Uma alternativa didática ao ensino de inequações exponenciais

Abstract

A sequência de atividades para o ensino de Inequação Exponencial foi construída no âmbito do Programa de Pós-graduação em Ensino de Matemática da Universidade do Estado do Pará, como produto de uma pesquisa dissertação de mestrado. Este produto educacional é destinado para professores e estudantes do Ensino Médio para ensino e aprendizagem de Inequação Exponencial. Trata-se de um produto didático validado experimentalmente que apresentou potencialidades quantitativas e qualitativas para o objetivo a que se destina: ensinar Inequação Exponencial por meio da instrumentação do recurso Geogebra e promovendo o registro de representações do objeto matemático Inequação Exponencial. Ao longo de nossa pesquisa identificamos as dificuldades de ensino e aprendizagem no estudo de Inequações, em especial das exponenciais e que apesar do currículo escolar de matemática faça forte indicação de uso de diversificadas metodologias de ensino e uso de tecnologias, ainda existem muitas dúvidas sobre como elaborar atividades que promovam um ensino de matemática menos frustrante para o estudante e mais acessível para a prática do professor. Assim, nesse sentido: “ [...]coloca-nos frente ao desafio de oferecer um ensino em que o estudante se destaque como protagonista do processo de aprendizagem, desenvolve sua autonomia de pensamento, tirando conclusões e atribuindo significados ao conhecimento adquirido [...] o uso de ferramentas tecnológicas, desenvolvimento da autonomia do aluno e o ensino da Matemática [...] estimula a criatividade e desafia a mesmice conservadora do ensino da Matemática”. (SÁ & SALGADO, 2015, p. 8) Atrelado a esse princípio do desenvolvimento da autonomia, construímos uma sequência de atividades orientadas por um protocolo escrito que adota como recurso didático o GeoGebra, software de geometria dinâmica de domínio público, nos termos da GNU, General Public License. Esse software combina diversas formas de representações de determinados objetos matemáticos, inclusive das Inequações Exponenciais e pode ser utilizado com ou sem internet em celulares, tablets ou computadores. Tal recurso, foi adotado segundo a gênese instrumental de Rabardel (1995), onde é definido como artefato/ferramenta de mediação da aprendizagem, e com base na Semiótica de Duval (2003), no nosso caso de Inequações Exponenciais, para proporcionar ao educando o desenvolvimento das habilidades de formar, tratar e converter diferentes representações desse objeto matemático, sendo que com a fusão desse artefato/ferramenta com os protocolos escritos (esquemas de utilização) da sequência de atividades, obtivemos a construção de um instrumento de ensino e aprendizagem de Inequações Exponenciais.