Ensino de história, violência e racismo: o uso do slam poetry como estratégia em sala de aula

Abstract

O uso do SlamPoetry como estratégia em sala de aula, surgiu a partir da minha inquietação como professora de História efetiva da rede pública no Estado de Mato Grosso, lotada em escolas de perímetro urbano e periférica da cidade de Várzea Grande, onde presencio com muita frequência atos de violência no espaço escolar. Partindo dessa situação, é possível questionar: Como debater a prática da violência no espaço escolar? Como incluir nas aulas de História temáticas de conscientização de um ensino democrático e humano? De que forma os professores de História podem utilizar o Slam Poetry como estratégia para trabalhar a questão da violência e racismo no ensino de História? É no ambiente escolar que assuntos relevantes para a sociedade são debatidos e pensados coletivamente como professora e por muitas vezes mediadora de conflitos, penso que inserir a prática do Slam Poetry em aulas de história, seja um instrumento de ensino que possibilite aos estudantes contestarem toda forma de violência que eles presenciam e sofrem, ao mesmo tempo que se sintam estimula-dos a fazerem denúncias e pensarem coletivamente em possibilidades de mobilizarem ações de enfrentamento e resistência as mais diversas formas de violência e repressão que ferem sua humanidade. Nesse sentido o objetivo dessa dissertação é fazer uma reflexão sobre as possibilidades do Ensino de História levantar e debater questões pertinentes às práticas e discursos racistas que se traduzem em atos de violência na sociedade e como essas práticas refletem no espaço escolar, buscando inserir por meio de projeto pedagógico de intervenção e multidisciplinar as batalhas de poesia, conhecidas comoslams, na qual os estudantes sejam protagonistas e agentes de transformação no meio em que vivem e atuam., que o espaço escolar seja o palco de reflexões e debates diante do desafio da mudança de valores, de ló-gicas e representações sobre o outro, principalmente daqueles que se sentem violados de seus direitos e que fazem parte de grupos historicamente excluídos e oprimidos da sociedade.