias, mas que desconsideraram a necessidade de ajustes específicos setoriais. O último grande ciclo de expansão do Sistema de Produção e Inovação do Setor Sucroenergético – SPIS ocorreu entre 2003 e 2009, resultante do desenvolvimento tecnológico anterior fomentado pelo Proálcool, do crescimento econômico do país, do alto preço do petróleo e das altas vendas de veículos. Atualmente, o setor encontra-se estagnado e se constata que a tecnologia industrial para produção de etanol de primeira geração já está madura e que o país possui pouca competência tecnológica para produção de etanol de segunda geração. A cana-de-açúcar, considerada uma excelente matéria-prima, vem apresentando ganhos decrescentes de produtividade e, por isso, torna-se necessário o investimento em técnicas de manejo adequadas para mecanização e em transgenia, visto que, apesar de ser utilizada em outras culturas há décadas, ainda não existem variedades comercialmente disponíveis para a cana-de-açúcar. Neste trabalho, o objetivo é avaliar, sob o ponto de vista das políticas públicas voltadas para inovação, o desempenho do SPIS, bem como propor ações para melhoria do mesmo. Foi utilizada a teoria de Sistemas de Inovação Tecnológica, aliada ao quadro teórico de Funções dos Sistemas de Inovação, por se considerar que este é um modelo sistêmico que permite visualizar o todo do problema sob análise, mas que possui mecanismos que permitam compreender a dinâmica do sistema, seus principais pontos fracos e suas virtudes. Na última década, os EUA ultrapassaram o Brasil na produção de etanol, produzindo atualmente mais que o dobro da produção brasileira a um preço mais baixo. Além disso, o país tem tomado crescentemente a participação do Brasil nas exportações de etanol e realiza um enorme esforço para o desenvolvimento de tecnologias de segunda geração. Porém, em termos de participação relativa do etanol no mercado de combustíveis, os EUA estão muito aquém do Brasil e enfrentam severas restrições para superar o “Blend Wall” (mistura de 10% do etanol à gasolina). É feita uma comparação entre os sistemas de inovação nos dois países, com o intuito de verificar as lições que podem ser aprendidas para benefício mútuo e também as possíveis ações conjuntas a serem realizadas. Além do etanol, é analisada a produção de energia elétrica a partir da biomassa, considerando que, principalmente no Brasil, esta produção é feita usualmente na mesma unidade produtiva. Dadas as características complexas do segmento energético implicarem em investimentos muito vultuosos e o setor ser altamente regulado, vindo a sofrer intervenções governamentais constantes, as políticas de criação de conhecimento e de demanda pelo produto necessitam ser mais fortemente conectadas que em outros segmentos. No Brasil, foram identificados três pontos negativos principais no SPIS: i) o controle de preço da gasolina associado com uma alta relevante nos custos de produção, que restringe o mercado do etanol hidratado; ii) a descoordenação entre a política de criação de demanda e a política de geração de conhecimento; e iii) a carência de criação de conhecimento. O ponto positivo principal foi o grande mercado potencial, criado pela maior frota flex fuel do mundo e uma rede de distribuição de etanol que cobre todo o território nacional. Nos EUA destaca-se como pontos positivos a coordenação das políticas públicas, e a evolução tecnológica acelerada, associada a uma grande mobilização de recursos. O principal problema identificado foi a criação de legitimidade, tendo em vista que existe forte oposição ao uso do biocombustível pelas grandes empresas de petróleo e outros segmentos, os quais criam um ambiente de desinformação que dificulta a formação de mercado. O pequeno número de veículos flex fuel e de postos de combustível vendendo E85 limitam severamente a venda de biocombustíveis, além daquele misturado à gasolina.-
Descrição: dc.descriptionThe sugarcane is part of Brazilian history as the first crop introduced in the country in the sixteenth century, and the industry associated with this plant, in a way portrays the stages of evolution of Brazil. Initiated in 1931, the blend of ethanol in gasoline in Brazil is a long-term policy that gave the country unique characteristics of having a high percentage of renewable energy in the energy matrix of transport. The Alcohol Program, initiated in 1970, is one of the policies that follow the model of import substitution, adopted as a tool of industrial policy for the country at that time and also responsible for establishing unique conditions for hydrous ethanol, creating a distribution network throughout the country and developing the technology for vehicles using ethanol. It was a successful policy that managed to combine the natural conditions of the country, the import of technology and national engineering in an innovative way and allowed the country to be the world's largest producer of ethanol and sugar, in addition to completely dominate the entire technology chain and export capital goods. The sector is also a good representative of Brazil, while passing by a set of cycles of very rapid expansion, followed by cycles of stagnation or decline. In recent decades, most of these negative cycles resulted of macroeconomic policies needed, but that disregarded the need for sector-specific adjustments. The last major expansion cycle of the System of Production and Innovation of Sugarcane Sector-SPIS occurred between 2003 and 2009 resulting from previous technological development fostered by Proálcool, the country's economic growth, the high oil price and high vehicle sales. Currently the industry is stagnant and it appears that the technology for the production of first generation ethanol is already fully mature and that the country has little technological expertise to produce second-generation ethanol. The sugarcane, which is considered an excellent raw material, has shown decreasing productivity gains and therefore, investment becomes necessary for proper handling and machining techniques for transgenesis because, despite being used in other cultures for decades, there are no commercially available varieties for cane sugar. In this work, the objective is to evaluate, from the point of view of public policies aimed at innovation, the performance of the SPIS, and propose actions for improvement. The theory of Technological Innovation Systems, allied to the Functions of Innovation Systems framework was used, as it was considered that this is a systemic model that allows you to view all of the problem under consideration, but which has mechanisms to understand the dynamics of the system , its main weaknesses and virtues. In the last decade, the United States outpaced Brazil in ethanol production, currently producing more than double the Brazilian production to a lower price. In addition, the country has increasingly taken the participation of Brazil in ethanol exports and makes a huge effort for the development of second-generation technologies. However, in terms of relative share of ethanol in the fuel market, the United States lags far behind Brazil and faces severe constraints to overcome the "Blend Wall" (mixture of 10% ethanol in gasoline). A comparison between systems of innovation is made in two countries, in order to verify the lessons that can be learned for mutual benefit and also the possible joint actions to be performed. Besides ethanol, is analyzed to produce electricity from biomass, whereas, especially in Brazil, this production is usually made at the same plant. Given the complex characteristics of the energy sector, investments are bigger, the industry is highly regulated and undergo constant government intervention, political knowledge creation and demand for the product need to be more strongly connected than in other segments. In Brazil, three main weaknesses were identified in the SPIS: i) the gasoline price control associated with a high increase in production costs, which limits the market for hydrated ethanol; ii) the mismatch between the policy of demand creation and policy of knowledge generation; and iii) lack of knowledge creation. The main positive point was the large potential market created by the world's largest fleet of flex fuel and ethanol distribution network that covers the entire national territory. US stands out as positives coordination of public policies, and accelerated technological change, coupled with a large resource mobilization. The main problem identified was the creation of legitimacy, given that there is strong opposition to the use of biofuels by the major oil companies and other segments that create an environment of misinformation that hinders the formation of the market. The small number of flex fuel vehicles and gas stations selling E85 severely limit the sale of biofuels beyond that blended into gasoline.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectEtanol-
Palavras-chave: dc.subjectBiocombustível-
Palavras-chave: dc.subjectCana-de-açúcar - Brasil-
Palavras-chave: dc.subjectPrograma Nacional do Álcool (Proálcool)-
Título: dc.titleSetor sucroenergético e sua dinâmica de inovação-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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