Efeito do consumo do tucum do cerrado (Bactris setosa) no estresse oxidativo induzido por ferro em ratos

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorArruda, Sandra Fernandes-
Autor(es): dc.contributorSiqueira, Egle Machado de Almeida-
Autor(es): dc.creatorDourado, Lívia Pimentel de Sant'Ana-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-10-14T18:18:54Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-10-14T18:18:54Z-
Data de envio: dc.date.issued2013-04-29-
Data de envio: dc.date.issued2013-04-29-
Data de envio: dc.date.issued2013-04-29-
Data de envio: dc.date.issued2012-10-29-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/12953-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/628629-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, Departamento de Nutrição, 2012.-
Descrição: dc.descriptionTexto parcialmente liberado pelo autor. Conteúdo restrito: Metodologia, Resultados e Discussão.-
Descrição: dc.descriptionIntrodução e objetivo: O consumo de frutas e hortaliças tem sido inversamente associado à incidência de doença crônicas e ao processo de envelhecimento. Esse potencial protetor parece estar associado à presença, nesses alimentos, de compostos bioativos que exercem atividade antioxidante, reduzindo a geração de espécies reativas, causadores de danos oxidativos celulares. Na literatura, os poucos relatos acerca do potencial antioxidante de frutos do Cerrado apontam esses como uma boa fonte de agentes antioxidantes. O objetivo do presente trabalho foi avaliar in vitro o potencial antioxidante de doze frutos do cerrado e testar a hipótese que o tucum, fruto que apresentou alto teor de fenólicos totais e potencial antioxidante, quando consumido in natura é capaz de proteger os tecidos contra danos oxidativos gerados pelo excesso de ferro. Metodologia: Estudo in vitro. O conteúdo de fenólicos totais dos extratos aquoso e acetato etílico de 9 frutos (araticum - Annona crassiflora Mart.; cagaita - Eugenia dysenterica DC.;; ingá - Inga laurina Willd.; jatobá-do-cerrado - Hymenaea stigonocarpa Mart.; jenipapo - Genipa americana L.; jurubeba - Solanum paniculatum L.; lobeira - Solanum grandiflorum Ruiz & Pav.; mangaba - Hancornia speciosa Gomes; e tucum do cerrado - Bactris setosa Mart); 1 pseudofruto (cajuzinho-do-cerrado - Anacardium humile) e 1 caule (guariroba - Syagrus oleracea Mart. Becc.) típicos do cerrado foi determinado pelo método de Folin Ciocateau. Estudo in vivo. Vinte e quatro ratos Wistar machos foram tratados durante 30 dias com uma das seguintes dietas: (Controle) AIN-93G; (Fe) AIN-93G + 350 mg / kg de ferro; (Tu) AIN- 93G + 15% de tucum; (FeTu) AIN-93G + 350 mg / kg de ferro + 15% de tucum. O fígado, baço, coração, intestino, rim e cerébro foram retirados para determinação dos níveis de malondialdeído (MDA); proteínas carboniladas e concentração de ferro. A atividade específica das enzimas antioxidantes catalase (CAT), glutationa redutase (GR), glutationa peroxidase (GPX), glutationa-s-transferase (GST) e da enzima oxidante NADPH oxidase foi também determinada nesses órgão. O potencial antioxidante total do soro foi determinado pelo método do potencial de redução do Fe (Ferric Reducing Ability of Plasma – FRAP). A análise estatística dos dados foi feita pelo teste T amostras independentes utilizando o programa SPSS, com nível de significância considerado de p ≤ 0,05. Resultados: Todos os extratos aquosos, a exceção daquele obtido da lobeira, apresentaram maior concentração de fenólicos totais, quando comparados aos extratos de acetato etílico. Os extratos de acetato etílico da lobeira, jenipapo, araticum e tucum apresentaram maior valor de fenólicos totais (1.166 ± 98; 651 ± 61; 580 ± 143; 540 ± 92 mg TAE / 100 g fruto seco), quando comparados ao extrato de maçã (151 ± 26 mg TAE / 100 g fruto seco). No caso dos extratos aquosos o tucum, ingá, jurubeba, cagaita, araticum, jenipapo, mangaba e cajuzinho (3.343 ± 664; 1.506 ± 55; 1.352 ± 226; 1.203 ± 53; 1.095 ± 159; 1.015 ± 62; 842 ± 60 e 455 ± 55 mg TAE / 100 g seco) apresentaram valores de fenólicos totais maiores que os valores da maçã (273 ± 15 mg TAE / 100 g seco). Em relação ao estudo in vivo, a suplementação de ferro diminuiu o consumo de dieta (p = 0,038), aumentou a concentração de ferro e MDA no fígado (p = 0,000 e 0,002, respectivamente) dos ratos Fe, quando comparados ao grupo Controle. No intestino, o grupo Fe apresentou maior concentração de ferro e o grupo Tu menor, quando comparados ao Controle (p = 0,011 e 0,019, respectivamente). Enquanto no grupo FeTu, o teor foi marginalmente maior que o grupo Fe e igual ao Controle (p = 0,095 e 0,170, respectivamente). Não foram observadas diferenças na concentração de proteína carbonilada nos diversos tecidos entre os grupos estudados. O consumo de tucum reduziu os níveis de MDA no fígado dos animais suplementados com ferro (grupo FeTu) em relação ao grupo Fe (p = 0,013), e aumentou o poder redutor do soro, tanto na presença quanto na ausência da suplementação de ferro, grupos Tu e FeTu, em relação ao grupo Controle (p = 0,006 e 0,011, respectivamente). A enzima GPX apresentou maior atividade no intestino, enquanto a GST no rim dos ratos suplementados com ferro em relação ao Controle (p = 0,046 e 0,043, respectivamente). A catalase, GR e GST tiveram a atividade diminuída no grupo FeTu, quando comparadas ao grupo Fe (p = 0,033; 0,014 e 0,018) no rim. Conclusão: O alto teor de fenólicos totais do extrato aquoso de tucum, associado ao maior potencial redutor do soro dos animais tratados com esse fruto, demonstra que o tucum possui potencial antioxidante. Apesar do fino mecanismo de regulação dos níveis endógenos de ferro do organismo, sua suplementação dietética pode resultar em sobrecarga no tecido de armazenamento e consequente aumento de danos oxidativos a lipídeos. O consumo de tucum in natura associado à dieta parece proteger o organismo de ratos contra danos oxidativos catalisados por ferro. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT-
Descrição: dc.descriptionBackground and aim: The consumption of fruits and vegetables has been inversely associated with the incidence of chronic disease and the aging process. This protective potential appears to be associated with the presence of bioactive compounds in these foods that exert antioxidant activity, reducing the generation of reactive species, which cause cellular oxidative damage. In the literature, few reports about the antioxidant potential of the Cerrado fruits point as a good source of antioxidants agents. The aim of this study was to evaluate the antioxidant potential of twelve fruits of cerrado in vitro and test the hypothesis that tucum, fruit that had high total phenolic content and antioxidant potential in vitro, when consumed in natura can protect tissues against oxidative damage generated by excess of iron. Methods: Study in vitro. The total phenolic content of aqueous and ethyl acetate extracts of 9 fruits (araticum - Annona crassiflora Mart.; cagaita - Eugenia dysenterica DC.; ingá - Inga laurina Willd.; jatobá-do-cerrado - Hymenaea stigonocarpa Mart.; jenipapo - Genipa americana L.; jurubeba - Solanum paniculatum L.; lobeira - Solanum grandiflorum Ruiz & Pav.; mangaba - Hancornia speciosa Gomes; and tucum do cerrado - Bactris setosa Mart); 1 pseudofruit (cajuzinho-do-cerrado - Anacardium humile) and 1 palm (guariroba - Syagrus oleracea Mart. Becc.) typical of cerrado was determined by Folin Ciocateau method. Study in vivo. Twenty-four male Wistar rats were treated for 30 days with one of the following diets: (Control) AIN-93G; (Fe) AIN-93G + 350 mg / kg of iron; (Tu) AIN-93G + 15% tucum; (FeTu) AIN-93G + 350 mg / kg iron + 15% tucum. The liver, spleen, heart, intestine, kidney and brain were removed to determine the levels of malondialdehyde (MDA), carbonyl protein and iron concentration. The specific activity of the antioxidant enzymes catalase (CAT), glutathione reductase (GR), glutathione peroxidase (GPX), glutathione-s-transferase (GST) and the oxidant enzyme NADPH oxidase was also determined in these tissues. Total Serum Antioxidant Potential was determined by the method of ferric reducing antioxidant power (Ferric Reducing Ability of Plasma - FRAP). The statistical analysis was performed by independent samples T-test using SPSS (version 19.0, SPSS Inc., Chicago, IL, USA). Results: All aqueous extracts, except that obtained from lobeira, had higher concentration of total phenolics compared to the ethyl acetate extracts. The total phenolic content of ethyl acetate extracts of lobeira, jenipapo, araticum and tucum was higher (1,166 ± 98, 651 ± 61, 580 ± 143, 540 ± 92 mg TAE / 100 g dry fruit) than that obtained for apple extract (151 ± TAE 26 mg / 100 g dry fruit). In the case of aqueous extracts, the tucum, ingá, jurubeba, cagaita, araticum, jenipapo, mangaba and cajuzinho (3,343 ± 664; 1506 ± 55, 1352 ± 226, 1203 ± 53, 1095 ± 159; 1015 ± 62, 842 ± 60 and TAE 455 ± 55 mg / 100 g dry fruit) showed values higher than the total phenolic of apple extract (273 ± 15 mg TAE / 100 g dry fruit). Regarding the in vivo study, the iron supplementation decreased the consumption of diet (p = 0.038), increased the concentration of iron and MDA in the liver (p = 0.000 and 0.002, respectively) of the rats of Fe group compared to Control group. In the intestine, the Fe group showed higher iron concentration and the Tu group lower compared to control (p = 0.011 and 0.019, respectively), while in FeTu group the content was marginally higher than the Fe group and equal to the Control (p = 0.095 and 0.170 respectively). There were no differences in the concentration of carbonyl protein in the different tissues between the groups of study. The consumption of tucum reduced MDA levels in the liver of animals supplemented with iron (group FeTu) compared to Fe group (p = 0.013), and increased the reducing power of serum in the presence and absence of iron supplementation, Tu and FeTu groups, compared to the Control group (p = 0.006 and 0.011, respectively). The enzyme GPX showed higher activity in the intestine, while the GST in the kidney of rats supplemented with iron compared to Control (p = 0.046 and 0.043, respectively). The specific activity of CAT, GR and GST decreased in the FeTu group compared to the Fe group (p = 0.033, 0.014 and 0.018) in the kidney. Conclusion: The high content of total phenolic in aqueous extract of tucum, associated with the greatest reducing potential of serum of the animals treated with this fruit, demonstrates that tucum has antioxidant potential. Despite the fine mechanism of endogenous iron levels regulation, their dietary supplementation can result in overload in the storage tissues and a consequent increase in oxidative damage to lipids. The consumption of tucum in natura associated to the diet seems to protect the organisms of rats against oxidative damage catalyzed by iron.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Direitos: dc.rightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data.-
Palavras-chave: dc.subjectFrutas - Cerrados-
Palavras-chave: dc.subjectAntioxidantes-
Palavras-chave: dc.subjectProteínas-
Título: dc.titleEfeito do consumo do tucum do cerrado (Bactris setosa) no estresse oxidativo induzido por ferro em ratos-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

Não existem arquivos associados a este item.