Segregação multiescalar urbana: investigando padrões de autossimilaridade nas estruturas socioespaciais brasileiras

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Autor(es): dc.contributorNetto, Vinicius M.-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/2748650150166971-
Autor(es): dc.contributorBarros, Joana-
Autor(es): dc.contributorFeitosa, Flávia-
Autor(es): dc.contributorAraujo, Eloisa Carvalho-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/3744654154816154-
Autor(es): dc.contributorSaboya, Renato-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/8659951246711020-
Autor(es): dc.contributorMarques, Eduardo-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/7430030311775522-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/3714342949278018-
Autor(es): dc.creatorCarvalho, Camila Lima e Silva de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-07-11T18:22:00Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-07-11T18:22:00Z-
Data de envio: dc.date.issued2023-05-03-
Data de envio: dc.date.issued2023-05-03-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/28671-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/769127-
Descrição: dc.descriptionA segregação residencial parece ser um fenômeno inerente às cidades brasileiras, presente não só na escala da cidade, mas em diferentes escalas urbanas — de regiões metropolitanas a bairros e ruas. Apesar do grande número de trabalhos sobre segregação ao longo de uma tradição de mais de cem anos de pesquisa, a natureza multiescalar da segregação ainda é pouco explorada na literatura. Esta tese investiga a segregação como uma característica estrutural dos espaços urbanos brasileiros, presente em escalas distintas, mesmo em áreas aparentemente homogêneas. A tese problematiza a definição de segregação residencial através do conceito de escala nos estudos urbanos a fim de investigar a hipótese de que a segregação residencial apresenta um padrão espacial autossimilar em diferentes escalas urbanas. Em outras palavras, a “hipótese da segregação multiescalar urbana”, aqui formulada, postula que o padrão espacial da segregacão residencial nas cidades brasileiras é replicado através das escalas. Esta hipótese é explorada através da identificação de padrões de segregação intra-urbanos em regiões metropolitanas, municípios, bairros e favelas em uma série de estudos complementares. O primeiro estudo investiga a estrutura socioespacial nas duas maiores regiões metropolitanas brasileiras (RMs), São Paulo e Rio de Janeiro, com base em grupos populacionais de renda. A análise é feita por meio de técnicas estatísticas e de análise espacial (densidades de Kernel), buscando compreender o padrão de localização dos habitantes mais pobres e mais ricos. O segundo estudo verifica a hipótese da autossimilaridade da segregação residencial. A segregação residencial é mensurada através de diferentes medidas de segregação (índices de Moran, Dissimilaridade e Informação) e sob diferentes unidades espaciais e extensões, da RM à escala intraurbana dos bairros do Rio de Janeiro e São Paulo. Por meio de técnicas estatísticas de correlação e regressão, o estudo identifica uma relação linear entre escala e segregação: quanto maior a área urbana (medida por tamanho da população e área), maior o nível de segregação global. O terceiro estudo explora as características de espaços segregados em diferentes escalas através da análise da presença de fatores de vulnerabilidade ambiental e distribuição desigual de equipamentos e acesso a serviços públicos. Essa análise compara os grupos segregados de alta e baixa renda definidos pelo Indicador Local de Associação Espacial (LISA) no Rio de Janeiro e São Paulo. O estudo final investiga a segregação na escala local das favelas, que são frequentemente consideradas socialmente e espacialmente homogêneas. Ao centrar a análise na escala das favelas enquanto áreas conhecidas como espaços de pobreza, a tese busca verificar a existência de padrões de segregação residencial similares àqueles encontrados na escala da cidade. A fim de obter uma amostra considerável de aglomerados subnormais, o estudo mensura a segregação em favelas em nove cidades brasileiras utilizando o índice de Moran global e local (LISA). O conjunto de achados empíricos produzidos por essas abordagens sucessivas sugere que a segregação residencial apresenta uma característica de autossimilaridade capaz de permear até mesmo áreas que parecem socialmente homogêneas, configurando-se como um fenômeno estrutural, presente em diferentes lugares e escalas simultaneamente.-
Descrição: dc.descriptionResidential segregation seems to be an inherent phenomenon in Brazilian cities, present not only at the city scale, but at different urban scales — from metropolitan regions to neighborhoods and streets. Despite the large number of works on segregation over a tradition of more than one hundred years of research, the multi-scale nature of segregation is still little explored in the literature. This thesis investigates segregation as a structural feature of Brazilian urban spaces, present at different scales, even in apparently homogeneous areas. The thesis problematizes the definition of residential segregation through the concept of scale in urban studies in order to investigate the hypothesis that residential segregation presents a self-similar spatial pattern at different urban scales. In other words, the “hypothesis of urban multiscale segregation”, formulated here, postulates that the spatial pattern of residential segregation in Brazilian cities is replicated across scales. This hypothesis is explored through the identification of intra-urban segregation patterns in metropolitan regions, municipalities, neighborhoods and slums in a series of complementary studies. The first study investigates the socio-spatial structure in the two largest Brazilian metropolitan areas (MAs), São Paulo and Rio de Janeiro, based on population income groups. The analysis is performed using statistical techniques and spatial analysis (kernel density), seeking to understand the pattern of location of the poorest and richest inhabitants. The second study verifies the hypothesis of self-similarity of residential segregation. Residential segregation is measured through different segregation measures (Moran, Dissimilarity and Information indices) and under different spatial units and extensions, from the MR to the intra-urban scale of the neighborhoods of Rio de Janeiro and São Paulo. Using statistical correlation and regression techniques, the study identifies a linear relationship between scale and segregation: the larger the urban area (measured by population size and area), the greater the level of overall segregation. The third study explores the characteristics of segregated spaces at different scales through the analysis of the presence of environmental vulnerability factors and unequal distribution of equipment and access to public services. This analysis compares the segregated high- and low-income groups defined by the Local Spatial Association Indicator (LISA) in Rio de Janeiro and São Paulo. The final study investigates the segregation at the local scale of favelas, which are often considered socially and spatially homogeneous. By focusing the analysis on the scale of favelas as areas known as spaces of poverty, the thesis seeks to verify the existence of patterns of residential segregation similar to those found on the scale of the city. In order to obtain a sizeable sample of subnormal agglomerations, the study measures slum segregation in nine Brazilian cities using the global and local Moran index (LISA). The set of empirical findings produced by these successive approaches suggests that residential segregation presents a characteristic of self-similarity capable of permeating even areas that seem socially homogeneous, configuring itself as a structural phenomenon, present in different places and scales simultaneously.-
Descrição: dc.description232 p.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectSegregação residencial-
Palavras-chave: dc.subjectFavela-
Palavras-chave: dc.subjectMicro-segragação-
Palavras-chave: dc.subjectAutossimilaridade-
Palavras-chave: dc.subjectEscala-
Palavras-chave: dc.subjectSão Paulo (SP)-
Palavras-chave: dc.subjectRio de Janeiro (RJ)-
Palavras-chave: dc.subjectEspaço urbano-
Palavras-chave: dc.subjectResidential segregation-
Palavras-chave: dc.subjectScale-
Palavras-chave: dc.subjectSelf-similarity-
Palavras-chave: dc.subjectMicro-segregation-
Palavras-chave: dc.subjectFavela-
Título: dc.titleSegregação multiescalar urbana: investigando padrões de autossimilaridade nas estruturas socioespaciais brasileiras-
Tipo de arquivo: dc.typeTese-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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