As mudanças nos modos de vida em relação ao avanço da soja na Amazônia : estudo de caso em comunidade rural, município de Santarém-PA, área de influência da BR-163

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MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorDrummond, José Augusto Leitão-
Autor(es): dc.contributorOestreicher, Jordan Sky-
Autor(es): dc.contributorlígiameres@gmail.com-
Autor(es): dc.creatorValadão, Lígia Meres-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-10-14T18:30:12Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-10-14T18:30:12Z-
Data de envio: dc.date.issued2020-04-16-
Data de envio: dc.date.issued2020-04-16-
Data de envio: dc.date.issued2020-04-16-
Data de envio: dc.date.issued2019-08-21-
Fonte completa do material: dc.identifierhttps://repositorio.unb.br/handle/10482/37512-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/633240-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Centro de Desenvolvimento Sustentável, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável, 2019.-
Descrição: dc.descriptionO avanço da soja na Amazônia se intensificou a partir da década de 2000. No estado do Pará, a área cultivada com soja quadruplicou entre os anos de 2012 e 2017. Associado a isso, o Pará é o estado que apresenta as maiores taxas de desmatamento no Bioma Amazônia no mesmo período. Diante da expansão da fronteira da soja no estado, o estudo focalizou a região de Santarém, um dos polos da produção sojeira no Pará. O objetivo do estudo foi analisar os modos de vida de comunidades rurais na Amazônia e como eles são afetados pelas mudanças de uso da terra associadas à entrada da soja, por meio de um estudo de caso na comunidade de Igarapé do Pimenta, área de influência da rodovia BR-163, situada no município de Santarém. Os modos de vida (do inglês, livelihoods) são os diferentes meios de ganhar a vida, as práticas cotidianas associadas ao trabalho, à vida familiar e a como essas práticas se inter-relacionam com relações sociais mais amplas. Com base no modelo conceitual dos modos de vida associados à paisagem e à resiliência social, foi elaborado um modelo que associa as diferentes trajetórias dos modos de vida à sua resiliência ou à sua fragilidade. O trabalho de campo foi feito entre os meses de agosto e outubro de 2017. Foram realizadas entrevistas gravadas, com o objetivo de obter informações sobre as características sócio-demográficas da população, o perfil de renda, as características das propriedades e das atividades produtivas, bem como as percepções de mudanças ambientais, da produção agrícola e das mudanças geradas pela chegada dos produtores de soja na região. Foram entrevistados 43 moradores (82,3% das famílias). Foi constatado que, de modo geral, os modos de vida que dependem da utilização das áreas agrícolas para fins de subsistência e comerciais são os que têm maior grau de resiliência. Modos de vida que dependem de provimentos do governo são os que apresentam maior fragilidade, pois o uso menos intensivo das áreas leva à venda dos terrenos aos sojicultores. Os modos de vida associados aos empregos não-rurais, apesar de não levarem à venda das terras aos sojicultores, usam espaços pequenos e apresentam um uso mais residencial que agrícola. Nos últimos cinco anos, um terço da comunidade passou por mudanças nos seus modos de vida. A maior parte das mudanças ocorreu entre agricultores que se tornaram dependentes de provimentos do governo. Uma pequena parte de famílias se tornou exclusivamente empregada e deixou de cultivar as suas roças. Novas famílias estabelecidas na localidade têm modos de vida associados a empregos não rurais e à agricultura de subsistência. Ao longo dos últimos cinco anos, todos os modos de vida reduziram as práticas da coleta de frutos da mata, da caça e da produção das roças (que diminuíram de tamanho e diversidade). Foi constatado, ainda, que os moradores percebem que as mudanças com a entrada da soja se relacionam com o desmatamento e a utilização de agrotóxicos. Os agrotóxicos prejudicam a saúde dos moradores e reduzem a produção das suas roças. Foram identificadas poucas estratégias de adaptação à presença da soja. Essas estratégias são associadas à adoção do uso de agrotóxicos e da horticultura orgânica. A significância do estudo está em contribuir para identificar distintas dinâmicas familiares de comunidades rurais e como elas estão sujeitas e respondem a vetores de mudança. Políticas públicas e ações de extensão podem ser formuladas de maneira mais eficaz a partir das especificidades levantadas por estudos como esse.-
Descrição: dc.descriptionCoordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).-
Descrição: dc.descriptionSoybean plantations intensified their progress into the Brazilian Amazon region after 2000. Between 2012 and 2017 areas cultivated with soybeans in the state of Pará quadrupled. Associated with this, during the same period Pará displayed Brazil’s highest deforestation rates. Given the momentum of the soybean frontier in Pará, this research focused on the rural area of the municipality of Santarém, one of the Para’s major soybean production centers. The goal was to study how the livelihoods of rural Amazonian communities are affected by changes in land use associated with entrepreneurial soybean production. This goal was pursued by means of a case study of the Igarapé do Pimenta community, located in the municipality of Santarém and inside the area of influence of the important BR-163 highway. Livelihoods are understood as the different ways of making a living, together with everyday practices associated with work and family organization. The approach includes the examination of how these practices are linked to more encompassing social relations. Based on the concept of livelihood and its connections with landscape and social resilience, a model was constructed in order to associate the different trajectories of livelihoods to their resilience or their vulnerability. Fieldwork was conducted in the second semester of 2017. Taped interviews were made with community residents, seeking to obtain information about their socio-demographic attributes – income, land holding patterns and productive activities – and their perception of the changes in the natural environment