MEMÓRIA NA ESCOLA, PARA QUÊ?

Abstract

Durante anos, os processos de aprendizagem foram estudados por diversos pesquisadores e educadores de todo o mundo sob diferentes enfoques, isoladamente por áreas. Atualmente, porém, temos visto a dedicação de alguns pesquisadores em compreender esses mesmos processos perpassando por aspectos biológicos, psicológicos e sociais, de maneira mais integrada. Por isso, especificamente, abordaremos aqui os aspectos biológicos e psicológicos da memória na aprendizagem que, inclusive, vêm sendo divulgados em pesquisas científicas recentes, e apontam caminhos que podem vir a otimizá-la em contextos escolares específicos. Isso porque, se a aprendizagem tem relação com a forma de processar a informação, os processos internos devem se tornar o foco de atenção dos docentes, pois é preciso conhecer “como” os sujeitos aprendem, e não só “o que” eles aprendem. Torna-se, então, necessário compreender que os alunos, por pertencerem à espécie humana, possuem uma biologia cerebral que tem o cérebro como o principal responsável pelo processamento, armazenamento e recuperação das informações adquiridas. Em razão disso, conhecer e entender os processos de aprendizagem que incluem o estudo do funcionamento do sistema nervoso e, principalmente, do cérebro se tornou um dos temas mais importantes de pesquisa de educadores que procuram nos fundamentos das neurociências um apoio para suas práticas pedagógicas. Assim, este guia didático objetiva auxiliar os professores com informações que possam contribuir para sua formação ao aprenderem alguns fundamentos das neurociências e da psicologia aplicadas às práticas pedagógicas ao possibilitar a compreensão do papel da memória na aprendizagem. Objetiva também fornecer sugestões do uso das tecnologias de informação e comunicação e do laboratório de ciências como possibilidades de tornar as aulas um ambiente mais propício ao desenvolvimento cognitivo e da aprendizagem.