A sintaxe da negação em configuração imperativa no português brasileiro

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorSalles, Heloísa Maria Moreira Lima de Almeida-
Autor(es): dc.creatorFerreira Júnior, Moacir Natércio-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-10-23T15:12:31Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-10-23T15:12:31Z-
Data de envio: dc.date.issued2012-03-07-
Data de envio: dc.date.issued2012-03-07-
Data de envio: dc.date.issued2012-03-07-
Data de envio: dc.date.issued2011-07-06-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/10054-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/877244-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2011.-
Descrição: dc.descriptionEste trabalho investiga diferenças entre o português brasileiro (PB) e o português europeu (PE) quanto à formação do modo imperativo. A tradição gramatical classifica o PE como língua de imperativo verdadeiro, por possuir morfologia própria ao modo imperativo, apresentando particularidades sintáticas na presença dessa forma verbal. Uma dessas particularidades diz respeito à impossibilidade de se realizar a negação pré-verbal (Neg-V), sendo utilizada nesse caso a forma 'supletiva', advinda do subjuntivo (Entra!/ Entre!; *Não entra!/ Não entre!). De acordo com Rivero (1994), essa restrição ocorre devido ao fato de a negação, como núcleo de uma categoria (NEG), impedir o movimento do verbo no imperativo (verdadeiro) para verificar o traço formal na categoria C, responsável por marcar a força ilocionária (imperativa). Ao contrário das sentenças com a forma verdadeira do imperativo, a forma supletiva, sendo marcada morfologicamente para o traço irrealis, não sofre movimento para C, o que explica a possibilidade de a frase ser negada. Pretende-se analisar a sintaxe das orações imperativas no português brasileiro (PB), tendo em vista as características observadas em relação à negação, uma vez que o PB não apresenta restrições quanto à realização das formas do imperativo, as quais ocorrem em configurações com a negação pré-verbal (Neg-V), e também com a dupla negação e com a negação pós-verbal (Neg-V-Neg; V-Neg). A sintaxe das orações imperativas no português brasileiro (PB) será examinada, tendo em vista as características da negação, uma vez que ambas as formas do imperativo podem ser negadas no PB, sendo a negação encontrada em configurações com a negação pré-verbal (Neg-V), e também com a dupla negação e com a negação pós-verbal (Neg-V-Neg; V-Neg). A hipótese a ser testada é a de que o modo imperativo no PB, sendo realizado por formas do indicativo e do subjuntivo, faz uso de um paradigma supletivo, como proposto em Scherre et al (2007). Dessa forma, nas sentenças imperativas no PB não haveria movimento de V para C (via I). Sem a realização do movimento para C, explica-se a ocorrência das variantes associadas ao subjuntivo e ao indicativo com a negação, diferentemente do que ocorre com as sentenças com imperativo verdadeiro em contexto de negação no PE (e em outras línguas românicas). Assumindo-se que o desenvolvimento do paradigma supletivo associado ao indicativo (em variação com o as formas associadas ao subjuntivo) relaciona-se à reanálise do sistema pronominal e ao sincretismo morfológico decorrente dessa reanálise, propõe-se que as formas variantes ocorrem em uma configuração marcada para o traço optativo (característico da subordinação), a qual se manifesta em virtude da neutralização da oposição indicativo vs subjuntivo no PB. Nesse contexto sintático, ambas as formas variantes do imperativo são encontradas independentemente da polaridade da sentença. Propõe-se finalmente que tal propriedade interage com as formas inovadoras da negação no PB, a saber, a dupla negação e a negação pós-verbal, que parecem ser favorecidas no contexto ilocucionário do imperativo. Nesse sentido, a codificação do imperativo no PB não obedece aos mesmos padrões de classificação encontrados em Rivero (1994) como o português europeu, o que gera o interesse no estudo revisão da classificação do modo imperativo no PB. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT-
Descrição: dc.descriptionThis paper investigates the distinction between Brazilian Portuguese (BP) and European Portuguese (EP) with respect to the grammatical encoding of the imperative. The grammatical tradition classifies EP as a language of the true imperative type, because it employs a specific morphology for the imperative mode, showing syntactic particularities in the presence of this verbal form. One of these particularities is related to the impossibility to perform the pre-verbal negation with the true imperative form (Neg-V), the 'suppletive‟ form associated with the subjunctive being used instead (Entra!/ Entre; *Não entra!/ Não entre!). According to Rivero (1994), this restriction is due to the fact that the negation marker, as the head of a negation projection (Neg), blocks movement of the true imperative verbal form to the C category, which is the category responsible for checking the illocutionary force of the clause. Unlike sentences with the true form, the suppletive form, being morphologically marked for irrealis modality, does not undergo movement to C, hence negation is allowed. In this case, the verb moves only to the category I. The syntax of imperative clauses in BP will be examined in relation to the syntax of negation, given that both imperative forms can be negated in BP, which can be found not only in the configuration with the pre-verbal negation (Neg-V), but also with the double negation (Neg-V-Neg), and with the post-verbal negation (V-Neg). The hypothesis to be tested is that the imperative mood in PB being encoded by verbal forms associated with indicative and the subjunctive, is realized by a suppletive paradigm, as proposed in Scherre et al. (2007). Thus, in imperative sentences in BP movement from V to C (through I) is not found. In the absence of V movement to C, the occurrence of the (variable) forms of the suppletive paradigm with negative marker is possible, unlike what is found with the forms of the true imperative in PE. Assuming that the development of the suppletive paradigm associated to the indicative (which varies with the suppletive forms associated to the subjunctive) relates to the reanalysis of the pronominal system and to the morphological syncretism in the verbal paradigm (which is determined by this reanalysis), it is proposed that the verbal forms of the imperative occur in a CP configuration that is marked by the optative feature (a subordinating feature), which manifests itself in virtue of the neutralization between the indicative and the subjunctive, found in PB. In this context, both forms of the imperative are found, regardless of the polarity of the sentence. It is then proposed that this property interacts with the innovative forms of negation in PB, namely the double negation and the post-verbal negation, which seem to be likely to occur in the imperative illocutionary context.-
Descrição: dc.descriptionInstituto de Letras (IL)-
Descrição: dc.descriptionDepartamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas (IL LIP)-
Descrição: dc.descriptionPrograma de Pós-Graduação em Linguística-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Palavras-chave: dc.subjectSociolingüística-
Palavras-chave: dc.subjectLíngua portuguesa - variação-
Palavras-chave: dc.subjectLíngua portuguesa - português falado-
Palavras-chave: dc.subjectLíngua portuguesa - sintaxe-
Título: dc.titleA sintaxe da negação em configuração imperativa no português brasileiro-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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