O ENSINO DE FILOSOFIA E A EXPERIÊNCIA FILOSÓFICA NO CENTRO DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (CEJA)

Abstract

O questionamento que deu origem a esta pesquisa foi: como ensinar Filosofia para estudantes do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA)? As respostas iniciais me levaram ao conceito de experiência e me fizeram notar a sua relevância para pensar o ensino de Filosofia nesta modalidade da Educação Básica. O projeto de pesquisa surge da experiência em sala de aula e para ela retorna. A dinâmica na qual se movimenta a redação dos capítulos é aquela da colcha de retalhos, vou costurando questionamentos, possibilidades e autores. Nesse sentido, foi traçado um breve histórico da Educação de Adultos tendo por referência as Conferências Internacionais da Unesco (2012), mas também dos estudos da Andragogia de Knowles (2015) e educação para adultos presente nas obras de Paulo Freire (1996). Investigo, brevemente, o histórico do CEJA no Estado do Mato Grosso e da Filosofia documentada na Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Em seguida, é apresentado um suscinto histórico do conceito de experiência na História da Filosofia, com vistas a construir uma apropriação criativa das obras de Gelamo (2006), Aspis (2012) e Deleuze (2010); sigo com a caracterização da experiência filosófica e finalizo com a sustentação desta por meio da leitura e escrita filosóficas. Na sequência, são destacadas as diferenças que podem existir entre ensinar, comunicar e filosofar; para defender o ensino de Filosofia como experiência filosófica, Rancière (2002) foi o autor que me auxiliou neste momento. Por fim, apresento uma proposta de intervenção filosófica em sala de aula. tendo como apoio trechos da obra de Frantz Fanon (2008) e a metodologia proposta por Silvio Gallo (2012).