O ENSINO DE FILOSOFIA PROPOSTO EM VISTA DA FORMAÇÃO EMANCIPATÓRIA

Abstract

O presente estudo almeja construir meios que possibilitem os estudantes do Ensino médio se tornarem indivíduos emancipados através do ensino de filosofia. No decorrer da prática docente, reconhecemos algumas dificuldades e limitações às quais o ensino de filosofia está submetido. Dentre elas, identificamos a necessidade de desenvolver atitudes e métodos que atraiam os estudantes para o estudo desta área do saber e, com isto, tornar a filosofia um saber reconhecido como útil pelos estudantes. Além dos anseios vivenciados na prática docente, almejamos, através do ensino de filosofia, estimular os estudantes a pensarem de modo autônomo, ou seja, que eles possam ser capazes de construir seus próprios modos de pensar o mundo que lhes rodeia. Com base nos conhecimentos filosóficos dos pensadores Immanuel Kant, Theodor Adorno e Jacques Rancière sobre o conceito de emancipação, buscamos investigar os meios para fornecer o devido estímulo aos estudantes. No entanto, toda e qualquer atitude filosófica, para ser inserida em sala de aula, demanda inserção de metodologias. Com o domínio de um referencial filosófico, aliado a metodologias do ensino de filosofia, podemos alcançar nossos objetivos, que consistem na desconstrução do desinteresse ou descrença na importância da filosofia nas vidas dos estudantes e, o nosso objetivo maior, a emancipação intelectual dos jovens. O uso de estratégias no ensino, como o desenvolvimento de práticas que priorizem a estética, tende a atrair os estudantes ao exercício do filosofar. Por meio da sensibilização, o autor Júlio Cabrera trata do efeito logopático, ou seja, esta linguagem fornece aos estudantes outros meios de vivenciar um problema filosófico, através da sensibilização causada por uma cena ou filme. Ademais, buscamos sistematizar e ordenar o sequenciamento de ações e intervenções deste itinerário filosófico, através do uso de sequências didáticas. Com a construção de métodos, é possível obter maior precisão nas ações em sala, bem como replicar as posturas que lograram êxito, ou mesmo ajustá-las de acordo com cada especificidade, fazendo da emancipação um objetivo palpável capaz de ser fomentada e potencializada em todo ambiente escolar no ensino de filosofia.