Microbiota e o comportamento de especies arbóreas nativas em diferentes solos de cerrado

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorCaldas, Linda Styer-
Autor(es): dc.creatorCorreia, Carmen Regina Mendes de Araújo-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T16:06:01Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T16:06:01Z-
Data de envio: dc.date.issued2023-01-22-
Data de envio: dc.date.issued2023-01-22-
Data de envio: dc.date.issued2023-01-22-
Data de envio: dc.date.issued2002-08-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/45625-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/899782-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Ecologia, 2002.-
Descrição: dc.descriptionA grande variedade de fitofisionomias existente no cerrado tem sido associada a diferentes fatores. A grande extensão do bioma propicia que fatores ambientais como clima, relevo, geologia, dentre outros, variem bastante. O solo parece ter importância fundamental nesta diversidade ambiental. As suas características químicas, físicohídricas e biológicas formam um complexo de inter-relações, muitas vezes, difícil de analisar. Apesar da importância do componente biológico, pouco se sabe sobre a sua atuação nos solos de Cerrado. Em função da pouca informação disponível, ainda não se pode associar a diversidade florística do Cerrado à microbiota existente nos solos. Das populações que compõem a microbiota, as micorrizas são reconhecidamente de grande importância nos ambientes oligotróficos, ou sujeitos a qualquer tipo de restrição. Haja vista a ampla ocorrência de solos distróficos no ('errado, pode-se supor que as micorrizas têm um importante papel na composição das comunidades vegetais naturais sobre estes solos. Algumas espécies vegetais do ('errado apresentam preferências na sua ocorrência, podendo algumas serem indicadoras de solos distróficos ou eutróficos, ou mesmo com elevados teores de alumínio trocável. Sugere-se que as espécies que ocorrem sobre solos distróficos podem estar sendo favorecidas por associações micorrízicas mais eficientes do que as que ocorrem nas plantas sobre solos mais férteis. Comparou-se a porcentagem de colonização micorrízica, os morfotipos de fungos micorrízicos e características dos solos em duas comunidades vegetais da região de Cerrado. Foi amostrado um cerrado xensu stricío localizada na Fazenda Água Limpa da Universidade de Brasília e uma mata semi-decídua na região de Alto Paraíso no estado de Goiás. Os solos são de fertilidade e comportamento físico-hídrico distintos. O do cerrado é um LATOSSOLO VERMELHO AMARELO distrófico, bem drenado e profundo. O da mata é um CHERNOSSOLO HÁPLICO, portanto eutrófico, raso e com tendência a drenagem ineficiente em profundidade. Na comunidade do cerrado houve, cm média, 16,6% de colonização micorrízica nas raízes e na mata semi-decídua 8,3%. As densidades de morfotipos de fungos e de esporos também foram maiores no solo distrófico. Baseado nas características químicas, físico-hídricas dos solos e na estrutura florística da comunidade, procurou-se discutir a diferença entre estes valores. Além da maior fertilidade do solo da mala semi-decídua, sugere-se que as características físico-hídricas deste solo devem ter contribuído para a colonização menor do que a da comunidade do cerrado sensit stricto. Para testar o comportamento de espécies arbóreas de cerrado em função das características dos solos e da presença da microbiota, conduziu-se, por 180 dias, um experimento em casa de vegetação. Baseado na hipótese de que as espécies que preferem solos distróficos seriam mais responsivas às micorrizas do que as que preferem solos meso/eutróficos, foram cultivadas seis espécies de Cerrado com diferentes preferências na ocorrência. As espécies estudadas foram Callisthenc fasciculata Mart., da família Vochysiaceae e Dipteryx alata Vog., da família Leguminosae (solos meso/eutróficos). Eugenia dysenteriea D.C., da família Myrtaceae (indiferente), Pterodon pubescens Benth. e Sclerolobium paniculatum Vog ambos da família Leguminosae e Salvertia amvallariaeodora St. Hill, da família Vochysiaceae (solos distróficos). Os solos utilizados como substrato foram os dois das comunidades estudadas e mais um considerado mesotrólico para formar um gradiente de fertilidade. Apesar de possuir um teor de cálcio trocável considerado mediano, o solo mesotrólico possui, dentre os três, o maior teor de alumínio trocável. Os três apresentaram características químicas, físico-hídricas e micorrízicas distintas. O solo mesotrófico apresentou a maior densidade de esporos de fungos micorrízicos, com número muito superior aos dois outros solos. As plantas foram cultivadas nos três solos esterilizados e naturais. Com exceção de Eugenia dysenterica, todas as espécies foram prejudicadas no seu crescimento pela esterilização do solo. As respostas à presença da microbiota variaram cm função das preferências das espécies por tipo de solo. As espécies acumuladoras de alumínio Callisthenc fasciculata e Salvertia convallariaeodora produziram mais matéria seca no solo mesotrófico, sendo que esta última foi extremamente prejudicada no solo eutrófico, provavelmente devido ao teor quase nulo de alumínio trocável. Todas as espécies de plantas formaram micorrizas, com as porcentagens de colonização variando bastante. A espécie mais colonizada, em média, foi Sclerolobium paniculatum quando cultivada no solo eutrófico, seguida da de Salvertia convallariaeodora, quando cultivada no solo distrólico. As menores porcentagens de colonização foram observadas em Eugenia dysenterica. As maiores produções de matéria seca não corresponderam às maiores colonizações. Concluiu-se que um equilíbrio entre as características químicas, físicohídricas e biológicas é importante para o bom desenvolvimento de espécies arbóreas, independente das preferências de cada uma.-
