Da aldeia à alta gastronomia : a trajetória da pimenta Baniwa, práticas de consumo e representação midiática

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Autor(es): dc.contributorSilva, Fernanda Casagrande Martinelli Lima Granja Xavier da-
Autor(es): dc.creatorAndrade, Andreza Silva de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T16:25:06Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T16:25:06Z-
Data de envio: dc.date.issued2021-07-09-
Data de envio: dc.date.issued2021-07-09-
Data de envio: dc.date.issued2021-07-09-
Data de envio: dc.date.issued2021-02-26-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/41364-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/907955-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Comunicação, Departamento de Comunicação Social, 2021.-
Descrição: dc.descriptionEsta investigação estuda a trajetória da Pimenta Baniwa, um produto da culinária do povo indígena Baniwa, que se tornou conhecido e consumido em centros urbanos e em espaços de gastronomia brasileira, a partir de uma projeção midiática advinda da influência de chefs famosos. A Pimenta Baniwa é uma jiquitaia, um processado de várias pimentas do gênero capsicum ssp., que são desidratadas e piladas com sal. De origem tupi, a palavra jiquitaia significa uma mistura de sal (yuki) com pimenta (taya). Esse produto é fruto do conhecimento tradicional da mulher Baniwa cuja prática de cultivo, processamento e consumo se ancora na ancestralidade. Por isso, além do uso culinário, a pimenta também é consumida numa série de rituais para o corpo e para a alma. A partir de uma abordagem etnográfica que combina os estudos de consumo, de cultura material e de representações sociais, buscamos compreender como se estabelecem as conexões entre sujeitos e a Pimenta Baniwa ao longo da sua vida social, desde o cultivo, o processamento, a distribuição e o consumo do produto. A partir de Douglas e Isherwood (2006), compreendemos que produção, trabalho e consumo são partes integrantes de um mesmo sistema. Neste percurso, consideramos a Pimenta Baniwa um fato social total (MAUSS, 2017), um sistema inteiro que tem relação com uma diversidade de eventos políticos, religiosos e culturais, que atinge (e é atingida pelo) o tecido social de forma articulada. A pesquisa se ancora em três eixos principais: 1) o histórico da luta indígena que antecedeu e deu o pano de fundo para o nascimento da Pimenta Baniwa; 2) as diversas materialidades da Pimenta Baniwa e seus contextos ao longo da cadeia de produção; 3) as políticas de construção de valor da Pimenta Baniwa enquanto produto de articulações político- culturais. Desse modo, levantou-se que a Pimenta Baniwa representa a corporificação do trabalho Baniwa que tem origens na ancestralidade e na história de luta e resistência indígena. Sendo fruto da reivindicação das mulheres Baniwa, a iniciativa precisou organizar um complexo arranjo interinstitucional formado por atores não indígenas, dentre eles chefs famosos e a mídia, que contribuíram para que o produto se posicionasse no mercado de gastronomia. As consequências desse arranjo demonstram as disputas de poder ao longo da cadeia, as representações sociais e ao mesmo tempo, a resistência indígena frente às transformações da contemporaneidade.-
Descrição: dc.descriptionCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).-
Descrição: dc.descriptionThis research investigates the trajectory of Pimenta Baniwa, a product of the Baniwa indigenous people cuisine, which became well known and consumed in urban centers and in Brazilian gastronomy spaces, stimulated by a media projection stemming from the influence of famous chefs. The Baniwa Pepper is a jiquitaia, which is a type of spice made from mixtures of peppers of the genus capsicum ssp. that are dehydrated, grounded and mixed with salt. The word jiquitaia comes from the Tupi language, and means a mixture of powdered salt (yuki) with pepper (taya). This product is the result of the traditional knowledge of the Baniwa woman whose cultivation, processing and consumption practices are anchored in ancestry. In addition to culinary use, the pepper is also consumed in a series of rituals for the body and soul. From an ethnographic approach that combines consumption studies, material culture and social representations, we seek to understand how the connections between subjects and Baniwa Pepper are established throughout its social life, from cultivation, processing, distribution and consumption. From Douglas and Isherwood (2006), we understand that production, work and consumption are parts of the same system. Along this path, we consider the Baniwa Pepper to be a total social fact (MAUSS, 2017), an entire system that is related to a diversity of political, religious and cultural events, which affects(and is affected by) the social fabric in an articulated way. The research is based on three main axes: 1) the history of the indigenous struggle that preceded and gave the background for the birth of Baniwa Pepper; 2) the different materialities of Baniwa Pepper and their contexts along the production chain; 3) the value-building policies of Baniwa Pepper as a product of political and cultural articulations. In this way, we found that Baniwa Pepper represents the embodiment of Baniwa work that has ancestral and historical origins of indigenous struggle and resistance. As a result of the Baniwa women's claim, the initiative needed to organize a complex interinstitutional arrangement formed by non- indigenous actors, among them famous chefs and the media, which contributed to the product positioning itself in the gastronomy market. The consequences of this arrangement demonstrate power struggles along the chain, social representations and, at the same time, indigenous resistance to the transformations of modernity.-
Descrição: dc.descriptionFaculdade de Comunicação (FAC)-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Comunicação-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectGastronomia-
Palavras-chave: dc.subjectCultura material-
Palavras-chave: dc.subjectPovos indígenas-
Palavras-chave: dc.subjectPovo Baniwa-
Palavras-chave: dc.subjectPimenta Baniwa-
Palavras-chave: dc.subjectIndígenas - vida e costumes sociais-
Título: dc.titleDa aldeia à alta gastronomia : a trajetória da pimenta Baniwa, práticas de consumo e representação midiática-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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