"Se ser peão é ser escravo, então a gente é escravo até hoje" : uma etnografia sobre os Almeidas de Goiás

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorSilva, Cristhian Teófilo da-
Autor(es): dc.creatorSantos, Ivanise Rodrigues dos-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T15:43:19Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T15:43:19Z-
Data de envio: dc.date.issued2011-04-01-
Data de envio: dc.date.issued2011-04-01-
Data de envio: dc.date.issued2011-04-01-
Data de envio: dc.date.issued2010-08-06-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/7246-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/890231-
Descrição: dc.descriptionDisertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Centro de Estudos Comparados sobre as Américas, 2010.-
Descrição: dc.descriptionNa região onde se encontram os Almeidas, a dinâmica das identidades acompanha as modificações relacionadas às diversas formas de apropriação territorial, as quais interferem nos significados de pertencimento à comunidade. A família Almeida Barbosa é composta majoritariamente por sitiantes que no passado se apossaram das terras do Engenho São Sebastião, dando origem à Fazenda São Sebastião. Com a chegada de migrantes vindos da Bahia e Minas Gerais no início do século XX, os Almeida Barbosa legitimaram sua ocupação do território, já que face aos chegantes lançaram mão de uma relação imemorial quanto àquele lugar. Os novos posseiros, por sua vez, se estabeleceram em terras sem dono que eles denominavam como Mato Grande, mas que passou a se chamar Garganta a partir da reclamação daquele espaço por supostos proprietários de Silvânia. Estes posseiros, por sua vez, tornaram-se agregados, roceiros, peões e beira-córregos, e muitos se deslocaram em direção às terras dos Almeida Barbosa a fim de ocupar as áreas ainda disponíveis ou de se tornar meeiro de algum fazendeiro. Outras famílias permaneceram nas terras que já ocupavam uma vez que em seu entendimento tinham “direito” sobre o espaço ocupado, fato ignorado por seus patrões. A presente dissertação é uma etnografia das famílias que imprimem à Garganta e São Sebastião uma rede de significados sociais, culturais, econômicos e organizacionais historicamente construídos. A partir da implementação de um assentamento de reforma agrária a partir da venda das terras da Fazenda Garganta, as diferenças quanto à apropriação desses significados pelas famílias locais foram deflagradas. Este fato acentuou as tensões entre as famílias como também possibilitou o advento da identidade de remanescente de quilombo, o que representa, sobretudo, a possibilidade de transformação dos peões em camponeses plenos. ________________________________________________________________________________ ABSTRACT-
Descrição: dc.descriptionIn the region where the Almeidas live, the dynamics of the identities follow the changes related to the many ways of territory appropriation, which interfere in the meanings of belonging to the community. The Almeida Barbosa family is mostly composed of besiegers who in the past held the lands of Engenho São Sebastião, which originated the São Sebastião farm. Upon the arrival of immigrants coming from Bahia and Minas Gerais in the early 20th Century, the Almeida Barbosa legitimated their territory occupation, considering that the ones who arrived gave up the immemorial possession of that place. The new beholders settled in lands without owners, which they called Mato Grande, later changed to Garganta, since supposed owners of Silvania complained about that land. These owners became aggregated, farmers, planters and riverside inhabitants, many of them moving towards the Almeida Barbosa‟s lands in order to occupy the empty lands or become employees of any farmer. Other families remained in the lands that they already occupied, since that according to them they had the right of occupying that space, although it was ignored by their employers. This dissertation is ethnography of the families that give historically constructed social, cultural, economical and organizational meanings to Garganta. Since the implementation of land reform from selling the lands of Fazenda Garganta, differences related to the appropriation of these meanings by the local families were triggered. This increased the tension among the families and enabled the identity of a remaining quilombo, which represents the transformation of farm workers into real land owners.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Palavras-chave: dc.subjectEtnologia - Goiás (Estado)-
Palavras-chave: dc.subjectDireito de propriedade-
Palavras-chave: dc.subjectIdentidade social - quilombos-
Palavras-chave: dc.subjectPosse da terra-
Título: dc.title"Se ser peão é ser escravo, então a gente é escravo até hoje" : uma etnografia sobre os Almeidas de Goiás-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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