O ENSINO DE FILOSOFIA A PARTIR DA TEORIA DO AGIR COMUNICATIVO DE JÜRGEN HABERMAS

Abstract

A presente dissertação tem como objetivo apresentar uma proposta metodológica que possa auxiliar na melhoria da comunicação, interação e emancipação dos estudantes nas aulas de Filosofia do Ensino Médio Integrado do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais – IFNMG – Campus Arinos, tendo como base teórica a Teoria do Agir Comunicativo de Jürgen Habermas, relacionando intersubjetividade, educação e emancipação na perspectiva da racionalidade comunicativa. A metodologia desta pesquisa é de natureza básica; no que se refere aos objetivos, é explicativa, pois visa compreender como ocorrem as relações intersubjetivas nas aulas de filosofia, diagnosticar as dificuldades e propor soluções. Quanto ao procedimento técnico a ser utilizado, trata-se de pesquisa bibliográfica, devido ao suporte teórico dos dois volumes da Teoria do Agir Comunicativo e demais obras de Jürgen Habermas e comentadores. Em relação ao método, é o da pesquisa ação, pois tem como objetivo contribuir para a resolução de um problema relativo a uma realidade de sala de aula, especificamente nas aulas de Filosofia. A proposta elaborada por Habermas de uma racionalidade comunicativa permite pensar a educação e possibilita a criação de uma cultura emancipatória, levando à “descolonização” do ensino de Filosofia. Por meio do agir comunicativo, é possível o entendimento mútuo, o fortalecimento das práticas de comunicação e o desenvolvimento do processo de formação e emancipação dos sujeitos envolvidos. Devido à pandemia, houve mudança na proposta, que inicialmente seria o desenvolvimento de um projeto de intervenção presencial junto aos estudantes. No entanto, por conta da necessidade do distanciamento social, este trabalho pretende extrair da perspectiva de Habermas uma proposta de « descolonização do ensino de Filosofia », por meio de estratégias de ensino que promovam o desenvolvimento da competência linguística dos estudantes. Tornando-os mais aptos para participarem de forma ativa e ética não só nas aulas de Filosofia, como também nos processos discursivos e deliberativos que ocorrem no âmbito escolar e no seu entorno social e político.