O processo subcriativo mitopoético de John Ronald Reuel Tolkien e Clive Staples Lewis como consciência estética do mandato cultural

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Autor(es): dc.contributorBiserra, Wiliam Alves-
Autor(es): dc.creatorLaurentino, Werbson Azevedo-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-10-14T18:47:30Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-10-14T18:47:30Z-
Data de envio: dc.date.issued2019-06-04-
Data de envio: dc.date.issued2019-06-04-
Data de envio: dc.date.issued2019-06-04-
Data de envio: dc.date.issued2018-11-13-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/34697-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/640042-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, Programa de Pós-Graduação em Literatura, 2018.-
Descrição: dc.descriptionEm uma sociedade, a religião exerce influência nos mais variados campos. O cristianismo não está ausente dessa premissa, embora, ultimamente tenha-se sustentado cada vez mais a ideia de uma época pós-cristã, quer dizer, período no qual os valores cristãos não teriam mais a importância que possuíam. Todavia, não se pode fugir por completo do legado trazido, quando da fundação da sociedade ocidental, pelo cristianismo. Como resultado disso, dois discursos aparentemente excludentes – a crença e a arte – encontram-se imbricados. Parece que, sempre que se pensou neles, duas posturas foram prevalentes: uma que afirma o céu em detrimento do telúrico tomando este como mero instrumento para revelar aquele; a outra procura negar o céu e reiterar o telúrico somente. Depreende-se dessa última perspectiva que ela estaria livre da crença. Porém, a visão de mundo que auxilia na produção de uma obra de arte pode ser entendida como uma consciência religiosa. Este fator pode ser consciente ou inconsciente, porquanto, ao se absolutizar algo concernente à vida, seja a ciência, a razão, a arte, ou qualquer outra coisa, está-se deificando esse elemento, ou, como diria Terry Eagleton (2016), buscando-se um vice-rei de Deus. Logo, não haveria neutralidade em nenhum dos posicionamentos. Entretanto, é possível uma posição equilibrada entre esses dois pólos objetivando, assim, o princípio de liberdade criativa. Essa é a proposta de J. R. R. Tolkien e C. S. Lewis fundamentada na teoria subcriativa. Ela é orientada pela consciência religiosa cristã expressa no mandato cultural, o qual diz que o ser humano é imagem e semelhança de Deus e, portanto, não poderia deixar de criar livremente como forma de expressar essa relação de imagem e semelhança. Há paralelos e divergências entre Lewis e Tolkien quanto à execução e, ainda, com relação a mesmo alguns elementos que devem estar presentes na subcriação. Eles, ao escolherem a subcriação como forma distintiva e qualitativa para descrever a poética e a estética a qual se filiavam, demonstram que os valores cristãos ainda permaneciam válidos para a sociedade atual. Dessa forma, usaram a literatura fantástica para fazer críticas à Modernidade, sobretudo no quesito ausência da transcendência. A fantasia literária promoveria alguns elementos, tais como: Fantasia, Escape, Recuperação e, o principal, a Eucatástrofe, isto é, a virada repentina na tragédia que traz o Consolo do Final Feliz. Por conseguinte, essa consciência religiosa seria capaz de trazer beleza, valor, riquezas e conhecimento. Tudo isso alicerçado na ideia da Encarnação divina que daria significado a todos os vislumbres apontados na literatura como um todo, ou como pontuam Tolkien e Lewis, o mito tornou-se fato. A presente dissertação tem o intuito de demonstrar como Tolkien e Lewis concatenaram esses termos e ideias a fim de propor algo inovador e ambicioso.-
Descrição: dc.descriptionIn a society, religion exerts influence in the most different fields. Christianity is not absent from this premise, although the idea of a post-Christian era has lately been more or less sustained, that is to say, a period in which Christian values no longer have the importance they had. Notwithstanding, one cannot completely escape the legacy brought by Christianity when it founded the Western society. As a result, two seemingly exclusive discourses - belief and art - are intertwined. It assumes that whenever one thought of them, two positions were prevalent: one that affirms the sky over the telluric taking it as a mere instrument to reveal that; the other seeks to deny the sky and reiterate the telluric only. It surmises from this latter perspective that it would be free from belief. Nonetheless, the worldview that guides in the production of a work of art can be understood as a religious consciousness. This factor can be either conscious or unconscious, wherefore, by absolutizing something concerning life, whether science, reason, art, or anything else, this element is being deified, or, as Terry Eagleton (2016) would say, seeking a viceroy of God. Therefore, there would be no neutrality in any of the positions. However, a balanced position between these two poles is possible, thus intending the principle of creative freedom. That is the proposal of J. R. R. Tolkien and C. S. Lewis based on the subcreation theory. It is guided by the Christian religious consciousness expressed in the cultural mandate, which says that the human being is the image and likeness of God and therefore could not fail to create freely as a way of expressing that relationship. There are parallels and divergences between Lewis and Tolkien regarding the execution and even some elements that must be present in the sub-creation. When they choosed the subcreation as a distinctive and qualitative way to describe a poetics and an aesthetics to which they were associated, they show that the values are even more valid for a society today. Hence, they used the fantastic literature to criticize Modernity, especially for the absence of transcendence. Literary fantasy exhibites some elements, such as: Fantasy, Escape, Recovery and, the main one, a Eucatastrophe, that is to say, a sudden turn in the tragedy that brings the Consolation of the Happy Ending. For that reason, this religious consciousness would be able to convey beauty, value, riches and knowledge. All of this is based in the idea of the divine Incarnation that would give meaning to all the glimpses pointed out in the literature as a whole, or as Tolkien and Lewis point out, the myth became a fact. The present dissertation aims to demonstrate how Tolkien and Lewis concatenated the terms and ideas in a way that they provide innovative and ambitious.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
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Palavras-chave: dc.subjectTolkien, John Ronald Reuel, 1892-1973 - crítica e interpretação-
Palavras-chave: dc.subjectLewis, Clive Staples, 1898-1963 - crítica e interpretação-
Palavras-chave: dc.subjectReligião e literatura-
Palavras-chave: dc.subjectCristianismo-
Título: dc.titleO processo subcriativo mitopoético de John Ronald Reuel Tolkien e Clive Staples Lewis como consciência estética do mandato cultural-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
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