O funcionamento discursivo do silêncio e da negação nos depoimentos do Coronel Ustra e do delegado Calandra à Comissão Nacional da Verdade

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorMariani, Bethania Sampaio Corrêa-
Autor(es): dc.contributorIndursky, Freda-
Autor(es): dc.contributorSilva, Silmara Dela-
Autor(es): dc.contributorMedeiros, Vanise-
Autor(es): dc.contributorDaltoé, Andréia da Silva-
Autor(es): dc.creatorCasimiro, Sarah Moreira-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-07-11T18:17:33Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-07-11T18:17:33Z-
Data de envio: dc.date.issued2018-08-17-
Data de envio: dc.date.issued2018-08-17-
Data de envio: dc.date.issued2018-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/7189-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/767608-
Descrição: dc.descriptionA presente pesquisa de Mestrado se inscreve na perspectiva teórica da Análise do Discurso de base materialista, proposta por Pêcheux (1969; 1975). Sob o embasamento teórico- metodológico da Análise do Discurso, buscamos analisar discursivamente duas audiências públicas promovidas pela Comissão Nacional da Verdade: a audiência com o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra e a audiência com o delegado Aparecido Laertes Calandra, mais conhecido pelo codinome de Capitão Ubirajara. Na tentativa de compreendermos como se dá discursivamente o funcionamento do silêncio e da negação nesses depoimentos, partimos dos trabalhos de Orlandi (1992) e Indursky (1990; 2013). O silêncio, para a Análise do Discurso, tem relação com a história e com a ideologia. Entendemos, conforme Orlandi (1992), que há implicações ideológicas quando se deixa de dizer algo. Além disso, é possível dizer “x” para deixar de dizer “y”, apagando outros sentidos possíveis de uma outra formação discursiva (ORLANDI, 1992). Sendo assim, verificamos, nas análises empreendidas, que o sujeito, na posição de quem presta um depoimento para integrantes da Comissão Nacional da Verdade, diz “terrorista” para não dizer revolucionário; “democracia” para não dizer ditadura; “assessor jurídico” para não dizer torturador. Já a negação, modalidade discursiva também mobilizada no processo de análise dos depoimentos, “é um dos processos de internalização de enunciados oriundos de outros discursos podendo indicar a existência de operações diversas no interior do discurso em análise” (INDURSKY, 2013, p. 261). Por meio da análise do funcionamento discursivo da negação, verificamos como o discurso-outro comparece nos depoimentos de forma distinta. No depoimento do coronel Ustra encontramos um caso de negação externa (INDURSKY, 2013), enquanto no depoimento do delegado Calandra, encontramos um caso de denegação-
Descrição: dc.descriptionConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico-
Descrição: dc.descriptionThe present Master’s research is affiliated to the theoretical perspective of the materialist line of Discourse Analysis introduced by Pêcheux (1969; 1975). Based on the theoretical- methodological groundwork of Discourse Analysis, we aim to discursively analyze two public hearings promoted by the National Truth Commission: the one with Colonel Carlos Alberto Brilhante Ustra and the one with Chief of Police Aparecido Laertes Calandra, most popularly known by his code name, Captain Ubirajara. In our attempt to understand how silence and denial function in a discursive level in both statements, we base our research on works by Orlandi (1992) and Indursky (1990; 2013). In Discourse Analysis, silence is related to history and ideology. As per Orlandi (1992), we understand that there are ideological implications when something is left unsaid. Besides, it is possible to say “x” in order not to say “y”, erasing other possible meanings from a different discursive formation (ORLANDI, 1992). Therefore, in the analysis done by us, it has been verified that the subject, occupying the position of someone who gives a statement to members of the National Truth Commission, says “terrorist” in order not to say revolutionary; “democracy” not to say dictatorship; “legal consultant” not to say torturer. Denial, on the other hand, a discursive mode also mobilized in the process of analysis of the statements, “is one of the processes of internalization of what is enunciated in other discourses, possibly indicating the existence of various operations inside the discourse being analyzed” (INDURSKY, 2013, p. 261). Through the analysis of the discursive functioning of denial, we are able to examine how another discourse appears differently in each statement: in the one given by Colonel Ustra, there is a case of extreme denial (INDURSKY, 2013), while in the one given by Chief of Police Calandra, there is a case of denegation-
Descrição: dc.description159 f.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsopenAccess-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectComissão Nacional da Verdade-
Palavras-chave: dc.subjectSilêncio-
Palavras-chave: dc.subjectNegação-
Palavras-chave: dc.subjectMemória-
Palavras-chave: dc.subjectProdução intelectual-
Palavras-chave: dc.subjectAnálise do discurso-
Palavras-chave: dc.subjectNegação-
Palavras-chave: dc.subjectUstra, Carlos Alberto Brilhante, 1932-2015-
Palavras-chave: dc.subjectComissão Nacional da Verdade-
Palavras-chave: dc.subjectDiscourse-
Palavras-chave: dc.subjectAnalysis-
Palavras-chave: dc.subjectNational Truth Commission-
Palavras-chave: dc.subjectDenial-
Palavras-chave: dc.subjectSilence-
Título: dc.titleO funcionamento discursivo do silêncio e da negação nos depoimentos do Coronel Ustra e do delegado Calandra à Comissão Nacional da Verdade-
Tipo de arquivo: dc.typeDissertação-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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