O livro-jogo no ensino de História

Abstract

Esta pesquisa versa sobre a utilização de livros-jogos no ensino de História, como um meio para despertar a curiosidade e a imaginação nos estudantes, bem como, motivá-los a ampliar seus entendimentos sobre o passado e o presente sob uma fundamentação na ciência histórica. Partindo das dificuldades encontradas na sala de aula, tanto com relação à legitimidade do discurso historiográfico, quanto da desmotivação dos estudantes frente a um modelo antiquado de ensino, a dissertação apresenta caminhos e resultados de um processo de pesquisa e prática docente transdisciplinares, entre História e Artes, em busca de alternativas para a educação. Debate questões que envolvem a objetividade histórica, a prática dos historiadores e os desafios no ensino de História em tempos de pós-verdade; aproxima-se da História Pública, em função da defesa de uma História que possa legitimar-se em contato com o público, geral ou escolar; investiga possibilidades para uma educação mais próxima do universo dos jovens, por meio da análise de práticas que envolvem jogos e livros-jogos na educação; e reflete sobre o papel da imaginação nos processos de construção do conhecimento histórico. Nesse sentido, elabora-se um material didático em que os estudantes são protagonistas de seu processo do conhecimento, demonstrando como o livro-jogo é capaz de suscitar um intenso uso da imaginação, propiciando momentos de aprendizagem repletos de dúvidas, questionamentos, reflexões, hipóteses, deduções e diálogos entre estudantes e professores. Assim, por intermédio de uma metodologia qualitativa, os resultados revelam que os livros-jogos são ferramentas poderosas para conectar estudantes e os conteúdos históricos de maneira significativa, promovendo uma percepção empática e crítica sobre o passado. Portanto, a aplicação de “Workers” e a oficina de livros-jogos exemplificam e demonstram como é possível estimular o protagonismo dos estudantes em prol de um caminho para a transformação do ensino.