NAS TRILHAS DE CLIO E HÍGIA: REPRESENTAÇÕES IMAGÉTICAS DA COVID-19 E PERSPECTIVAS DA HISTÓRIA DAS DOENÇAS NO ENSINO DE HISTÓRIA (2020-2021)

Abstract

O presente estudo objetiva compreender a trajetória da Covid-19 no cenário piauiense, como fio condutor para o ensino de História da Saúde e das Doenças. Nesse sentido, o trabalho aborda as interconexões entre o ensinar e o aprender História dentro do contexto da pandemia do novo coronavírus SARS-CoV-2, nos anos de 2020 e meados de 2021, apontando os desafios e possibilidades do estudo em “formato remoto” como consequência das medidas de distanciamento social, sendo uma estratégia de pensar conceitos historiográficos como tempo, espaço, sujeitos, estado, cultura, política nas aulas. Metodologicamente, o estudo centrou as análises na perspectiva da usabilidade da imagem chargética e suas representações, como veículo para essa presente modalidade de ensino com a aplicação de questionários aos estudantes do ensino médio da Escola Paulo Ferraz, por meio de pesquisa do tipo survey. O percurso teórico-metodológico partiu de leituras concernentes aos principais conceitos mencionados neste trabalho que são: História da Saúde e da Doença a partir de Stefan Cunha Ujvari (2020), Dominichi Miranda de Sá, Vanessa Sardinha dos Santos (2021), Diego de Oliveira Sousa (2020), Jeanette Farrell (2003), Joseanne Marinho (2018), Valtéria Alvarenga (2013) et al; Ensino de História em Luís Fernando Cerri (2011) e Guilherme Mendes Tomaz dos Santos (2021); História e Imagens nas abordagens de Alberto Manguel (2018) e Eduardo França Paiva (2006) - em especial charges, política e Representações – com Roger Chartier e René Rémond (2003). Assim, os conceitos e suas contribuições permeiam os três capítulos de discussão embasados na temática presente como um entrelaçar de experiências que foram construídas com os acontecimentos de vivência e de desafios contemporâneos presentes aos que fazem o ambiente escolar. Relacionados em suas mais diversas matrizes, lançam luzes para essa realidade acerca de determinados aspectos do ensino de História com alunos da educação básica e através do uso de imagens como veículo incentivador de melhorias no processo de ensino-aprendizagem em tempos de um “novo normal”. Tempos estes de fazeres e vivências virtuais que apontam uma rotina diferenciada com base na aprendizagem. Transformações que foram impostas pela pandemia da Covid-19 e outras doenças que assolaram o mundo, e que no presente podem robustecer aprendizagens e/ou acentuar ainda mais as desigualdades socioculturais no sentido de (des)favorecer o propósito fundamental da educação: o sucesso do ensino-aprendizagem.