FILOSOFIA, LINGUAGEM DIGITAL E PRODUÇÃO DE CONTEÚDO: EXPLORANDO AS POTENCIALIDADES DA ESCRITA AUTORAL NO ENSINO MÉDIO

Abstract

Trata-se, inicialmente, de fazer uma abordagem ancorada em algumas perspectivas teóricas que analisam o processo de desenvolvimento e evolução da linguagem. Para esse estudo, toma-se como ponto de partida a teoria do filósofo Jean-Jacques Rousseau, para quem o desenvolvimento da linguagem representou um enfraquecimento das potencialidades sensíveis e instintivas do homem. Embora compreenda que o desenvolvimento da fala e da escrita fazem parte de um processo natural, Rousseau insiste em sua crítica ao homem moderno, que faz uso cada vez mais frequente de uma linguagem metódica e artificializada. Em seguida, apoia-se nas teses de Pierre Lévy que analisa esse processo de evolução da linguagem como uma espécie de alastramento da cultura da inteligência humana. Para ele, mesmo a linguagem digital dos tempos atuais representa uma conquista considerável, pois amplia e potencializa as formas humanas de comunicação, por meio de ferramentas tecnológicas que criaram um novo espaço de interação dos homens. Atualmente, as formas de comunicação, que se dão mediante as Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), apontam para uma reprodução de conteúdo

ou o enfraquecimento da capacidade de reflexão sustentada por argumentos mais concisos. Faz- se necessário pensar o desenvolvimento da linguagem como um processo que pode ser

ressignificado e, além disso, compreender como as novas tecnologias podem servir de ferramentas didáticas para a escrita autoral no Ensino Médio. Para viabilizar essa prática, propõe-se o projeto da Revista de Filosofia Novas Ideias com o intuito de mobilizar e incentivar os estudantes para a escrita autoral de gêneros textuais diversos, utilizando as Novas Tecnologias da Informação e Comunicação (NTICs). A Revista Novas Ideias tem a finalidade de servir como um instrumento que incentiva os estudantes a: pesquisar, produzir, publicar e compartilhar conteúdos de autoria própria. A ideia é desenvolver uma prática docente que permita aos estudantes serem mais que reprodutores de conteúdos prontos que circulam na internet, mas que, acima de tudo, eles possam ocupar esse espaço também como autores a partir da sua própria escrita.