Descrição: dc.descriptionA great variety of phytophysionomics that exist in the cerrado region are associated with different factors. The very extensive biome means that environmental factors such as climate, relief and geology vary considerably. The soil appears to play a fundamental role in this diverse habitat. The complex interrelationship of chemical, physical/hydrological and biological factors are difficult to analyse. Given the importance of the biological component, surprisingly little is known about it in the cerrado soils. The floristic diversity of the cerrado has not been associated with the microorganisms in these soils, based on what little has been published. Of the microorganism populations, the mycorrhizas are well known to play an important role in oligotrophic habitats, or those under stress. Given their widespread occurrence in the distrophic soils of the cerrado, it is possible that they play an important role in the composition of the natural vegetation communities on these soils. Some plant species show a preferencial distribution, either as indicators of distrophic or eutrophic soils, or of high available aluminium. It is suggested that the species that occur on distrophic soils could be favoured by more efficient mycorrhi/.al associations than those that occur on plants on more fertile soils. The percentage mycorrhizal colonisation, the mycorrhizal fungal morpholypes and the soil characteristics were compared in two vegetation communities in the cerrado region. The first community type was a cerrado sensu stricto localised at the Fazenda Água Limpa, the University of Brasilia research farm, and the second a semi-deciduous forest in the Alto Paraíso region of Goiás state. The fertility and the physical hydrological characteristics of the soils were very distinct. The cerrado soil is a LATOSSOLO VERMELHO AMARELO Distrófico, a well drained and deep soil. The forest soil is classified as a CHERNOSSOLO HÁPLICO, being eutrophic, shallow and poorly drained in depth. In the cerrado community 16.6% of the roots were colonized by mycorrhiza, and in the semi deciduous forest only 8.3%. The densities of the fungal morpholypes and spores were also greater in the poorer soil. The difference between these values is discussed in relation to the chemical, physical-hydrological caraclerislics of the soils and the floristic structure of the communities. As well as a greater fertility in the semi deciduous forest soil, the physical-hydrological characteristics must have contributed to a lower mycorrhizal colonisation than in the cerrado sensu stricto soil. A greenhouse experiment was undertaken, to test the growth of woody cerrado species in function to the soil characteristics and presence of mycroorganisms over 180 days. Based on the hypothesis that the plant species that prefer distrophic soils are more responsive to mycorrhizas than those that prefer meso/eutrophic soils, six cerrado species were cultivated from different soil types. The species studied were Callisthene faseiculata Mart. (Vochysiaceae) and Dipteryx alula Vog.(Leguminosae) both from meso/eutrophic soils, Eugenia dysenteriea D.C.(Myrtaceae) widespread, Pterodon pubescens Benth. and Sclerolobium paniculatum Vog (both in the Leguminosae family) and Salvertia convallariodora St. Hill. (Vochysiaceae) from dystrophic soils. The soils used in the experiment were from the two studied communities and also another considered mesotrophic to form a fertility gradient. While having a medium level of available calcium, the mesotrophic soil had highest level of available aluminium in the three soils. The three soils had distinct chemical, physicalhydrological characteristics and mycorrhizas. The mesotrophic soil had the highest density of mycorrhizal fungal spores, much greater than the two other soils. The plants were grown in three soils, both natural and sterilised. With the exception of Eugenia dysenteriea, the growth of all the species was less in the sterilised soil. The response to the presence of the microorganisms varied in function to the preferences each species had for each soil. The aluminium accumulating species Callisthene faseiculata and Salvertia eonvallariaeodora produced more dry matter in the mesotrophic soil, whereas the latter species grew very poorly in the eutrophie soil, probably due to almost no available aluminium in this soil. All the studied species formed mycorrhizas, although the percentage colonisation varied considerably. The species with the highest percentage was Sclerolobium paniculatum grown in the eutrophie soil, followed by Salvertia eonvallariaeodora grown in the distrophic soil. The species with the least percentage colonisation was observed in Eugenia dysenteriea. Those species with the highest colonisation did not have the greatest dry matter. It was concluded that an equilibrium between the chemical, physical-hydrological and biological characteristics is important for good development of these tree species, independam of the preference of each one.-
Descrição: dc.descriptionInstituto de Ciências Biológicas (IB)-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Ecologia-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Restrito-
Palavras-chave: dc.subjectCerrado-
Palavras-chave: dc.subjectSolos - Cerrados-
Título: dc.titleMicrobiota e o comportamento de especies arbóreas nativas em diferentes solos de cerrado-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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