ATITUDE HISTORIADORA NA ESCRITA DA HISTÓRIA ESCOLAR: ANÁLISE DA COLEÇÃO GERAÇÃO ALPHA (EDITORA SM)

Abstract

O presente trabalho discute a noção de “atitude historiadora” defendida pela BNCC e usada como categoria organizadora da narrativa do livro didático do sexto ano da Coleção Geração Alpha. Essa noção aparece na terceira versão da BNCC, sancionada no final de 2017, mas a origem dela deve ser atribuída a Ana Maria Mauad. A pesquisa sustenta que houve uma apropriação do referido conceito pela Base sem a devida menção a autora, apropriação no sentido reducionista, já que a atitude historiadora, para a autora, vai muito além da perspectiva cognitivista e instrumental tal como aparece na versão oficial do documento. Quanto ao livro didático analisado, foi possível observar um movimento na tentativa de favorecer a AH como preconiza a BNCC, assim como alguns momentos em que se consegue ir um pouco além da visão proposta pelo documento. O referencial teórico se apoiou especialmente nos conceitos de atitude historiadora e história pública, em Ana Maria mauad. Em relação ao livro didático, baseia-se, sobretudo, em Alain Choppin e Helenice Rocha. A pesquisa, de caráter documental, apoiou-se na concepção de enunciado como unidade da comunicação discursiva defendida pelo círculo de Bakhtin. Foram analisados a BNCC, pareceres do Programa Nacional do Livro Didático 2020 e a Coleção Geração Alpha, publicado pela editora SM. A proposição consistiu em reescrever um capítulo do livro do sexto ano da Coleção História, Sociedade e Cidadania, de Alfredo Boulos Junior, da editora FTD, coleção adotada pela rede pública de ensino de Amargosa-BA.