ENSINO DE FILOSOFIA NUMA PERSPECTIVA DA ÉTICA DAS VIRTUDES ARISTOTÉLICA: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PARA O ENSINO MÉDIO

Abstract

O presente trabalho intitulado ensino de filosofia numa perspectiva da ética das virtudes aristotélica como uma proposta para o ensino médio surge com o propósito de trazer para o meio escolar reflexões pautadas nos saberes éticos, a fim de ampliar os debates em sala de aula sobre a temática. A construção da pesquisa se deu a partir da problemática com as seguintes questões: como a ética das virtudes pode dar conta dos problemas éticos existente no espaço escolar e/ou na sociedade? É possível trabalhar uma ética clássica nos dias atuais sem transpor ideias prontas ou doutrinar? Como construir saberes éticos no ensino médio a partir de uma intervenção filosófica? Como a ética das virtudes pode contribuir para o exercício da cidadania? Como tentativa de dar respostas para tais questões, desenvolvemos os seguintes objetivos. Construímos com objetivo geral: promover uma ação intervencionista através da prática docente em filosofia, no nível médio da Escola Família Agrícola Santa Ângela. Para os objetivos específicos temos: trabalhar no contexto escolar a partir de uma reflexão sobre a ética das virtudes aristotélica em sala de aula com os discentes; discutir sobre a ética das virtudes aristotélica no ensino de filosofia e utilizar, através de estratégias de ensino, a reflexão e o diálogo sobre a perspectiva das virtudes ética aristotélica como possível evolução crítica reflexiva dos discentes. A pesquisa se desenvolve a partir de um estudo teórico baseado numa análise bibliográfica em livros, artigos, periódicos, dissertações, teses e de um estudo prático em campo, com uma pesquisa-ação, através da execução de uma proposta de intervenção filosófica na sala de aula. O trabalho em prática tem um caráter filosófico de cunho qualitativo, pautado na obra ética a Nicômaco de Aristóteles, assim como de outros comentadores que discutem o tema. Optou-se em trabalhar tal temática numa proposta de intervenção, por achar ainda que a escola é o melhor lugar para se discutir os valores éticos e por acreditar que trabalhar nessa perspectiva possa estimular os discentes a refletir sobre os problemas éticos que afetam a relação de convivência no espaço escolar e sociedade.