PROBLEMATIZANDO O ENSINO DE HISTÓRIA EM TEMPOS DE PÓS-VERDADE EM UMA ESCOLA DE RESENDE/RJ.

Abstract

A presente tese faz uma análise comparativa da estruturação da História como disciplina escolar, a partir do diálogo com alguns autores como Hannah Arendt, Reinhart Koselleck e Marc Bloch. A partir do reconhecimento de uma perspectiva europeia e excludente que se delimitou na conformação dessa área, há uma reflexão sobre como o uso de questões presentes e democratizantes nesse processo pode oportunizar uma prática mais inclusiva e que dialogue com a realidade dos alunos presentes no processo de aprendizagem. Ao analisar essa situação, abre-se espaço para a discussão a respeito de como essa conjuntura presente na disciplina histórica acaba por reforçar a possibilidade de discursos negacionistas, que ganham espaço em nossa sociedade e em nossas escolas. Assim, busca-se a compreensão acerca dos impactos desse processo, assim como sobre os meandros dessa perda de sentido histórico, que impacta nossa prática diretamente como professores e professoras. Apresenta-se, então, uma sequência didática com o uso de uma fonte audiovisual como forma de levar essa reflexão sobre a História como disciplina e os impactos de seus usos políticos e ideológicos, para a sala de aula.