and in agricultural output brought about by incoming soybean producers and production. The research found that in general resilience is stronger in the case of livelihoods that depend on subsistence and commercial agriculture conducted on small plots. Livelihoods dependent on income transfers from the federal government are the most fragile, because reduced agricultural use leads to plots being sold to soybean producers. Livelihoods associated with non-rural jobs, despite not leading to land sales to soybeans producers, end up cultivating small areas and transforming properties into residential areas. One third of the community went through changes in their livelihoods since 2012. Most changes occurred among farmers who became dependent on income transfers. A small number of community members became dedicated exclusively to their jobs and no longer engaged in agricultural work. The livelihood of newly established families is associated with non-rural jobs and subsistence agriculture. Since 2012 all livelihoods reduced the collection of forest products and hunting and cultivated smaller areas with an impoverished diversity of cultivated plants. It was found also that community members relate the progress of soybean plantations to increased deforestation and the use of agricultural chemicals. These chemicals have had negative effects on residents’ health and on their agricultural output. Research found only a few adaptive strategies to the presence of soybean plantations, namely the use of agricultural chemicals and the adoption of organic gardening. The significance of this study lies in its contribution to the identification of the distinct forms of family dynamics in rural communities subjected to strong change trajectories. Public policies and extension activities can be drafted and applied more efficiently when they are informed about specificities identified by studies such as this one.-
Descrição: dc.descriptionL’avancée du soja en Amazonie s’est intensifiée à partir des années 2000. Dans l’état du Pará, l’étendue des terres cultivées pour le soja a quadruplé entre 2012 et 2017. En outre, l’état du Para est celui qui présente les taux les plus élevés de déforestation dans le Biome de l’Amazonie pour la même période. Face à l’expansion croissante du soja dans les frontière de l’état, l’étude s’est concentrée sur la région de Santarém, un des pôles de la production du soja dans le Pará. L’objectif de cette étude était d’analyser les modes de vie des communautés rurales en Amazonie et comment ils sont affectés par les changements d’utilisation des terres associées à l’entrée du soja, à travers une étude de cas sur la communauté du Bayou du poivre, la zone d’influence de la route BR-163 dans la municipalité de Santarém. Les modes de vie (livelihoods, terme d’origine en anglais) sont les différentes manières de gagner sa vie, les pratiques quotidiennes liées au travail, à la vie familiale et comment celles-ci interagissent avec les relations sociales plus amples. Basé sur le modèle conceptuel des modes de vie associés au paysage et la résilience sociale, un modèle qui associe les différentes trajectoires des modes de vie à sa résilience ou à sa fragilité fut élaboré. Le travail de terrain a été fait entre les mois d’août et octobre 2017. Des entrevues ont été réalisées, afin d’obtenir des informations sur les caractéristiques sociodémographiques de la population, sur le profil économique, sur les caractéristiques des propriétés, sur les activités productives, ainsi que les perceptions des modifications de l’environnement sur la production agricole et sur les changements générés par l’arrivée des producteurs de soya dans la région. 43 (82,3 %) familles ont été interviewés. Il a été constaté que, en règle générale, les modes de vie qui dépendent de l’utilisation des zones agricoles pour la subsistance et à des fins commerciales ont un degré de résilience élevé. Les modes de vie qui dépendent du recours du gouvernement sont ceux qui ont une plus grande fragilité, car l’utilisation moins intense des terres mène à la vente de celles-ci aux sojiculteurs. Les modes de vie associés aux emplois non ruraux, bien qu’ils ne vendent pas leurs terres à sojiculteurs, utilisent de petits espaces et génèrent une exploitation plus résidentielle qu’agricole. Au cours des cinq dernières années, un tiers de la communauté a traversé des changements quant à leurs modes de vie. La plupart des changements ont eu lieu entre les agriculteurs qui sont devenus dépendants des recours du gouvernement. Une petite partie des familles est devenue exclusivement employée et ne cultive plus leurs plantations. Les nouvelles familles établies dans la localité ont des modes de vie liées à des emplois non ruraux et à l’agriculture de subsistance. Au cours des cinq dernières années, tous les modes de vie ont réduit la collecte des fruits de la forêt, de la chasse et de la production des terres. Les plantations ont diminué en taille et en diversité. Il a été constaté que les résidents se rendent compte que les changements liés à l’entrée du soja sont relationnés à la déforestation et à l’utilisation des pesticides. Ces derniers affectent la santé des habitants et réduisent la production de leurs plantations. Peu de stratégies d’adaptation au soja ont été identifiées, celles-ci étant plus associé à l’adoption de l’utilisation des pesticides agricoles et de l’horticulture biologique. L’importance de l’étude est d’aider à identifier la dynamique familiale des différentes communautés rurales, et comment ils sont soumis à des vecteurs de changement. Des politiques publiques et des actions d’extension peuvent être élaborées à partir des spécificités soulevées par des études comme celle-ci.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectAmazônia - aspectos ambientais-
Palavras-chave: dc.subjectComunidades rurais-
Palavras-chave: dc.subjectSoja - cultivo-
Palavras-chave: dc.subjectDesmatamento - Amazônia-
Palavras-chave: dc.subjectUso da terra-
Título: dc.titleAs mudanças nos modos de vida em relação ao avanço da soja na Amazônia : estudo de caso em comunidade rural, município de Santarém-PA, área de influência da BR-163-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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