Lugar de fala e lugar do tradutor : uma retradução de la femme rompue de Simone de Beauvoir

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Autor(es): dc.contributorRossi, Ana Helena-
Autor(es): dc.contributorlucaskadimani@gmail.com-
Autor(es): dc.creatorEsmeraldo, Lucas Kadimani Silva-
Data de aceite: dc.date.accessioned2022-08-15T13:37:21Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2022-08-15T13:37:21Z-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-05-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-05-
Data de envio: dc.date.issued2022-07-05-
Data de envio: dc.date.issued2022-04-06-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/44111-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/713262-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado) — Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução, Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução, 2022.-
Descrição: dc.descriptionSomente o negro pode traduzir o negro? Somente o gay pode traduzir o gay? A mulher será sempre a tradutora ideal de Simone de Beauvoir? Essas perguntas são desdobramentos de uma compreensão do conceito de lugar de fala como autorização ou legitimidade ao discurso. Uma vez que falamos por nós e pelo outro ao traduzir, podemos recorrer à tradução para testar, atestar ou falsear aquilo que o conceito designa. Lugar de fala é uma diferença de perspectivas socialmente influenciadas e essa diferença está incutida em todos os discursos. Nesse sentido, proponho uma retradução crítica do início do romance La Femme Rompue de Simone de Beauvoir (1967), cujo processo e cuja autoanálise tradutória orientam-se pelos conceitos de lugar de fala a partir de Djamila Ribeiro (2019), de poética segundo Henri Meschonnic (2010) e de equivocação segundo Eduardo Viveiros de Castro (2020). De modo a enriquecer nosso corpus, cotejamos a retradução proposta à tradução A Mulher Desiludida de Helena Silveira publicada no Brasil em 1968. A metodologia empregada nesta pesquisa baseou-se no registro e escrutínio do processo tradutório segundo Ana Helena Rossi (2019). A partir do aparato teórico mencionado, do corpus e de sua análise/comparação, a pesquisa traça uma possível via ao tradutor enquanto profissional comprometido em explicitar o outro e a si mesmo, isto é, o lugar de mediação não unicamente de culturas, mas de discursos. Identificou-se que interpelar, sobretudo, o próprio lugar de fala durante o processo tradutório contribui para se evitar automatismos e tendências naturalizantes e universalizantes e, consequentemente, para se evitar a descaracterização das subjetividades, o que ocorre mais intensamente ao haver apagamento acrítico das diferenças envolvidas no processo. Interpelar os lugares de fala que incidem sobre a tradução condiciona criticamente a se produzir um texto outro, em que as diferenças são mais visíveis e o qual não toma a alteridade como uma repetição ou mera variação do tradutor, de seu lócus social, de sua cultura.-
Descrição: dc.descriptionLe Noir peut-il être traduit seulement par le Noir ? Le gay peut-il être traduit seulement par le gay ? La femme sera-t-elle toujours la traductrice idéale de Simone de Beauvoir ? Ces questions découlent d’une compréhension du concept de lugar de fala [localisation sociale du discours] comme autorisation ou légitimité au discours. Puisqu’en traduisant nous parlons pour nous et pour l’autre, nous pouvons faire appel à la traduction de manière à tester, confirmer et réfuter ce que désigne le concept. Lugar de fala est une différence de perspectives socialement influencées et cette différence est inhérente à tous les discours. En ce sens, je propose une retraduction critique vers le portugais du début du roman La Femme Rompue de Simone de Beauvoir (1967). Le processus de retraduction et l’auto-analyse traductive ont été orientés par les concepts de lugar de fala à partir de la philosophe et militante féministe noire Djamila Ribeiro (2019), de poétique selon le théoricien de la traduction Henri Meschonnic (2010) et d’equivocação selon l’antropologue Eduardo Viveiros de Castro (2020). La retraduction a été collationnée à la traduction A Mulher Desiludida d’Helena Silveira publiée au Brésil en 1968, dans le but d’enrichir le corpus. La méthodologie employée dans cette recherche s’est basée sur l’enregistrement et l’examen du processus traductif selon Ana Helena Rossi (2019). À partir du référentiel théorique mentionné, du corpus et de son analyse/comparaison, la recherche trace une voie possible au traducteur en tant que professionnel qui se responsabilise et explicite l’autre et soi-même. Il s’agit de la médiation pas uniquement de cultures, mais de discours. Il a été identifié que s’interroger, surtout, à propos de sa propre localisation sociale lors du processus traductif contribue à éviter des automatismes et des tendances naturalisantes et universalisantes. Par conséquent, cela contribue à éviter la décaracterisation des subjectivités, ce qui se passe plus intensément quand il y a de l’effacement non critique des différences présentes dans le processus. Questionner les localisations sociales qui agissent dans la traduction nous conduit critiquement à produire un autre texte, où les differences sont plus visibles et où l’altérité n’est pas prise comme une répétition ou simplement une variation du traducteur, de sa localisation sociale, de sa culture.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
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Palavras-chave: dc.subjectEstudos da tradução-
Palavras-chave: dc.subjectLugar de fala-
Palavras-chave: dc.subjectLegitimidade do discurso-
Título: dc.titleLugar de fala e lugar do tradutor : uma retradução de la femme rompue de Simone de Beauvoir-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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