Estado brasileiro, emancipação e seguridade social : um estudo discursivo crítico de editoriais do jornal Folha de S. Paulo

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorResende, Viviane de Melo-
Autor(es): dc.contributorFreitas, Urânia Flores da Cruz-
Autor(es): dc.creatorOliveira, Cláudio Passos de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T15:29:08Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T15:29:08Z-
Data de envio: dc.date.issued2024-08-12-
Data de envio: dc.date.issued2024-08-12-
Data de envio: dc.date.issued2024-08-12-
Data de envio: dc.date.issued2023-11-23-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio2.unb.br/jspui/handle/10482/49743-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/884288-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2023.-
Descrição: dc.descriptionEsta tese apresenta resultados de pesquisa que investigou como o jornal Folha de S. Paulo representou discursivamente o papel do Estado brasileiro em seguridade social, mais especificamente nas áreas de previdência e assistência, durante a mais recente reforma do sistema. A análise foi realizada sob a perspectiva dos estudos críticos do discurso (ECD), concentrou-se nas representações elaboradas pelo jornal concernentes a relações entre Estado e emancipação no contexto da seguridade social, e utilizou como parâmetros estruturas sociais inter-relacionadas de classe, gênero e raça. Foi efetuada a articulação interdisciplinar dos ECD com abordagens sobre o sistema social, político, econômico e midiático do país. Sob o recorte histórico do período pós-promulgação da Constituição Federal de 1988, foram tematizadas: as características da esfera pública mediada brasileira; a estrutura e alterações do sistema de proteção social do país; as iniquidades tributárias, de renda, previdenciárias e assistenciais, e suas inter-relações com o sistema trabalhista; as injustiças sociais de gênero; e o racismo estrutural. Foram analisados editoriais publicados pelo jornal Folha de S. Paulo sobre seguridade social entre fevereiro e outubro/novembro de 2019, período do trâmite congressual que levou à promulgação da emenda constitucional da reforma aprovada. Na análise, foram utilizadas categorias dos ECD condizentes com o gênero discursivo dos textos investigados e de sua estrutura multimodal (verbal e visual), a saber: análise crítica de argumentação prática e de significado da composição. Os resultados evidenciaram uma representação do papel do Estado em previdência e assistência social por parte do jornal Folha de S. Paulo fortemente marcada por reducionismos, ocultamentos e exclusões de caráter antiemancipatório. Em síntese, o jornal: i) reduziu a atuação do Estado à lógica estreita da austeridade fiscal, desconsiderando relações fundamentais entre seguridade social, tributação do capital e informalidade no mercado de trabalho; ii) ocultou atores/as sociais do lado do capital que são fundamentais para a equidade e sustentabilidade do sistema de seguridade; iii) representou trabalhadores/as de forma desumanizada e passiva; iv) representou cidadãos/ãs aposentados/as e assistidos/as como fardo social; e v) excluiu do debate público sobre o papel do Estado em seguridade questões sociais basilares relativas a classe (desigualdades de renda, diferenças ocupacionais etc.), gênero (misoginia, trabalho de cuidado não reconhecido etc.) e raça (discriminação laboral, rendas inferiores etc.). Esta tese apresenta resultados de pesquisa que investigou como o jornal Folha de S. Paulo representou discursivamente o papel do Estado brasileiro em seguridade social, mais especificamente nas áreas de previdência e assistência, durante a mais recente reforma do sistema. A análise foi realizada sob a perspectiva dos estudos críticos do discurso (ECD), concentrou-se nas representações elaboradas pelo jornal concernentes a relações entre Estado e emancipação no contexto da seguridade social, e utilizou como parâmetros estruturas sociais inter-relacionadas de classe, gênero e raça. Foi efetuada a articulação interdisciplinar dos ECD com abordagens sobre o sistema social, político, econômico e midiático do país. Sob o recorte histórico do período pós-promulgação da Constituição Federal de 1988, foram tematizadas: as características da esfera pública mediada brasileira; a estrutura e alterações do sistema de proteção social do país; as iniquidades tributárias, de renda, previdenciárias e assistenciais, e suas inter-relações com o sistema trabalhista; as injustiças sociais de gênero; e o racismo estrutural. Foram analisados editoriais publicados pelo jornal Folha de S. Paulo sobre seguridade social entre fevereiro e outubro/novembro de 2019, período do trâmite