O golpe (é) de Estado : o caso do golpe de 2019 na Bolívia

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorBin, Daniel-
Autor(es): dc.contributorluizacalvee@hotmail.com-
Autor(es): dc.creatorCosta, Luiza Calvette-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T15:25:19Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T15:25:19Z-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-14-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-14-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-14-
Data de envio: dc.date.issued2022-04-29-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/44266-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/882624-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Ciências Sociais, Departamento de Estudos Latino-Americanos, Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados Sobre as Américas, 2022.-
Descrição: dc.descriptionNo presente século, os golpes de Estado voltaram a fazer parte da estratégia das elites latino-americanas e estadunidenses, a fim de tomar o controle do aparato estatal. Em 2019, a Bolívia presenciou um golpe de Estado contra o presidente eleito Evo Morales, e apesar de este ser comumente abordado como um fenômeno externo à democracia burguesa, entende-se nesse trabalho que o golpe se constitui enquanto um mecanismo parte do Estado capitalista. Dito isso, a presente dissertação propõe demonstrar, através da análise do caso do golpe de 2019 na Bolívia, o caráter burguês do Estado no capitalismo, e compreender o golpe de Estado como um instrumento inerente à sua estrutura para garantir a burguesia no centro do poder político, que toma a forma de Estado de contrainsurgência, a fim de garantir o seu poder econômico. Para isso, utilizase das mediações teóricas de Estado capitalista ou Estado burguês – a partir da concepção marxista, de Estado de contrainsurgência e do conceito de golpe de Estado. A partir delas, construiu-se o problema que se pretende responder: é possível evidenciar o caráter burguês do Estado ao estudar quais interesses de classe motivaram o golpe boliviano de 2019? Como, por meio de um processo de Estado de contrainsurgência, o golpe devolveu o poder do Estado às frações que o controlavam? Ao longo desse trabalho, procurou-se demonstrar aspectos da luta de classes em torno do poder do Estado boliviano, bem como as distintas políticas empregadas a partir da direção desse Estado, tendo em vista a sua estrutura burguesa e as estratégias de contrainsurgência utilizadas pela classe dominante. Para isso, foi realizado, por meio de revisão bibliográfica, um breve apanhado da direção e da política empreendida pelo Estado durante o século XX para, em seguida, traçar-se a transição entre os governos neoliberais e o governo Plurinacional de Evo Morales. Partindo do referencial teórico apresentado, foi possível identificar limites da participação da classe trabalhadora boliviana no seio do Estado capitalista, assim como identificar espaços intocados da burguesia durante os governos do Movimento ao Socialismo, em um antagonismo entre a populações indígena, campesina e trabalhadora e os setores burgueses concentrados na região da media-luna, com foco no departamento de Santa Cruz. Por fim, trouxe-se o caminho construído de desestabilização do governo Morales até a consolidação do golpe em 2019, com a sua renúncia. Com isso, notou-se com certa clareza que o aparato do Estado tem como função garantir a reprodução do capital e a sua acumulação e que a própria estrutura do Estado agiu para o golpe em uma estratégia contrainsurgente de aniquilação do inimigo, respondendo aos interesses da classe dominante. Foi constatado, dessa forma, que o golpe é de Estado porque o próprio Estado o articula para garantir o seu caráter burguês e especificamente, para recuperar a reprodução ampliada do capital através do poder político, utilizando-se para tanto de todo o aparato disponível e dos elementos da superestrutura que, junto a ele, sustenta a acumulação capitalista.-
Descrição: dc.descriptionCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).-
Descrição: dc.descriptionIn the present century, coups d'état have returned to form part of the strategy of Latin American and US elites, in order to take control of the State apparatus. In 2019, Bolivia witnessed a coup d'état against the elected president Evo Morales, and although this is commonly addressed as a phenomenon external to bourgeois democracy, we understand that the coup is constituted as a mechanism part of the capitalist State. Thus, the present dissertation aims to demonstrate, through the analysis of the case of the 2019 coup in Bolivia, the bourgeois character of the State in capitalism, and to understand the coup d'état as an instrument inherent to its structure to guarantee the bourgeoisie at the center of power. political, which takes the form of a counterinsurgency state in this process, in order to guarantee its economic power. For this, it uses the theoretical mediations of the capitalist State or the bourgeois State – from the Marxist conception of the State of counterinsurgency and the concept of a coup d'état. From these, the problem that we intend to answer was constructed: is it possible to evidence the bourgeois character of the State by studying which class interests motivated the 2019 Bolivian coup? How, through a counterinsurgency state process, did the coup return state power to the fractions that controlled it? Throughout this work, we sought to demonstrate aspects