Turismo de base comunitária à luz do pensamento decolonial

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorConti, Bruna Ranção-
Autor(es): dc.contributorLavandoski, Joice-
Autor(es): dc.contributorElicher, Maria Jaqueline-
Autor(es): dc.contributorGuimarães, Váleria Lima-
Autor(es): dc.creatorMartins, Joanna Lopes de Oliveira-
Data de aceite: dc.date.accessioned2024-07-11T17:45:30Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2024-07-11T17:45:30Z-
Data de envio: dc.date.issued2023-12-04-
Data de envio: dc.date.issued2023-12-04-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://app.uff.br/riuff/handle/1/31315-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/756904-
Descrição: dc.descriptionO presente trabalho é uma pesquisa exploratória com objetivo de compreender como o pensamento decolonial está sendo incorporado ao turismo. Mais especificamente, procura estabelecer uma relação entre o Turismo de Base Comunitária (TBC) e as ideias decoloniais. Esse pensamento tem como essência “a revolta intelectual contra uma perspectiva e um modo eurocentrista de produzir conhecimento” (QUIJANO, 2009, p. 75). Já o TBC possui princípios como o acolhimento e a hospitalidade, além de haver um maior comprometimento dos atores locais (BARTHOLO, 2012). Para isso, recorreu-se a pesquisas bibliográfica, documental e de campo. A pertinência do trabalho se assenta nas consequências de uma história colonial dependente da escravidão, percebidas na desigualdade social e no racismo presentes na sociedade brasileira, principalmente em relação às populações indígenas e negras. Tal fato reverbera também no pensar e no fazer turismo. De maneira que se realizou uma Revisão Sistemática da Literatura para identificar como a decolonialidade e o turismo vêm sendo associados na academia. Apurou-se que, dentre outras possibilidades, iniciativas de turismo receptivo que oferecem roteiros afrocentrados, ou seja, focados em histórias e acontecimentos relativos às culturas afrodescendentes, podem ser entendidas como ações decoloniais. Assim, identificou-se, na cidade do Rio de Janeiro, tais práticas em iniciativas que se autodeclaram ou atendem às premissas inerentes ao TBC. Constatou-se que há profissionais do turismo receptivo que vêm trabalhado com roteiros focados no repertório patrimonial (material e imaterial) referente às culturas das populações negras que para cá vieram escravizadas. Nesse sentido, três agências locais foram selecionadas para realização de observação direta de quatro roteiros (“walk tours”). Com isso, buscou-se evidenciar as narrativas adotadas a partir dos atrativos visitados. Paralelamente, foram feitas entrevistas estruturadas com os respectivos guias na tentativa de acessar as motivações que estimulam a criação de roteiros com essa temática. Foram identificadas duas linhas de atuação: uma associada ao afroturismo e outra ao TBC. Os logradouros públicos e as artes urbanas, como os grafites, são atrativos presentes em todos os roteiros, uma vez que os monumentos referentes às culturas afrodescendentes são escassos. Combater a carência de lugares que representem a história negra, ou seja, o apagamento e o silenciamento é o que os guias pretendem com a realização dos roteiros afrocentrados. Finalmente, demonstrou-se que a conexão do TBC com o pensamento decolonial está na convergência de ambos para a difusão de saberes e fazeres dos grupos historicamente invisibilizados, bem como a crítica ao sistema econômico neoliberal. Portanto, a afirmação de que o TBC pode ser uma expressão da decolonialidade está fundamentada no argumento de que se pretende um turismo mais igualitário, socialmente justo, realizado a partir do respeito aos conhecimentos locais e às memórias que não podem ser esquecidas.-
Descrição: dc.descriptionThe present work is an exploratory research in order to understand how decolonial thinking is being incorporated into tourism. More specifically, it seeks to establish a relationship between Community Based Tourism (TBC) and decolonial ideas. This thought has as its essence “the intellectual revolt against a Eurocentric perspective and way of producing knowledge” (QUIJANO, 2009, p. 75). The TBC, on the other hand, has principles such as reception and hospitality, in addition to a greater commitment of local actors (BARTHOLO, 2012). For this, bibliographic, documentary and field research was used. The relevance of the work is based on the consequences of a colonial history dependent on slavery, perceived in the social inequality and racism present in Brazilian society, especially in relation to indigenous and black populations. This fact also reverberates in thinking and doing tourism. Thus, a Systematic Literature Review was carried out to identify how decoloniality and tourism have been associated in the academy. It was found that, among other possibilities, receptive tourism initiatives that offer Afro-centered itineraries, that is, focused on stories and events related to Afro-descendant cultures, can be understood as decolonial actions. Thus, in the city of Rio de Janeiro, such practices were identified in initiatives that declare themselves or meet the premises inherent to the TBC. It was found that there are inbound tourism professionals who have been working with itineraries focused on the heritage repertoire (material and immaterial) referring to the cultures of the black populations that came here enslaved. In this sense, three local agencies were selected to carry out direct observation of four itineraries (“walk tours”). With this, we sought to highlight the narratives adopted from the attractions visited. At the same time, structured interviews were carried out with the respective guides in an attempt to access the motivations that stimulate the creation of scripts with this theme. Two lines of action were identified: one associated with Afrotourism and the other with TBC. Public places and urban arts, such as graffiti, are attractions present in all itineraries, since monuments referring to Afro-descendant cultures are scarce. Combating the lack of places that represent black history, that is, erasing and silencing is what the guides intend with the realization of Afrocentric scripts. Finally, it was shown that the connection between TBC and decolonial thinking lies in the convergence of both for the dissemination of knowledge and practices of historically invisible groups, as well as the critique of the neoliberal economic system. Therefore, the claim that TBC can be an expression of decoloniality is based on the argument that a more egalitarian, socially fair tourism is intended, based on respect for local knowledge and memories that cannot be forgotten.-
Descrição: dc.description127 p.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Idioma: dc.languagept_BR-
Direitos: dc.rightsOpen Access-
Direitos: dc.rightsCC-BY-SA-
Palavras-chave: dc.subjectTurismo de Base Comunitária-
Palavras-chave: dc.subjectDecolonialidade-
Palavras-chave: dc.subjectAfrocentrismo-
Palavras-chave: dc.subjectRio de Janeiro-
Palavras-chave: dc.subjectAgências Receptivo-
Palavras-chave: dc.subjectTurismo-
Palavras-chave: dc.subjectComunidade urbana-
Palavras-chave: dc.subjectCultura-
Palavras-chave: dc.subjectPatrimônio histórico-
Palavras-chave: dc.subjectAfrocentrismo-
Palavras-chave: dc.subjectCommunity-Based Tourism-
Palavras-chave: dc.subjectDecoloniality-
Palavras-chave: dc.subjectAfrocentrism-
Palavras-chave: dc.subjectRio de Janeiro-
Palavras-chave: dc.subjectReceptive Agencies-
Título: dc.titleTurismo de base comunitária à luz do pensamento decolonial-
Tipo de arquivo: dc.typeDissertação-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense - RiUFF

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