A independência do sofrimento em relação ao número de incidentes de violência sexual, segundo a subjetividade das (dos) sobreviventes

Registro completo de metadados
MetadadosDescriçãoIdioma
Autor(es): dc.contributorCampos Júnior, Dioclécio-
Autor(es): dc.creatorBezerra, Valdi Craveiro-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-10-14T17:54:27Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-10-14T17:54:27Z-
Data de envio: dc.date.issued2009-09-23-
Data de envio: dc.date.issued2009-09-23-
Data de envio: dc.date.issued2008-
Data de envio: dc.date.issued2008-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/1750-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/618989-
Descrição: dc.descriptionTese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Medicina, 2008.-
Descrição: dc.descriptionContexto – Nas várias definições de violência sexual, a percepção das (dos) sobreviventes não participa dos critérios utilizados. As conseqüências são limitadas à prevalência de sintomas e transtornos mentais, e os vários incidentes sofrido pelo mesmo sujeito são aglutinados em um caso. Objetivo - Verificar a persistência do sofrimento nos incidentes de violência sexual na infância e adolescência e seus fatores associados e, testar a hipótese de independência entre os diferentes incidentes vividos pelo mesmo sujeito e o sofrimento causado. Métodos: Estudo transversal em 93 sujeitos totalizando136 incidentes de violência sexual com 33% de múltiplos incidentes. Foram usados os testes de Mann-Whitney e o Teste da Mediana e o teste do Qui-quadrado de Pearson ou Fisher quando necessário (Į= 0,05). Para análise multivariada utilizou-se a Regressão Logística, método Backward Stepwise. Resultados: Os incidentes ocorreram em 82% na faixa etária de 5 a 14 anos. A prevalência da persistência do sofrimento foi de 70% e não houve diferença estatística entre o grupo que sofreu um e o grupo com dois incidentes (p=0,42) ou entre os últimos e quem sofreu três ou mais incidentes (p=0,13). No entanto, apresentou relação significante com: duração maior que 180 dias (p=0, 014) e o número maior que 15 eventos por incidente (p=0,007), violência sexual com contato (p=0.021), e com penetração (p = 0.003), ser ameaçada (p = 0.004) e sentir-se como “coisa” (p = 0.004). Não houve diferença entre os casos de violência sexual com penetração por dedos, pênis ou língua em vagina, ânus ou boca. Na análise multivariada foram significativos estatisticamente a duração acima de 180 dias (p=0,003; OR 3,98) e VS com penetração (p=0,002; OR 4,53). Conclusões: A persistência do sofrimento independe do número de incidentes sofridos pelo mesmo sujeito e sua prevalência não diminui em função do tempo. A utilização da subjetividade das (dos) sobreviventes na pesquisa amplia sobremaneira a compreensão da violência sexual e suas conseqüências. ______________________________________________________________________________________ ABSTRACT-
Descrição: dc.descriptionContext: The consequences of child sexual abuse (CSA) have been evaluated by the objective analyses of mental and physical disorders. However, this approach ignores the peculiarities of each abuse incident and considers that many incidents suffered by a same individual results in a single effect. Objective: We tested the hypothesis that suffering generated by CSA is independent of the number of incidents suffered by a same victim. We used the subjective perspective of victims of one or more CSA incidents to assess, for each incident, the persistence of suffering (PS) and related factors. Methods: a cross-sectional study was carried out on 93 victims from 136 incidents of sexual abuse (33% repeated incidents). PS concerning the incidents and its relation to the perpetrator and victim characteristics were assessed in interviews. Results: Most of the victims (82%) were aged between 5 and 14 years. PS was detected in 70% of the victims and was similar between victims of one or two abuse incidents (P=0.42) and between victims of two or more incidents (P=0.13). PS was associated to CSA if the incident lasted more than 180 days (P = 0. 014) or comprised more than 15 events per incident (P = 0.007), if the abuses involved physical contact (P=0.021) or penetration (0.003), “survivor threat” (P = 0.004) and if the victim “felt like an object” (P = 0.004). The Logistic Regression model selected six variables, but only two were significant: CSA duration for over 180 days (P=0.003; OR 3.98) and CSA with penetration (P=0.002; OR 4.53). Conclusions: The perception of suffering does not depend of the number of sexual abuse incidents inflicted on a same individual and persists in most of the cases (70%). Suffering is not ameliorated over time and its persistence is not related to variables usually associated to the severity of the sexual abuse. The consideration of survivor subjectivity in this kind of research widens our understanding of sexual abuse and its consequences.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Palavras-chave: dc.subjectCrime sexual-
Palavras-chave: dc.subjectTrauma psíquico-
Palavras-chave: dc.subjectViolência doméstica-
Palavras-chave: dc.subjectSofrimento-
Título: dc.titleA independência do sofrimento em relação ao número de incidentes de violência sexual, segundo a subjetividade das (dos) sobreviventes-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

Não existem arquivos associados a este item.