Percepção de mulheres em relação à assistência em maternidade pública de Marechal Hermes: um estudo fenomenológico

Abstract

A gestação é fase ímpar na vida de uma mulher, correspondendo ao período que antecede o parto. A insatisfação por parte de gestantes, em relação à assistência ao parto em instituições de saúde públicas e privadas e ações compondo a denominada violência obstétrica no atendimento às gestantes culminaram na lei que em 2003 institui a Política Nacional de Humanização. Não obstante regulamentação pertinente que garante o direito de dar à luz de forma digna, ainda merece melhora a assistência às gestantes no momento do parto, tanto em termos institucionais quanto profissionais. Embora a Política de Humanização já se tenha implementado nas maternidades públicas cariocas e haja vista o sucesso de políticas, entre as quais a Cegonha Carioca, nota-se ainda descontentamento relativo ao tratamento dispensado às parturientes e neste espaço se enfatiza o Sistema Único de Saúde. Objetivo: Compreender a percepção de puérperas que deram à luz na maternidade pública municipal Alexsander Fleming localizada em Marechal Hermes, bairro da zona norte do município do Rio de Janeiro/RJ, em relação à assistência recebida durante o parto. Descrever como as gestantes vivenciaram a dor do parto e caracterizar o perfil das gestantes usuárias do Sistema Único de Saúde, além de analisar em Maurice Merleau-Ponty como as gestantes vivenciam o corpo, dando a luz a outro ser foram também objetivos em pauta. Método: Realizaram-se entrevistas fenomenológicas com puérperas, internadas na maternidade Alexsander Fleming, que viveram a experiência do parto normal ou cesáreo.