of the class struggle over the power of the Bolivian State, as well as the different policies employed by the direction of this State, in view of its bourgeois structure and the counterinsurgency strategies used by the class. dominant. For this, a brief overview of the direction and policy undertaken by the State during the 20th century was carried out, through a bibliographic review, to then trace the transition between neoliberal governments and the Plurinational government of Evo Morales. Based on the theoretical framework presented, it was possible to identify limits to the participation of the Bolivian working class within the capitalist State, as well as identify untouched spaces of the bourgeoisie during the governments of the Movement to Socialism, in an antagonism between the indigenous, peasant and working populations and the bourgeois sectors concentrated in the medialuna region, with a focus on the department of Santa Cruz. Finally, the path built from the destabilization of the Morales government to the consolidation of the coup in 2019, with his resignation, was brought up. With this, it was noted with some clarity that the State apparatus has the function of guaranteeing the reproduction of capital and its accumulation and that the State structure itself acted for the coup in a counterinsurgent strategy of annihilation of the enemy, responding to the interests of the ruling class. It was found, therefore, that the coup is d'état because the State itself articulates it to guarantee its bourgeois character and specifically, to recover the expanded reproduction of capital through political power, making use of all its available apparatus and the elements of the superstructure that, together with it, sustains capitalist accumulation.-
Descrição: dc.descriptionEn el presente siglo, los golpes de Estado han vuelto a formar parte de la estrategia de las élites latinoamericanas y estadounidenses, para tomar el control del aparato estatal. En 2019, Bolivia fue testigo de un golpe de Estado contra el presidente electo Evo Morales, y a pesar de ser comúnmente abordado como un fenómeno externo a la democracia burguesa, se entiende en este trabajo que el golpe se constituye como un mecanismo parte del Estado capitalista. Dicho esto, la presente disertación se propone demostrar, a través del análisis del caso del golpe de Estado de 2019 en Bolivia, el carácter burgués del Estado en el capitalismo, y comprender el golpe de Estado como un instrumento inherente a su estructura para garantizar la burguesía en el centro del poder político, que toma la forma de un Estado de contrainsurgencia, con el fin de garantizar su poder económico. Para ello, utiliza las mediaciones teóricas del Estado capitalista o Estado burgués – desde la concepción marxista, el Estado de contrainsurgencia y el concepto de golpe de Estado. Tales mediaciones conducen a la construcción del problema que se pretende responder: ¿es posible resaltar el carácter burgués del Estado al estudiar qué intereses de clase motivaron el golpe de estado boliviano de 2019? ¿Cómo, a través de un proceso Estado de contrainsurgencia, el golpe devolvió el poder del Estado a las fracciones que lo controlaban? A lo largo de este trabajo se buscó evidenciar aspectos de la lucha de clases por el poder del Estado boliviano, así como las diferentes políticas empleadas por la dirección de este Estado, dada su estructura burguesa y las estrategias de contrainsurgencia empleadas por la clase dominante. Para ello, se realizó, a través de revisión bibliográfica, un breve recorrido por la dirección y política emprendida por el Estado durante el siglo XX, para luego rastrear la transición entre los gobiernos neoliberales y el gobierno Plurinacional de Evo Morales. A partir del marco teórico presentado, fue posible identificar límites a la participación de la clase obrera boliviana dentro del Estado capitalista, así como identificar espacios vírgenes de la burguesía durante los gobiernos del Movimiento al Socialismo, en un antagonismo entre la población indígena, campesina y trabajadora y los sectores burgueses concentrados en la región de la media luna, con foco en el departamento de Santa Cruz. Finalmente, se planteó el camino construido desde la desestabilización del gobierno de Morales hasta la consolidación del golpe de Estado en 2019, con su renuncia. Con ello, se notó con cierta claridad que el aparato estatal tiene la función de garantizar la reproducción del capital y su acumulación y que la propia estructura estatal actuó para el golpe en una estrategia contrainsurgente de aniquilamiento del enemigo, respondiendo a los intereses de la clase dominante. Se encontró, de esta manera, que el golpe es un golpe de estado porque el propio Estado lo articula para garantizar su carácter burgués y específicamente, para recuperar la reproducción ampliada del capital a través del poder político, utilizándose de todo aparato disponible y de los elementos de la superestructura que, junto con ella, sustenta la acumulación capitalista.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
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Palavras-chave: dc.subjectGolpes de Estado-
Palavras-chave: dc.subjectEstado de Contrainsurgência-
Palavras-chave: dc.subjectGolpe de 2019-
Palavras-chave: dc.subjectBolívia-
Título: dc.titleO golpe (é) de Estado : o caso do golpe de 2019 na Bolívia-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
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