A Athenas Equinocial: a fundação de um Maranhão no império brasileiro

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorEngel, Magali Gouveia-
Autor(es): dc.contributorAmaral, Adriana Facina Gurgel do-
Autor(es): dc.contributorPiñeiro, Théo Lobarinhas-
Autor(es): dc.contributorMattos, Ilmar Rohloff-
Autor(es): dc.contributorAssunção, Matthias Röhrig-
Autor(es): dc.contributorLino, Sônia Cristina da Fonseca Machado-
Autor(es): dc.contributorAbreu, Martha Campos-
Autor(es): dc.creatorBorralho, José Henrique de Paula-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-07-11T17:57:08Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-07-11T17:57:08Z-
Data de envio: dc.date.issued2021-06-08-
Data de envio: dc.date.issued2021-06-08-
Data de envio: dc.date.issued2009-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://app.uff.br/riuff/handle/1/22301-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/760739-
Descrição: dc.descriptionApós o rompimento político com a antiga metrópole em 1822, Portugal, no Brasil, começavam a se desenhar projetos da nação pautados na coesão dos setores dominantes com o fito da manutenção dos estatutos da escravidão, dos interesses das frações das classes dirigentes, nos privilégios e na perpetuação da estrutura política que beneficiava determinados grupos existentes antes do rompimento. No Maranhão, a ligação com a antiga metrópole foi um empecilho, a principio, para a nova configuração política que se desenhava no Brasil, acrescentada da desconfiança do centralismo burocrático, capitaneado pelo Rio de Janeiro, fazendo com que a incorporação do Maranhão ao império só acontecesse em 28 de julho de 1823, sendo a penúltima província a “aderir” à independência brasileira, só superada pelo Pará. Uma vez rompidos os laços com Portugal, era a hora dos setores dominantes no Maranhão, famílias abastadas, organizarem o espaço de dominação sóciopolítico da província negociando a participação e a forma de estruturação da nação emergente, ou seja, articularem a inserção do Maranhão no império visando a permanência de seus privilégios. Em 1838 eclode a Balaiada, se estendendo até 1841, desorganizando a produção econômica pautada na agroexportação, radicalizando as diferenças entre os grupos dirigentes da província divididos entre cabanos e bem-te-vis, conservadores e liberais e, colocando em xeque a condição “civilizatória” da província. Alicerçado no boom econômico em virtude da agroexportação, a província passa a desfrutar de um refinamento material revestido em vários setores sociais, como educação, imprensa, teatro, viagens e, como resposta ao caos impetrado pela Balaiada, surge um projeto de formação de uma cultura oficial que desse visibilidade ao Maranhão perante as demais províncias. Tal projeto, pautado na escravidão, visou a exclusão de vários segmentos sociais, pois o referencial era o europeu, signatário da idéia clássica de civilização, cujo referente era a Grécia, supostamente o berço da civilização ocidental. Assim, surgiu o epíteto da Athenas Brasileira, o Maranhão, lugar onde havia florescido gênios como Manuel Odorico Mendes, Francisco Sotero dos Reis, Joaquim Gomes de Sousa, João Francisco Lisboa, Antonio Gonçalves Dias, entre outros, caracterizado como Grupo Maranhense, existente entre 1832 e 1868, quando desapareceu o Semanário Maranhense. Gerações posteriores a essa passaram a reproduzir esse semióforo ratificando a idéia de que o Maranhão seria a Athenas Brasileira. Enfim, o Maranhão seria a Athenas Brasileira, pois seus filhos ilustres na literatura, no jornalismo, na política e vários setores intelectuais, didatizavam a construção da nação participando decisivamente da emulação da vida pública brasileira, entre outras palavras, constituíam-se enquanto arquétipos dos signos da identidade nacional-
Descrição: dc.descriptionAfter the political breaking with the old metropolis in 1822, Portugal, in Brazil, a national project based on the cohesion of the dominant sectors aiming the maintanence of slavery, the interests of fractions of the ruling classes, privileges and the perpetuation of the political structure that benefited certain groups existing before the break started do be drawn. In Maranhão, the link with the ancient metropolis was an obstacle, at principle, for the new political configuration that been designed in Brazil, added the mistrust of bureaucratic centralism, leaded by Rio de Janeiro, making Maranhão’s incorporation to the empire to only happen on July 28 of 1823, being the penultimate province to "join" the Brazilian independence, only surpassed by Pará.Once the links with Portugal were broken, was time for the dominant sectors in Maranhão, wealthy families, to organize the sociopolitical domination space of the province, negotiating the participation and how to structure the emerging nation, in other words, articulate the integration of Maranhão on the empire in order the keep their privileges. In 1838 breaks out the Balaiada, extending till 1841 and disrupting the economic production based on agro exporting, emphasizing differences between opposite groups at the province, divided between Cabanos and Bem-te-vis, conservatives and liberals, and putting in check the province’s “civilizing” condition.Based on the economic boom due to agro exporting, the province begins to enjoy a material refinement coated in various social sectors as education, press, theater, travels etc and, in response to the chaos brought by the Balaiada, comes a project to form an official culture that could bring Maranhão on the spotlights to the other provinces. Such project, based on slavery, sought the exclusion of various social segments, because the reference was European, signatory to the classic idea of civilization, which was referring to Greece, supposedly the cradle of Western civilization. Thus arose the epitome of Brazilian Athens, Maranhão, where geniuses like Manuel Odorico Mendes, Francisco Sotero dos Reis, Joaquim Gomes de Sousa, Joao Francisco Lisboa, Antonio Gonçalves Dias, among others had raised, been taken as the Maranhão Group, between 1832 and 1868, when the Semanário Maranhense ceased to exist. Future generations started to reproduce this “semiofori” ratifying the idea that Maranhão would be Brazilian Athens. Finally, Maranhão would be the Brazilian Athens because its illustrious sons in literature, journalism, in politics and various intellectual sectors, made the built of the nation didactic, taking active role on the emulation of the Brazilian public life, among other words, were the archetypal signs of national identity-
Descrição: dc.description358f.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Publicador: dc.publisherNiterói, RJ-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightshttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectAthenas Brasileira-
Palavras-chave: dc.subjectIdentidade nacional-
Palavras-chave: dc.subjectLiteratura-
Palavras-chave: dc.subjectPolítica-
Palavras-chave: dc.subjectGrupo Maranhense-
Palavras-chave: dc.subjectVida intelectual-
Palavras-chave: dc.subjectHistória do Maranhão-
Palavras-chave: dc.subjectSéculo XIX-
Palavras-chave: dc.subjectMaranhão-
Palavras-chave: dc.subjectBrazilian Athens-
Palavras-chave: dc.subjectNational identity-
Palavras-chave: dc.subjectLiterature-
Palavras-chave: dc.subjectPolitics-
Palavras-chave: dc.subjectMaranhão’s Group-
Título: dc.titleA Athenas Equinocial: a fundação de um Maranhão no império brasileiro-
Tipo de arquivo: dc.typeTese-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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