Educação crítica decolonial e agenciamentos : um estudo etnográfico-discursivo sobre o Programa Mulheres Inspiradoras

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorDias, Juliana de Freitas-
Autor(es): dc.contributoratauansoares@gmail.com-
Autor(es): dc.creatorQueiroz, Atauan Soares de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T15:49:35Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T15:49:35Z-
Data de envio: dc.date.issued2021-03-08-
Data de envio: dc.date.issued2021-03-08-
Data de envio: dc.date.issued2021-01-06-
Data de envio: dc.date.issued2020-10-26-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/40184-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/892969-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2020.-
Descrição: dc.descriptionNesta tese, apresento um estudo etnográfico-discursivo sobre práticas de (micro)resistência no contexto escolar, orientado pela perspectiva crítica e decolonial. Como objeto de investigação, considero uma iniciativa particular: o Programa Mulheres Inspiradoras (PMI), um programa educacional constituído por diferentes ações, com destaque para as práticas de leitura de obras literárias de autoria de mulheres e para a produção escrita autoral. As práticas pedagógicas do PMI instauram, em certa medida, práticas discursivo-identitárias que, ao promover processos reflexivos profundos, por meio do debate sobre a valorização do legado de mulheres inspiradoras, em perspectiva interseccional, da cidadania ativa e da transformação social, possibilitam agenciamentos por parte dos/as estudantes do Ensino Médio (EM). Partindo do diálogo teórico-metodológico interdisciplinar entre a Análise de Discurso Crítica, em sua vertente relacional-dialética, e o Realismo crítico, com incursões na Pedagogia crítica e nos Estudos decoloniais, proponho um olhar discursivo-crítico e explanatório sobre o ensino e a aprendizagem da leitura e da escrita como práticas formativas agenciadoras e como práticas sociais engajadas, as quais tematizam questões discursivo-identitárias, sobretudo questões de gênero, como parte de processos e mecanismos sociais e culturais mais amplos. Ao longo do trabalho, com base nas ações do PMI, problematizo a ordem do discurso pedagógico colonial e teço reflexões sobre as potencialidades agenciadoras de uma educação crítica decolonial que contesta o sexismo e o racismo epistêmicos que estruturam saberes, currículo, políticas, práticas pedagógicas e habitus institucional das escolas ocidentalizadas. O objetivo geral foi analisar, compreender e problematizar as representações e identificações construídas discursivamente por estudantes sobre o debate sociopedagógico acerca das relações de gênero no interior da escola. A geração dos dados etnográfico-discursivos ocorreu no período de maio a dezembro do ano de 2017, em uma escola participante do Programa de Ampliação do Projeto Mulheres Inspiradoras (PAPMI), o Centro Educacional 07 de Taguatinga (CED 07), com duas docentes de Língua Portuguesa (LP) e suas respectivas turmas de EM (uma turma do segundo ano e uma turma do terceiro ano). Os dados foram gerados por meio de uma abordagem multimetodológica constituída de observações de aula, notas de campo, rodas de conversa e pesquisa documental (trinta textos autorais constantes em um diário de bordo produzido pelos/as estudantes da turma do terceiro ano). Baseando-se nas análises discursivas críticas textualmente orientadas, o estudo aponta, dentre outros achados, que (i) as práticas discursivo-identitárias do PMI ativam propriedades e poderes causais de textos e de conversações internas que concorrem para a emergência e intensificação de agenciamentos epistêmicos, políticos e identitários, intrinsecamente relacionados a processos reflexivos de decolonização de (a) saberes, pois descondicionam, desnaturalizam e desessencializam o olhar acostumado a ler conforme regimes de verdade hegemônicos; (b) poderes, uma vez que estimulam a agência engajada e a construção de comunidades de aprendizado para a convivência cidadã; (c) formas de subjetivação, porque possibilitam a reelaboração biográfica metarreflexiva e o autorreconhecimento; e (ii) as experiências formativas no PMI acionam deliberações reflexivas que colaboram para a desconstrução de discursos essencialistas de gênero, apregoadores de masculinidades e feminilidades sexistas e simplificadas, e para a construção discursiva de identificações de gênero mais plurais e inclusivas.-
Descrição: dc.descriptionIn this thesis, I present an ethnographic-discursive study on the practices of (micro) resistance in the school context, and it is guided by the critical and decolonial perspective. As a research object, I consider a private initiative: the Program of Inspiring Women – PIM (“Programa Mulheres Inspiradoras”), an educational program that is made of different actions, with highlight to the practices of the reading of literary works that had been written by women, and to the production of authorial pieces of writing. PIM’s teaching practices establish, to some extent, discursive- identity practices which, when promoting deep reflexive processes through the debate on the valuation of the legacy of inspiring women, under the intersectional perspective, of active citizenship and social transformation, make it possible the agencying on the part of High School students. From the interdisciplinary theoretical-methodological dialogue between the Critical Discourse Analysis - in its dialectical-relational strand, and the critical Realism – with incursions in the critical Pedagogy and in the decolonial studies, I propose a critical-discursive and explanatory view on the teaching and learning of reading and writing as managing formative practices, and, as engaged social practices, which theme identity-discursive matters, especially gender issues, as part of broader social and cultural processes. Throughout this work, based on the actions taken by PIM, I problematize the order of the colonial pedagogical discourse, and I reflect on the managing potentialities of a decolonial critical education, which contests the epistemic sexism and racism that structure knowledges, curriculum, policies, pedagogical practices and the institutional habitus of the westernized schools. The general objective was to analyze, understand and problematize the representations that had been discursively built by students, on the socio-pedagogical debate about the gender issues in the school. The generation of ethnographic-discursive data happened in the period from May to December/ 2017, in a school that is a participant in the Program of Expansion of the Project of Inspiring Women (PAPMI, in Portuguese), in the school named Centro Educacional 07 de Taguatinga (CED 07), with two Portuguese teachers and their respective groups of High School (one from the second year and the other one from the third one). Data was generated through a multimethodological approach, which was made of class observations, field notes, dialogue circles and documental research (thirty authorial texts from a logbook that had been produced by the students from the third year of high school). Based on critical discursive analyses that are textually guided, the study shows, among other evidences that (i) the identity-discursive practices of PIM activate properties and causal powers of internal conversations and texts that contribute for the emergence and intensification of epistemic, political, and identity agencying, which are intrinsically related to reflexive processes of decolonization of (a) knowledges, as they decondition, denaturalize and de-essentialize the look used to reading according to hegemonic truth regimes; (b) powers, once they encourage the engaged agency and the construction of learning communities for citizen conviviality; and (c) forms of subjectivity, because they enable meta-reflective biographical re-elaboration and self-recognition; and (ii) the formative experiences at PIM trigger reflexive deliberations that collaborate for the deconstruction of existentialist discourses of gender, preachers of sexist and simplified masculinities and femininities, and for the discursive construction of more plural and inclusive identifications of gender.-
Descrição: dc.descriptionInstituto de Letras (IL)-
Descrição: dc.descriptionDepartamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Linguística-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectMulheres na literatura-
Palavras-chave: dc.subjectAnálise de discurso crítica-
Palavras-chave: dc.subjectPráticas pedagógicas-
Palavras-chave: dc.subjectEscrita autoral-
Palavras-chave: dc.subjectDiscurso e identidade-
Título: dc.titleEducação crítica decolonial e agenciamentos : um estudo etnográfico-discursivo sobre o Programa Mulheres Inspiradoras-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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