congressual que levou à promulgação da emenda constitucional da reforma aprovada. Na análise, foram utilizadas categorias dos ECD condizentes com o gênero discursivo dos textos investigados e de sua estrutura multimodal (verbal e visual), a saber: análise crítica de argumentação prática e de significado da composição. Os resultados evidenciaram uma representação do papel do Estado em previdência e assistência social por parte do jornal Folha de S. Paulo fortemente marcada por reducionismos, ocultamentos e exclusões de caráter antiemancipatório. Em síntese, o jornal: i) reduziu a atuação do Estado à lógica estreita da austeridade fiscal, desconsiderando relações fundamentais entre seguridade social, tributação do capital e informalidade no mercado de trabalho; ii) ocultou atores/as sociais do lado do capital que são fundamentais para a equidade e sustentabilidade do sistema de seguridade; iii) representou trabalhadores/as de forma desumanizada e passiva; iv) representou cidadãos/ãs aposentados/as e assistidos/as como fardo social; e v) excluiu do debate público sobre o papel do Estado em seguridade questões sociais basilares relativas a classe (desigualdades de renda, diferenças ocupacionais etc.), gênero (misoginia, trabalho de cuidado não reconhecido etc.) e raça (discriminação laboral, rendas inferiores etc.).-
Descrição: dc.descriptionThis thesis presents research results of an investigation on how the newspaper Folha de S. Paulo discursively represented the role of the Brazilian state in social welfare, more specifically in the areas of social security and assistance, during the most recent reform of the system. The analysis was carried out from the perspective of critical discourse studies (CDS), focused on the representations elaborated by the newspaper concerning relations between the state and emancipation in the context of social welfare, and used as parameters interrelated social structures of class, gender and race. Interdisciplinary articulation of CDS with approaches to the country's social, political, economic and media system was carried out. Under the historical framing of the 1988 Federal Constitution's post-promulgation period: the characteristics of the Brazilian mediated public sphere; the structure and changes to the country's social protection system; inequities in tax, income, social security and assistance, and their interrelationships with the labor system; gender-based social injustices; and structural racism were discussed. Editorials published by the newspaper Folha de S. Paulo on social welfare between February and October/November 2019 – timeframe of the congressional process that led to the promulgation of the approved reform's constitutional amendment – were analyzed. In the analysis, CDS categories consistent with the discursive genre of the investigated texts and their multimodal structure (verbal and visual) were used, namely: critical analysis of practical argumentation and of the meaning of composition. The results showed a representation of the role of the state in social security and assistance by the newspaper Folha de S. Paulo strongly marked by reductionism, concealment and exclusions of an anti-emancipatory nature. In short, the newspaper: i) reduced the state's actions to the narrow logic of fiscal austerity, disregarding fundamental relationships between social welfare, capital taxation and informality in the labor market; ii) concealed social actors on the capital side who are fundamental to the equity and sustainability of the welfare system; iii) represented workers in a dehumanized and passive manner; iv) represented retired and assisted citizens as a social burden; and v) excluded from the public debate on the role of the state in welfare fundamental social issues relating to class (income inequalities, occupational differences etc.), gender (misogyny, unrecognized care work etc.) and race (employment discrimination, lower incomes etc.).-
Descrição: dc.descriptionInstituto de Letras (IL)-
Descrição: dc.descriptionDepartamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Linguística-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.unb.br, www.ibict.br, www.ndltd.org sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra supracitada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectAssistência social-
Palavras-chave: dc.subjectPrevidência social-
Palavras-chave: dc.subjectEstudos críticos do discurso-
Palavras-chave: dc.subjectJornalismo-
Título: dc.titleEstado brasileiro, emancipação e seguridade social : um estudo discursivo crítico de editoriais do jornal Folha de S. Paulo-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
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