Goiás na primeira pessoa do plural

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorScherre, Maria Marta Pereira-
Autor(es): dc.creatorMattos, Shirley Eliany Rocha-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T15:58:53Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T15:58:53Z-
Data de envio: dc.date.issued2013-05-10-
Data de envio: dc.date.issued2013-05-10-
Data de envio: dc.date.issued2013-05-10-
Data de envio: dc.date.issued2013-03-07-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/13064-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/896992-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2013.-
Descrição: dc.descriptionEsta pesquisa trata da primeira pessoa do plural na fala goiana. Serviu-se do instrumental teórico e da metodologia da Sociolinguistica Variacionista Laboviana, da leitura de registros históricos e de descrição etnográfica. Apresenta resultados estatísticos concernentes à alternância de uso das formas nós e a gente e à concordância verbal com cada uma delas. No total de 2412 dados de 55 pessoas com um mínimo de 10 anos de escolarização revelou-se, relativamente aos cálculos para alternância das formas, uma frequência de 77% de a gente e de 23% de nós, um perfil de uso semelhante ao que vigora no restante do país segundo pesquisas sociolinguísticas. Referentemente à não concordância verbal com as formas de 1pp, foi encontrado um percentual de 22% de singular verbal com nós e de 3% de plural verbal com a gente. A dimensão da não concordância verbal com nós na fala de pessoas com mais de 10 anos de escolarização caracteriza uma identidade linguística vinculada à matriz cultural de base rural, fortemente valorizada em Goiás. Em sua história, por um longo intervalo de tempo, os goianos mantiveram pouco intercâmbio socioeconômico com os centros dinâmicos do restante do país e seu processo de urbanização se deu mais acentuadamente somente a partir da segunda metade do século XX, em consonância com a criação de uma nova capital para o Estado, Goiânia, e uma nova capital para o país, Brasília, incrustada em seu território. Os resultados estatísticos realizados pelo programa Goldvarb X para não concordância verbal com nós apontaram a influência da variável ritmo, no sentido da esquiva ao vocábulo proparoxítono; e das variáveis sociais, faixa etária, nível de escolarização e sexo/gênero do falante, apontando os mais jovens, os falantes com até 10 anos de escolarização (Ensino Médio) e as mulheres como francos favorecedores do singular verbal com nós. Essa configuração faz supor uma mudança linguística em Goiás rumo a um aumento da não concordância com nós (change from below). Os resultados para não concordância verbal com a gente apontaram a influência das variáveis tipo de sujeito, com o tipo não expresso favorecendo o uso de {-mos}, uma eficiente estratégia de manutenção da referência; ritmo, com a tendência da conversão de um verbo oxítono em paroxítono, o padrão mais abrangente na língua; tempo verbal, com favorecimento de uso de {-mos} em casos de futuro do presente e de pretérito perfeito; sintaxe da oração, com destaque para os contextos de oração principal; e faixa etária, com os falantes mais velhos favorecendo o plural no verbo. Os resultados para a alternância de uso das formas, com o foco no a gente, apontaram tempo verbal, com o pretérito imperfeito favorecendo essa forma; ritmo, com a tendência da manutenção da paroxitonicidade; expressão do sujeito, com o tipo expresso favorecedor; faixa etária, com os mais jovens tendencialmente mais favoráveis; nível de escolarização, com o favorecimento de a gente na oralidade dos falantes com até ensino médio e sexo/gênero do falante, com as mulheres favorecedoras do a gente. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT-
Descrição: dc.descriptionThis research focuses on the use of the first person plural in the speech of speakers from the state of Goiás, Brazil. The study is supported on the theoretical assumptions and methodology (Goldvarb X) of the Variationist Sociolinguistics of a Labovian base, as well as on the historical registries and ethnographic descriptions. This paper presents statistical results on the alternation of the pronoun ‘nós’ (we) and the pronoun form ‘a gente’ (we), and the subject- verb agreement for each of them. A total number of 2412 tokens derived from the speech of 55 people with at least 10 years of formal schooling revealed that related to the alternation of both pronouns there is 77% of ‘a gente’ and 23% of ‘nós’. According to sociolinguistic studies, this configuration is similar to the ones in the rest of the country. Regarding the non subject-verb agreement, when using the first person plural forms, the results were: 22% singular verbal inflection with ‘nós’ (we), and 3% plural verbal inflection with ‘a gente’ (we). The dimension of non subject-verb agreement with ‘nós’ by the people who had more than 10 years of formal schooling characterizes a linguistic identity based on cultural country origins, which are highly praised in this State. In its history, for a long period of time, Goiás maintained a lack of social and economic exchanges with the dynamic centers throughout the country. As a matter of fact, its urbanization process had increased more emphatically during ththe second half of the 20 century while a new capital city for the State (Goiânia) and a new capital city for the country (Brasília which is located in the state’s territory) were settled. The statistical results of Goldvarb X for non subject-verb agreement with ‘nós’ (we) indicated the variable rhythm which points to the avoidance of the proparoxitone term (a word with the accent on the antepenultimate syllable); as well as the social variables, age group, schooling and gender indicating the youngest, the speakers with up to 10 years of schooling and the women as the truly supporters of the singular verb with 'nós' (non-agreement). This arrangement presumes a linguistic change in Goiás increasing the non subject-verb agreement with 'nós' (change from below). The results for non subject-verb agreement with ‘a gente’ pointed out the linguistic variables type of subject, rhythm, verb tense, and clause type, likewise the social variable, age group. Concerning the alternation of first person plural forms by the native speakers of Goiás, focusing the a gente, the following linguistic variables stand out: verb tense, rhythm, and type of subject. Furthermore, the following social variables were emphasized: age group, schooling, and gender.-
Descrição: dc.descriptionInstituto de Letras (IL)-
Descrição: dc.descriptionDepartamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Linguística-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectSociolinguística - Goiás (Estado)-
Palavras-chave: dc.subjectComportamento verbal-
Título: dc.titleGoiás na primeira pessoa do plural-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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