Alfabetização: instrumentos de intervenção auxiliares diante das dificuldades de aprendizagem

Abstract

A aprendizagem humana é antes de tudo relacional, ocorre nas interações humanas, portanto é necessário pensar as aprendizagens a partir do desenvolvimento de habilidades emocionais, sociais e éticas. Para aprender, é necessário desenvolver várias habilidades não só cognitivas, como atenção, memória, raciocínio lógico, mas também emocionais, como o autocontrole, a motivação, o interesse, a resiliência e tantas outras. Na perspectiva freireana, a relação entre estudante e professor pauta-se pela morosidade, é regida pelo diálogo aberto, fazendo-se valer da empatia recíproca para despertar no outro a vontade de ser mais. Ela instiga a troca de saberes oriundos das vivências de cada sujeito, assim, cada indivíduo contribui com o seu saber empírico, influenciado pela sua cultura, seu meio social e traz para o diálogo reflexivo e crítico a sua subjetividade, podendo aí, existir uma identificação com o outro, reforçando a relação de ambos, norteada por vínculos afetivos. Com essa perspectiva de aprendizagem, elaborei, a partir da pesquisa realizada em uma sala de 3º ano, material que poderá ser utilizado, pesquisado por pessoas interessadas em processos de alfabetização de crianças com dificuldades de aprendizagem. Para alcançar o objetivo de alfabetizar os alunos de uma sala do terceiro ano que, ainda, não estavam alfabetizados, lancei mão de estratégias como os jogos e brincadeiras, a leitura, a tecnologia. Tudo isso atravessado pela afetividade, ingrediente fundamental para as aprendizagens. Descobri que os jogos e brincadeiras, diariamente no ambiente escolar, são fatores importantes quanto as questões para o desenvolvimento de habilidades emocionais, pois provocam o cérebro e auxiliam e aprimoram as funções cognitivas, como a memória, linguagem e raciocínio lógico, habilidades que são utilizadas pelo resto de nossas vidas, além da imaginação e da criatividade. Também, na atual conjuntura, não há como pensar em qualquer situação que não envolva a tecnologia, e, se utilizada de forma ampla e junto à afetividade, será mais um recurso pedagógico, auxiliar, para ajudar a sanar as dificuldades escolares, pois, a tecnologia e os jogos trazem a apresentação de informações rápidas e instantâneas. É importante registrar que a educação não está, exclusivamente, ligada ao uso de recursos tecnológicos, mas utilizá-los podem potencializar os processos educativos.