O ensino da patologia humana e suas relações históricas com o estilo de pensamento a partir da análise de livros-texto

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorCarneiro, Maria Helena da Silva-
Autor(es): dc.creatorTavares, Alexandre Cavalca-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-10-14T18:30:53Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-10-14T18:30:53Z-
Data de envio: dc.date.issued2008-11-18-
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Data de envio: dc.date.issued2008-
Data de envio: dc.date.issued2008-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/1042-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/633509-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Educação, 2008.-
Descrição: dc.descriptionO ensino da Patologia Humana é essencial em diversos cursos da área da saúde. O tratamento didático do conteúdo e a organização do trabalho pedagógico são tarefas do professor, sendo sistematizados de forma tradicional, embasados em livros-texto de apoio. Utilizando a Teoria da Epistemologia Social do Conhecimento Científico, de Fleck, como referencial teórico, podemos dizer que a doença - objeto de estudo da disciplina - é entendida de maneira distinta nas diversas comunidades, científicas ou não, assim como pelos médicos de diferentes especialidades. Os patologistas, núcleo esotérico de compreensão do processo patológico, possuem um estilo de pensamento voltado para a identificação das lesões. A evolução histórica dos conceitos da Patologia mostra que o estudo das lesões se transformou com o aprimoramento da técnica, gerando evidências em níveis cada vez mais detalhados, a partir de uma visão exclusivamente macroscópica, passando a acumular informações microscópicas e moleculares. Com o objetivo de averiguar se a iniciação dos alunos da graduação médica na Patologia propicia o desenvolvimento do ver formativo compartilhado pela comunidade científica, adequando-se à visão da doença - que se transforma ao longo do tempo - foram analisados cinco livros-texto referenciais para o ensino da disciplina em diferentes períodos. O mais antigo, de William Boyd, foi publicado em 1938 e representou um verdadeiro marco na abordagem pedagógica das doenças, encontrando ampla utilização e grande repercussão, também, na área da Educação, sendo considerado por Ausubel como exemplo para o favorecimento da aprendizagem significativa. As demais obras analisadas – as edições de 1957 e de 2005 da Patologia de Robbins e as de 1976 e de 2006 da Patologia de Bogliolo – seguiram a mesma forma de organização do conteúdo que foi instituída por Boyd. Todos os tratados iniciam a apresentação pelos elementos gerais, em capítulos destinados às características comuns das diversas doenças, posteriormente abordando a Patologia específica em capítulos, organizados de acordo com os órgãos e sistemas orgânicos. Entretanto, uma gama enorme de informações foi acrescentada progressivamente, devido à especialização cada vez maior do conhecimento científico. A visão anatômica macroscópica se manteve, na forma de organização e em alguns elementos conceituais, a ela sendo acrescentados os conceitos relacionados com a visão microscópica e a molecular, com um número crescente de autores e colaboradores. Os livros atuais adquiriram um volume desproporcional ao propósito pedagógico da graduação, distanciando-se da finalidade inicial e adquirindo caráter enciclopédico de catálogo de informações. Uma nova forma de organização dos livros, adequada à nova realidade pedagógica, poderia auxiliar o ensino e aprendizagem da Patologia de modo mais efetivo. O tratamento didático do conteúdo deve estar voltado para o desenvolvimento do ver formativo, a fim de que os alunos possam compreender a linguagem e o modo de ver as doenças conforme o estilo de pensamento dos médicos e patologistas, não necessitando, para tanto, conhecer todas as informações descritivas do processo patológico. Da mesma forma, esta preocupação ajudaria os professores na melhor organização do trabalho pedagógico. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT-
Descrição: dc.descriptionTeaching Human Pathology is essential for Health Sciences. The didactic treatment of the content and the pedagogic labor organization are professor’s deeds, both systematized in a traditional fashion, based on textbooks as helpful tools. Using Fleck’s Theory of the Social Epistemology of Scientific Knowledge as a theoretical framework, we may state that the disease – as the study’s subject – is understood in different manners from different communities, whether scientific or not, as well as by doctors from different specialties. The Pathologists, esoterical nucleus in comprehending the pathological process, have a thought style aimed to the identification of lesions. The historical evolution of concepts from Pathology shows that the study of lesions was transformed by technical development, given rise to evidences in more detailed levels, from a look exclusively macroscopic, toward microscopic and molecular information. With intend to verify if initiation of medical graduate students in Pathology favors the development of the formative seeing shared by scientific community, becoming adequate to the way of seeing diseases - that transforms itself along with time - there were analyzed 5 textbooks used as references for teaching in different periods of time. The oldest one, from William Boyd, was published in 1938 and represented a real marc in the pedagogic approach of diseases, finding wide utilization and great repercussion also in the Educational field, being considered by Ausubel as an example for favoring meaningful learning. The other books analyzed – the 1957 and 2005 editions from Robbins’ Pathology; and the 1976 and 2006 from Bogliolo’s – follow the same manner of content organization instituted by Boyd. Each treat starts with a presentation of the general principles, in chapters dedicated to the general characteristics of diseases, further dealing with the specific Pathology in chapters organized according to organs and organic systems. Nevertheless, a great deal of information was progressively added to it, due to the ever greater specialization of scientific knowledge. The anatomical macroscopic look has maintained its organization and some conceptual elements, being added other concepts related with the microscopic and molecular look, finding a growing number of authors and collaborators. Nowadays, the textbook reach a volume unfitted to the pedagogic purpose, becoming far away from the initial destination and acquiring an encyclopedic character of information catalog. A new form of organization, more adequate to the pedagogic aims, could facilitate the teaching and learning Pathology in a more efficient way. The didactic treatment of the content shall face the development of formative seeing, in a manner that students may be able to comprehend the specific language and the way of defining disease that are part of the Pathologists’ thought style, not being necessary to know all the information that describe the pathological process. The teachers, as well, should concern it to better organize the pedagogic labor.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Palavras-chave: dc.subjectEnsino de Patologia-
Palavras-chave: dc.subjectLivro-texto-
Palavras-chave: dc.subjectAprendizagem-
Título: dc.titleO ensino da patologia humana e suas relações históricas com o estilo de pensamento a partir da análise de livros-texto-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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