MULHERES NA POLÍTICA PARTIDÁRIA E O ENSINO DE HISTÓRIA: O RESISTIR E O EXISTIR PARA ALÉM DA SALA DE AULA

Abstract

A presente dissertação tem por objetivo, a partir do debate de gênero e dos feminismos nas aulas de História, problematizar o lugar que a mulher vem ocupando no cenário político partidário brasileiro, desde a Constituinte de 1987-88 até os dias atuais. O trabalho procura fazer uma análise de como as mulheres que ocupam cargos de poder estão presentes, ausentes, ou estão sendo silenciadas nos livros didáticos de ensino de história do 9º ano do Ensino Fundamental do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) de 2020. O referencial teórico utilizado para se pensar as relações de gênero foi o da historiadora Joan Scott (1995), e junto aos estudos dela, procuramos também discutir a importância dos feminismos na luta por direitos os quais as mulheres possuem até os presentes dias. Neste sentido torna-se importante a obra de Patrícia Collins e Sirma Bilge (2021), onde, para além dos confrontos e resistências feministas na História, também buscamos um olhar interseccional (através da análise de indicadores de gênero, raça e classe) para compreender as violências vividas por tantas mulheres na sociedade atual, buscando diálogos e ferramentas que também possam resolver estes problemas. Entendemos que o que as mulheres passam e sofrem ao ocuparem um espaço na política partidária, é o mesmo que as mulheres em seus dia-a-dias, nos mais diversos espaços sociais também vivenciam. Trazemos como produção final uma revista virtual com mulheres que participaram da Constituinte de 87-88 (e ainda atuam na política partidária) e com mulheres da política partidária atual (2022).