Menino de Engenho e a dialética de uma literatura que se autoquestiona

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Autor(es): dc.contributorCorrêa, Ana Laura dos Reis-
Autor(es): dc.creatorBrito, Antonio Cezar Nascimento de-
Data de aceite: dc.date.accessioned2021-10-14T17:39:24Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2021-10-14T17:39:24Z-
Data de envio: dc.date.issued2009-01-27-
Data de envio: dc.date.issued2009-01-27-
Data de envio: dc.date.issued2009-01-27-
Data de envio: dc.date.issued2008-02-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://repositorio.unb.br/handle/10482/1121-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/613136-
Descrição: dc.descriptionDissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Teoria Literária e Literaturas, 2008.-
Descrição: dc.descriptionO presente trabalho é um estudo sobre o romance Menino de engenho, de José Lins do Rego, sob a perspectiva da crítica histórico-materialista, que tem como pressuposto a leitura da obra literária como representação do Brasil, em que as contradições históricas que acompanham a formação do país são apreendidas e internalizadas esteticamente na forma literária. A hipótese que norteia essa pesquisa centra-se na mudança de posição do narrador do romance que, em um movimento de aproximação e distanciamento entre aquele que narra e o seu eu narrado e entre o narrador e a matéria da narrativa, remete a um movimento dialético da formação do Brasil, marcado por contradições histórico-sociais que caracterizam a condição de país subdesenvolvido. Para desenvolvermos essa hipótese, partimos da contextualização do chamado ciclo da cana-de-açúcar , do qual Menino de engenho é o primeiro romance, procurando demonstrar como as contradições da formação histórica do país são internalizadas pelo escritor com base em um programa que norteou a produção do romance na década de 1930. Em seguida, analisamos a estrutura do romance, a formação do narrador e a maneira como a narrativa é elaborada, evidenciando o conflito entre o narrador e a matéria narrada e o movimento dialético de aproximação e distanciamento entre o narrador Carlos de Melo e o menino Carlinhos que vivenciou a matéria de que se compõe a narrativa. Investigamos a relação entre o personagem e o narrador a partir da concepção do narrador como representante daquele que, por não poder se auto-representar, lhe outorga o poder de representação. Como o personagem representado é um outro em relação ao narrador, a representação não é possível de ser efetivada de todo porque não é isenta de um posicionamento de classe. Abordamos ainda, nesse capítulo, o problema do autoquestionamento literário, em que a literatura, ao voltar-se para si mesma, se configura como espaço de lutas discursivas. Dessa maneira, em Menino de engenho, a literatura volta-se sobre si para se questionar sobre sua forma de representar aqueles que não podem se auto-representar. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT-
Descrição: dc.descriptionThis thesis investigates the Menino de engenho novel written by José Lins do Rego. The study was draw on the historical−μaterialist criticisμ perspective which presupposes the literary work as a representation of Brazil where the historical contradictions through out the country developμent are stored and internalized aesthetically as literary. The hypothesis that guides this research is focused on the changing position of the novel narrator who, in a μoveμent of rapprocheμent and distance between that who tells the story and his I−narrated and also between the narrator and the narrative μatter, refers to a dialectic μoveμent of the Brazil s forμation μarked by historical and social contradictions that characterize the condition of an undeveloped country. In order to check this hypothesis, we considered first the contextualization of the so−called sugar cane cycle , where Menino de engenho is the first novel. We atteμpted to show how the contradictions froμ the country historical forμation are internalized by the writer based on a prograμ which guided the production of the novel in the 1930 s. After that we analyzed the structure of the novel, the narrator forμation and how the narrative is developed, highlighting the conflict between the narrator Carlos de Melo and the boy called Carlinhos who lived in the μatter that coμposes the narrative. We investigated the relationship between the character and the narrator froμ the narrator conception as a representative of that who can not be self−represented, and as a consequence he gives this power to the narrator. As the character represented in the novel is another one in relation to the narrator, the representation is not possible to be done as a whole because it is not free froμ a class position. Furtherμore, we also approached in this chapter, when the literature is turned to itself it sets a space of discursive struggles coμμitted with the explorations of popular classes. Thus, in Menino de engenho, the literature turns to itself in order to question about a way to represent those who can not be self−represented.-
Formato: dc.formatapplication/pdf-
Direitos: dc.rightsAcesso Aberto-
Palavras-chave: dc.subjectEstilo literário-
Palavras-chave: dc.subjectLiteratura brasileira-
Título: dc.titleMenino de Engenho e a dialética de uma literatura que se autoquestiona-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional – UNB

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