O efeito das mudanças climáticas na efetividade de unidades de conservação marinhas no Estado do Rio de Janeiro: tubarões como modelo de predador-de-topo utilizado como espécie guarda-chuva

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorVale, Mariana Moncassim-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/4397811809588252-
Autor(es): dc.contributorCordeiro, Renato Campello-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/8964777078079065-
Autor(es): dc.contributorPitombo, Fábio Bettini-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/5848263404798264-
Autor(es): dc.contributorLacerda, Natália Carneiro-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/5609775019887019-
Autor(es): dc.contributorhttp://lattes.cnpq.br/4578728662574786-
Autor(es): dc.creatorAraújo, Maria Janaína Mendes-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-07-11T18:14:13Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-07-11T18:14:13Z-
Data de envio: dc.date.issued2022-12-19-
Data de envio: dc.date.issued2022-12-19-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/27342-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/766415-
Descrição: dc.descriptionTubarões são grandes predadores de topo responsáveis pela manutenção da biodiversidade marinha através da estruturação da cadeia trófica. Apesar da sua fundamental importância na manutenção de diversos processos ecológicos, os tubarões estão em declínio populacional globalmente. Características inerentes à sua história de vida, associadas à degradação do habitat e a exploração pela pesca fazem as populações demorarem décadas para se recuperarem dos impactos resultantes das atividades humanas. As mudanças climáticas são agora uma das maiores ameaças à biodiversidade marinha a longo prazo, afetando a distribuição e abundância das espécies. Uma estratégia para a conservação da biodiversidade marinha é a criação e implementação de Unidades de Conservação (UCs). O objetivo deste estudo é avaliar a efetividade das UCs marinhas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Estado do Rio de Janeiro em cenários de mudanças climáticas futuras (2100), utilizando a modelagem de nicho ecológico. Foram selecionadas 15 espécies de tubarões com distribuição no Rio de Janeiro e quatro variáveis ambientais marinhas. Foram utilizadas na modelagem: temperatura, salinidade, profundidade e velocidade das correntes, para o presente e dois cenários futuros (2100) com mitigação (RCP 4.5), e sem mitigação (RCP 8.5) A modelagem foi realizada em ambiente R utilizando o pacote ‘biomod2’ e os algoritmos GLM, GBM, GAM, RF e Maxent. Os modelos foram combinados em mapas consenso que representam áreas adequadas para a persistência das espécies, entendidos como as áreas adequadas para distribuição potencial das espécies. Um mapa de riqueza de espécies foi gerado para o presente e futuro, com base no somatório dos mapas de áreas adequadas para distribuição potencial binários de cada espécie. De um modo geral os resultados apontam para uma grande contração da área adequada para a persistência de tubarões e uma extensão muito limitada de UCs marinhas que, no entanto, coincidem com as áreas de maior riqueza de espécies de tubarões tanto no presente quanto no futuro. Foram observadas perdas de áreas adequadas em 93,4% das espécies nos cenários de mudanças climáticas futuras. A espécie Carcharhinus falciformis foi extirpada totalmente da ZEE nos dois cenários futuros. Para o presente, foram previstas áreas de maior riqueza na região costeira e no extremo norte do estado e parte do extremo sul (13 - 15 espécies), seguidas da região central (10 - 12 espécies). As áreas mais pobres em espécies (4 - 6 e 1 - 3 espécies), concentraram-se principalmente na porção mais distante da costa da ZEE do Rio de Janeiro. Foi prevista uma redução acentuada na riqueza de espécies (13 - 15 espécies) nos cenários futuros, sendo maior no cenário sem mitigação do que no cenário com mitigação, com perda de 99,7% e 92,9% nas áreas de maior riqueza, respectivamente. As UCs marinhas representam apenas 1% da ZEE, e apesar da reduzida extensão, 33% das áreas das UCs no presente estão em áreas de maior riqueza. No cenário não mitigado, os 0,03% de habitat adequado restantes com maior riqueza está dentro da Area de Proteção Ambiental do Arquipélago de Santana. Assim, apesar de estarem espacialmente em áreas de maior riqueza, a extensão das UCs pode ser insuficiente para conservação dos tubarões. UCs com configuração e extensão direcionadas para conservação deste grupo, aliadas a estratégias para a redução da pesca predatória e acidental, além da mitigação climática são indispensáveis para aumentar a resiliência das populações de tubarões frente às mudanças climáticas-
