A horda heterogênea: crime e criminalização de "comunidades volantes" na formação da nação, Bahia / (1822-1853)

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorMattos, Marcelo Badaró-
Autor(es): dc.contributorGomes, Flávio dos Santos-
Autor(es): dc.contributorAladrén, Gabriel-
Autor(es): dc.contributorTerra, Paulo Cruz-
Autor(es): dc.contributorMata, Iacy Maia-
Autor(es): dc.creatorSantos, Igor Gomes-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-07-11T18:35:11Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-07-11T18:35:11Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-05-18-
Data de envio: dc.date.issued2020-05-18-
Data de envio: dc.date.issued2017-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/13790-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/773401-
Descrição: dc.descriptionA tese central deste estudo defende que, no contexto das lutas do processo de constituição do Estado nacional no Brasil, sujeitos pobres, de várias raças e cores, atuaram nas brechas da desorganização política, administrativa e militar para realizar pequenas e grandes ações armadas fora da lei que dificultaram os planos de ordem do Império Brasileiro. Essas ações armadas se deram através de atos individuais ou através de “comunidades volantes” que atacavam a propriedade, os mercados e a segurança individualdos “homens de bens”. Destacamos no texto a heterogeneidade das ações; das pretensões políticas implícitas ou explícitas; bem como das mobilidades territoriais para que essa hidra, formada de muitas comunidades e indivíduos dispersos, fosse composta. Essa“horda heterogênea” possuía pouca consciência das implicações de sua atuação frente a um sistema político em formação, mas mesmo assim produziu uma miríade de “deslocamentos de autoridades”, que confrontou senhores e Estado. Suas ações visavam à sobrevivência material imediata. Negociavam os frutos de suas atividades e de seus serviços com homens poderosos, mas também podiam alterar a correlação de forças em favor dos grupos sociais subalternos quando se envolviam ou aproveitavam das desordens ocasionadas nos rastros de algumas lutas entre classes senhoriais e Estado contra escravos, índios, lavradores pobres e trabalhadores diversos. Contraditoriamente, suas ações podiam deixar a vida desses mesmos grupos subalternos mais difíceis, pois atraíam para os pequenos povoados, através do recrutamento e do encarceramento generalizado, uma “repressão preventiva” contra os modos de vida de homens pobres, taxados de vadios, vagabundos e ociosos. Em aliança com a população criminalizada, lutaram contra o recrutamento e fizeram das cadeias cenário para um contrateatro do poder, atacando-as frequentemente a fim de libertar seus parceiros e vexar simbolicamente algumas autoridades. No entanto, tinham consciência de que, em meio às crises de reacomodação no interior do Estado pelas classes senhoriais, a sua mão de obra era importante para viabilizar as pretensões de poder que localmente ainda dependiam muito da capacidade desses homens poderosos de provar seus potenciais de vencer eleições e garantir a ordem. Do mesmo modo,o desafiante ao poder deveria demonstrar mais força que seu inimigo para se mostrar apto ao apoio do poder central para conquistar postos de comando e de distribuição de cargos que teciam a malha do Estado em vias de centralização. As disputas, eleitoraise outras, se mostraram momentos propícios para os bandidos negociarem uma pauta invisível e muda que envolvia butins, liberdade territorial, o não aprisionamento de seus parceiros, a proteção por autoridades, entre outras demandas. Eles complementavam as forças públicas nas disputas contra os “facciosos”, que, por sua vez, tinham em seus exércitos grande proporção de foragidos da justiça-
Descrição: dc.descriptionThis study argues that, in the context of the struggles for the constitution of the Brazillian national state, poor people of various races and colors acted in the breaches of political, administrative and military disorganization to carry on big and small outlaw armed actions, which made difficult the plans of the Brazilian Empire to maintain the order. Those armed actions were both individual and collective and attacked private property, markets and the personal safety of the “good citizens.” We highlight the heterogeneity of these actions; the implicit and explicit political intentions; as well as the spatial dynamics that contributed to the making of this hydra, composed by many communities and dispersed individuals. This “heterogeneous horde” lacked the consciousness of the implications of their actions to a political system still in construction. Despite that, they were able to cause some “authorities displacements,” which confronted the landlords and the State. Their actions aimed at immediate material survival. They negotiated the products of their activities and services with powerful men but also altered the balance of power for subaltern groups when got involved in or took advantage of the disorders caused by the struggle between the seigneurial classes and the State against slaves, Indians, poor farmers and different kinds of workers. On the other hand, these actions could make life even harder for the same subaltern groups, as they attracted to small villages, through military recruitment and massive incarceration, a sort of “preventive repression” against the poor people’s way of life, seen as vagabonds, and idlers. In alliance with the criminalized population, they fought the recruitment and made the prisons a stage for their counteract, attacking them to free partners and symbolically embarrass some authorities. However, they were aware that, in the midst of the crisis caused by the seigneurial classes and their political rearrangements inside the State, their workforce was essential to make real the intentions of the powerful men in gaining more power, for it was necessary to prove their ability to win elections and keep order. For the ones seeking to replace these powerful men, it was necessary a huge display of power for presenting himself as worthy of central authority’s support to gain the command posts and the jobs distribution that were part of this State in its path to centralization. These disputes, electoral and other, were strategic moments for the bandits to negotiate a silent agenda which involved plunder, territorial liberty, guarantees as not to be imprisoned, protection by authorities, among others. They were complementary to the public forces in the disputes against the “factious,” which had in their armies a high number of justice fugitives-
Descrição: dc.description345 f.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Publicador: dc.publisherNiterói-
Direitos: dc.rightsopenAccess-
Direitos: dc.rightsopenAccess-
Direitos: dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectBanditismo-
Palavras-chave: dc.subjectLutas sociais-
Palavras-chave: dc.subjectConflito social-
Palavras-chave: dc.subjectPolítica-
Palavras-chave: dc.subjectEstado-
Palavras-chave: dc.subjectSéculo XIX-
Palavras-chave: dc.subjectBanditry-
Palavras-chave: dc.subjectSocial struggles-
Palavras-chave: dc.subjectState-
Título: dc.titleA horda heterogênea: crime e criminalização de "comunidades volantes" na formação da nação, Bahia / (1822-1853)-
Tipo de arquivo: dc.typeTese-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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