Os sentidos da preservação: história da arquitetura e práticas preservacionistas em São Paulo (1937-1986).

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Autor(es): dc.contributorMata, Sérgio Ricardo da-
Autor(es): dc.creatorLowande, Walter Francisco Figueiredo-
Data de aceite: dc.date.accessioned2019-11-06T13:27:15Z-
Data de disponibilização: dc.date.available2019-11-06T13:27:15Z-
Data de envio: dc.date.issued2013-03-21-
Data de envio: dc.date.issued2013-03-21-
Data de envio: dc.date.issued2010-
Fonte completa do material: dc.identifierhttp://hdl.handle.net/123456789/2591-
Fonte: dc.identifier.urihttp://educapes.capes.gov.br/handle/capes/555678-
Descrição: dc.descriptionEste trabalho trata das práticas preservacionistas nacionais a partir de uma abordagem historiográfica. Seu objetivo é investigar como duas estratégias narrativas distintas, que visaram conferir sentido à noção de “evolução da arquitetura brasileira”, lograram instituir inovações no seio das práticas preservacionistas nacionais, em dois diferentes períodos de sua trajetória. O primeiro deles se refere à atuação do arquiteto paulista Luís Saia, entre os anos de 1937 e 1975, quando, por intermédio da noção de “evolução regional paulista”, conseguiu inserir no rol dos monumentos tombados pelo IPHAN uma série de edifícios que diriam respeito à contribuição paulista para a construção da nacionalidade. O segundo período diz respeito à atuação de outro arquiteto paulista, Nestor Goulart Reis Filho, cuja noção de “evolução urbana” mostrou-se eficaz num contexto em que as práticas preservacionistas se deparavam com novas demandas sociais, econômicas e culturais. Desse modo, um dos objetivos deste trabalho é sugerir, primeiramente, por meio de um recorte temporal e espacial específico, que os órgãos responsáveis pelas práticas preservacionistas nacionais caracterizaram-se muito mais pelo acordo entre dissensos que pela imposição de consensos, de modo que, ao contrário do que se tem afirmado, o que deve ser analisado é como indivíduos subordinados à órgãos como o IPHAN puderam agir, consoante suas aspirações pessoais e diante das limitações impostas por um consenso mínimo (ou seja, frente ao acordo em torno da existência de uma linha evolutiva nacional a indicar os rumos da modernização). Em segundo lugar, a análise de dois conjuntos de ações individuais mostrará o papel destacado da produção historiográfica no âmbito das práticas preservacionistas nacionais. Sendo uma prática que carece de um sentido legitimador, a salvaguarda de bens históricos, artísticos e culturais encontrou na produção historiográfica uma ferramenta eficaz de orientação de condutas por meio da constituição narrativa de sentido. Assim, mais que uma “história intelectual paralela”, a produção historiográfica teve um papel central nos órgãos responsáveis pela proteção do patrimônio cultural nacional. São analisadas, no intuito de comprovar essas duas hipóteses centrais, as principais obras de história da arquitetura produzida por Saia e Reis Filho, respectivamente Morada paulista e Quadro da arquitetura no Brasil, com especial atenção ao modo como a noção de evolução da arquitetura é interpretada por cada um deles. Tenciona-se mostrar quais elementos formativos e intelectuais particulares motivaram ações dotadas de interesses específicos nos órgãos preservacionistas por parte desses autores, como foi construído narrativamente sentido para as noções de “evolução regional paulista” e “evolução urbana” e, por fim, como esse tipo de ação provocou alterações nas práticas dos principais órgãos preservacionistas regionais e locais, a exemplo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e do Conselho Deliberativo do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT). ___________________________________________________________________________-
Descrição: dc.descriptionABSTRACT: This work deals with the national preservationist practices from a historiographical approach. Its objective is to investigate how two different narrative strategies, which aimed give a meaning to the notion of “evolution of Brazilian architecture”, managed to introduce innovations into the national preservationist practices in two different periods of its career. The first one refers to the acting of architect Luis Saia, between the years 1937 and 1975 when, through the concept of “regional development in São Paulo State”, he got to put into the rank of monuments registered by IPHAN a series of buildings that would relate the contribution of São Paulo for the construction of nationality. The second period refers to the acting of another architect, Nestor Goulart Reis Filho, whose notion of “urban development” was effective in a setting where preservationist practices were confronted with new social, economic and cultural demands. Thus, one objective of this paper is, firstly, suggest, through a profile of time and space specific, that the departments responsible for national preservationist practices were characterized by much more agreement between dissents than by imposing of consensus, so that, in opposition to what has been stated, what should be analyzed is how people who was subordinate to departments as IPHAN could act, according to their personal aspirations and the limitations imposed by a minimal consensus (i.e., opposite to the agreement about the existence of a national evolutionary line for indicate the direction of modernization). Second, the analysis of two sets of personal actions will show the highlighted role of historiographical production into the national preservationist practices. Being one practice that requires a legitimating sense, the safeguard of historical, artistic and cultural properties has found in the historiographical production an effective tool of orientation for its actions through the establishment of a narrative of sense. Thus, more than a “parallel intellectual history”, historiographical production played a central role in departments responsible for the protection of national cultural heritage. In order to prove these two central assumptions, the main works of architecture history produced by Saia and Reis Filho, respectively Morada paulista and Quadro da arquitetura no Brasil, will be analyzed, with a special attention to how the notion of architecture evolution is being interpreted for each author. It is intended to show which formative and private intellectual elements have motivated actions endowed with specifics interests in preservationist departments by these authors, how was constructed into the narrative the sense for the notions of “regional development in São Paulo” and “urban development” and, finally, how this kind of action has rose changes in practices of main regional and local preservationist departments, such as the Nacional Institute of Historical and Artistic Heritage (IPHAN) and of the Historical, Artistic, Archaeological and Touristic Heritage of the State of São Paulo (CONDEPHAAT)-
Idioma: dc.languagept_BR-
Publicador: dc.publisherPrograma de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.-
Palavras-chave: dc.subjectHistoriografia-
Palavras-chave: dc.subjectPatrimônio histórico - São Paulo (Estado) - preservação-
Palavras-chave: dc.subjectArquitetura brasileira - história-
Palavras-chave: dc.subjectPatrimônio cultural - preservação-
Palavras-chave: dc.subjectArquitetura brasileira - preservação - políticas públicas-
Título: dc.titleOs sentidos da preservação: história da arquitetura e práticas preservacionistas em São Paulo (1937-1986).-
Tipo de arquivo: dc.typelivro digital-
Aparece nas coleções:Repositório Institucional - UFOP

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