A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA E A “FUGA DA CAVERNA”: a prática da leitura e da escrita como estratégias metodológicas nas aulas de filosofia no Ensino Médio

Abstract

A presente dissertação de mestrado pretende pensar a prática pedagógica docente a partir de dois autores e especialmente a partir de dois textos: a Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire, e a Fuga da Caverna, de Platão. Partimos da ideia de que a circunscrição em que fundamenta este trabalho aborda questões imprescindíveis para o desenvolvimento da aprendizagem do educando, priorizando o sentido humanizado e autônomo do ensino. Privilegia, então, o diálogo como mediador que orienta o sujeito na construção dos saberes necessários como condição de uma educação libertadora e autônoma. Por motivos de pandemia, trata-se principalmente de uma pesquisa bibliográfica, que propõe ampliar as habilidades linguísticas e filosófica dos alunos, em um processo educativo, com estratégias capazes e eficazes na construção da autonomia, na ressignificação dos saberes, em uma pedagogia fundamentada no respeito, na dignidade e, claro, na autonomia dos envolvidos. O imperativo exploratório do exercício do pensamento apresenta-se como elemento basilar no processo de ressignificação dos saberes que constituem uma pedagogia fundamentada no respeito, dignidade e autonomia dos envolvidos. Todos os elementos aqui trabalhados podem suscitar indícios de uma possível influência do pensamento de Platão e Paulo Freire no processo dialógico do ensino-aprendizagem. A presente dissertação, tem como objetivo principal apresentar proposta de intervenção pedagógica para as aulas que contribua com o apontamento de metodologias capazes de auxiliar nas práticas de atividades. Outrossim, que mencione o exercício do pensamento filosófico dialógico com critérios que trazem como elementos inspiradores o uso da leitura e escrita filosóficas aliadas ao uso das tecnologias digitais, ferramentas imprescindíveis na atualidade, no auxílio da construção do conhecimento autônomo e transformador. Do mesmo modo, objetiva-se que este trabalho seja um projeto interventivo, prático e concreto no exercício do pensamento – não apenas dos discentes que fazem parte do corpus dessa pesquisa, mas também dos outros que compõem o quadro das aulas de Filosofia.