Descrição: dc.descriptionFundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro-
Descrição: dc.descriptionSharks are large top predators responsible for maintaining marine biodiversity by structuring the food chain. Despite their fundamental importance in maintaining several ecological processes, sharks are in population decline globally. Characteristics inherent to their life history, associated with habitat degradation and exploitation by fishing make populations take decades to recover from impacts resulting from human activities. Climate change is now one of the biggest long-term threats to marine biodiversity, affecting the distribution and abundance of species. A strategy for the conservation of marine biodiversity is the creation and implementation of Protected Areas (PAs). The aim of this study is to evaluate the effectiveness of Marine Conservation Units in the Exclusive Economic Zone (EEZ) of the state of Rio de Janeiro in future climate change scenarios (2100), through ecological niche modeling. Fifteen species of sharks with distribution in Rio de Janeiro. We used four marine environmental variables for the modeling: temperature, salinity, depth and speed of currents, for the present and two future scenarios (2100) with mitigation (RCP 4.5), and without mitigation (RCP 4.5). 8.5) The modeling was carried out in an R environment using the 'biomod2' package and the GLM, GBM, GAM, RF and Maxent algorithms. Models were combined in consensus maps that represent the area adequate for species persistence, interpreted as species’ potential distribution. A species richness map was generated for the present and future, based on the sum of species’ potential binary distribution maps. In general, the results point to a large contraction of the area suitable for the persistence of sharks and a very limited extension of marine UCs that, nonetheless, coincide with the areas of greater richness of shark species both in the present and in the future. Losses of suitable areas were observed for 93.4% of the species in future climate change scenarios. The species Carcharhinus falciformis was completely extirpated from the EEZ in both future scenarios. For the present, the richest areas were predicted in the coastal region and in the extreme north of the state and in part of the extreme south (13 - 15 species), followed by the central region (10 - 12 species). The poorest areas (4 - 6 and 1 - 3 species) were concentrated mainly in the most distant part of the coast of the ZEE of Rio de Janeiro. A marked reduction in species richness (13 - 15 species) was observed in the future scenarios, being greater in the unmitigated scenario than in the mitigated scenario, with a loss of 99.7% and 92.9% in the richest areas, respectively. The marine UCs represent only 1% of the EEZ, and despite the reduced size, 33% of the areas of the PAs are currently in areas of greater wealth. In the unmitigated scenario, the remaining 0.03% of suitable habitat with greater richness is within the Arquipélago de Santana Protected Area. Thus, despite being spatially in areas of greater richness, the extension of the PAs may be insufficient for the conservation of sharks. Protected Areas with a configuration and extension aimed at the conservation of this group, combined with strategies to reduce predatory and accidental fishing, in addition to climate mitigation, are essential to increase the resilience of shark populations in the face of climate change-
Descrição: dc.description57 f.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectTubarões-
Palavras-chave: dc.subjectMudanças climáticas-
Palavras-chave: dc.subjectModelagem de nicho-
Palavras-chave: dc.subjectRiqueza de espécies-
Palavras-chave: dc.subjectVulnerabilidade às mudanças climáticas-
Palavras-chave: dc.subjectEcologia-
Palavras-chave: dc.subjectSharks-
Palavras-chave: dc.subjectClimate change-
Palavras-chave: dc.subjectNiche modeling-
Palavras-chave: dc.subjectSpecies richness-
Palavras-chave: dc.subjectVulnerability to climate change-
Título: dc.titleO efeito das mudanças climáticas na efetividade de unidades de conservação marinhas no Estado do Rio de Janeiro: tubarões como modelo de predador-de-topo utilizado como espécie guarda-chuva-
Tipo de arquivo: dc.typeTrabalho de conclusão de curso-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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