Nas fronteiras da AiD$ : experiências com a PrEP em Brasília, Manaus e Recife

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Autor(es): dc.contributorFleischer, Soraya Resende-
Autor(es): dc.creatorMatias, Wertton Luís de Pontes-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T16:23:33Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T16:23:33Z-
Data de envio: dc.date.issued2022-12-14-
Data de envio: dc.date.issued2022-12-14-
Data de envio: dc.date.issued2022-12-14-
Data de envio: dc.date.issued2022-08-16-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/45300-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/907278-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Antropologia, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, 2022.-
Descrição: dc.descriptionNo marco da adoção da política de prevenção combinada ao HIV/Aids no Brasil, a Profilaxia Pré-exposição ao HIV (PrEP) surge como uma das principais estratégias na garantia do controle aos casos de infecção pelo vírus da Aids. Baseada no uso de fármacos que garantem a intransmissibilidade do vírus, administrados antes de situações onde possam ocorrer exposição ao HIV, a PrEP tem demonstrado, com o tempo, ser bem mais que uma mera alternativa profilática. É, também, uma política de saúde que reconfigura experiências e práticas sexuais, mobiliza as pessoas em torno do cuidado e proteção ao corpo, reconfigura relações de conjugalidade e, talvez o mais importante, redefine a agenda política do Estado em torno da resposta ao HIV/Aids. Atendo a tais processos e interessado nas dinâmicas sociais em torno dessa alternativa de prevenção, nesta dissertação o meu objetivo é refletir e fazer Antropologia a partir das experiências de usuários em PrEP. Utilizo como dado/base empírica sete entrevistas com usuários de Brasília, Manaus e Recife, que me foram disponibilizadas pela rede de pesquisadores da “Pesquisa Qualitativa para a Avaliação da Percepção e Atitudes de Parceiros Chave ‘Stakeholders’ na Implementação da Profilaxia Pré-Exposição ao HIV – PrEP no Brasil ImPREP Stakeholders”. Em diálogo com o que essas pessoas têm a nos dizer sobre o cotidiano de cuidado e atenção à saúde, aprofundo minha análise a partir do que é narrado sobre o medicamento, o SUS, o hospital, as relações com profissionais de saúde, companheiros, amigos, familiares, clientes e tantos outros elementos e sujeitos. Fatores que constituem o complexo contexto social no qual esses usuários, a Aids e a PrEP estão imersos. Os dados me revelam diversas PrEPs, que por vezes é pensada a partir do uso contínuo do remédio, em outros contextos como tecnologia de proteção durante práticas sexuais, ou até mesmo um método cheio de dificuldades programáticas ao passo que políticas de precarização do direito à saúde afetam o SUS. Os usuários narram estar numa posição de vulnerabilidade, onde o HIV está “logo ali”, socialmente próximo, ao passo de representar perigo. Neste sentido, compreendo-os na fronteira da epidemia, num estado de “quase lá”, onde uma série de elementos éticos, políticos e morais se entrelaçam, na constituição desse estado de vulnerabilidade próprio da relação de proximidade entre esses sujeitos e o HIV/Aids. É na busca por compreender esse universo latente nas entrevistas que me dedico neste trabalho. Corpos, identidades que constituem o que é ser um sujeito vulnerável ao HIV, processos de capitalização da vitalidade pela indústria farmacêutica e precariedades estruturais me levam aos contornos da prevenção ao HIV, e da Aids, no hoje, a partir da PrEP. As narrativas que analiso, conduzem-me a uma epidemia que vem, cada vez mais, deixando de estar em diálogo com a morte para requalificar modos de ser e estar no mundo de sujeitos soropositivos e soronegativos, onde o vivido é o elemento-chave de análise.-
Descrição: dc.descriptionConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).-
Descrição: dc.descriptionIn the framework of the adoption of the policy of combined prevention to HIV/AIDS in Brazil, the Pre-exposure Prophylaxis to HIV (PrEP) emerges as one of the main strategies to ensure the control of cases of infection by the AIDS virus. Based on the use of drugs that ensure the intransmissibility of the virus, administered before situations where exposure to HIV may occur, PrEP has shown, over time, to be much more than just a prophylactic alternative. It’s also a health policy that reconfigures sexual experiences and practices, mobilizes people around body care and protection, reconfigures marital relationships, and, perhaps most importantly, redefines the state's political agenda around the response to HIV/AIDS. Attending to such processes and interested in the social dynamics around this alternative of prevention, in this dissertation my goal is to reflect and do Anthropology from the experiences of users of PrEP. I use as data/empirical basis seven interviews with users from Brasilia, Manaus and Recife, which were made available to me by the network of researchers of the "Qualitative Research for the Evaluation of the Perception and Attitudes of Key Partners 'Stakeholders' in the Implementation of Pre-Exposure Prophylaxis to HIV - PrEP in Brazil ImPREP Stakeholders". In dialogue with what these people have to tell us about their daily care and attention to health, I deepen my analysis based on what is narrated about the drug, the SUS, the hospital, relationships with health professionals, companions, friends, family members, clients, and so many other elements and subjects. Factors that constitute the complex social context in which these users, AIDS, and PrEP are immersed. The data reveal to me several PrEP, which is sometimes thought of as a continuous use of the drug, in other contexts as a protection technology during sexual practices, or even as a method full of programmatic difficulties as policies of precariousness of the right to health affect the SUS. The users narrate being in a position of vulnerability, where HIV is "right there," socially close, to the point of representing danger. In this sense, I understand them at the border of the epidemic, in a state of "almost there", where a series of ethical, political and moral elements are intertwined, in the constitution of this state of vulnerability proper of the close relationship between these subjects and HIV/Aids. It is in the search to understand this universe latent in the interviews that I dedicate myself to this work. Bodies, identities that constitute what it is to be a vulnerable subject to HIV, processes of capitalization of vitality by the pharmaceutical industry and structural precariousness lead me to the contours of HIV prevention, and AIDS, today, based on PrEP. The narratives that I analyze lead me to an epidemic that has been, increasingly, no longer in dialogue with death to requalify ways of being in the world of HIV-positive and HIV-negative subjects, where the lived is the key element of analysis.-
Descrição: dc.descriptionInstituto de Ciências Sociais (ICS)-
Descrição: dc.descriptionDepartamento de Antropologia (ICS DAN)-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Antropologia Social-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectHIV/AIDS-
Palavras-chave: dc.subjectAIDS (Doença) - prevenção-
Título: dc.titleNas fronteiras da AiD$ : experiências com a PrEP em Brasília, Manaus e Recife-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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